Frases sobre Historiadores

Cerca de 119 frases e pensamentos: Frases sobre Historiadores

Seja o carpinteiro de seu próprio futuro.
Seja o único historiador de seu passado.
Seja o melhor arquiteto do seu hoje.
Faça de seu presente a obra mais valiosa já vista.
Lapide com suas mãos, suor, lágrimas e sorrisos, o magnífico monumento que será seu amanhã.
Seja aquilo que precise ser para ser feliz.

O desejo de contar coisas admiráveis, e a vaidade que o historiador tem de manifestar que as sabe, é o que fez sempre inventar e escrever sucessos fabulosos.

O que impressiona o homem no espetáculo dos outros homens são os pontos em que se assemelham.

Historiadores, arqueólogos, filósofos, moralistas, literatos pediram primeiro aos povos recém-descobertos uma confirmação de suas próprias crenças sobre o passado da humanidade. Isso explica porque, durante os grandes descobrimentos do Renascimento, os relatos dos primeiros viajantes não tenham causado surpresa: acreditava-se menos em descobrir novos mundos que encontrar o passado do mundo antigo.

Os gêneros de vida dos povos selvagens demonstravam que a Bíblia, os autores gregos e latinos diziam a verdade ao descrever o jardim do Éden, a Idade de Ouro, a Fonte da Juventude, a Atlântida ou as Ilhas Afortunadas...

Admiração entre os homens, de Claude Lévi-Strauss

"Ser Historiador não é um simples gostar é uma missão. Historiadores são guerreiros sem espadas, porém, armados de livros que lembram ao mundo tudo que ele deseja esquecer. O Historiador Leva e eleva a voz aos surdos e mudos por conveniência."

Inserida por MarlucePersil

⁠Historiadores são que nem maridos traídos: são os últimos a saber e ainda por cima uma história mal contada.

Inserida por Rogerio727

"Quando os oprimidos compreenderem o papel do Historiador e da História, deixarão de ser oprimidos, e se tornarão agentes transformadores de suas próprias histórias."

Inserida por MarlucePersil

Odeio esses falsos arqueólogos e historiadores da vida alheia que insistem em vasculhar seu passado.

Os historiadores vivem do presente e do futuro e não do passado como se prega.

Inserida por Lindembergue

Preocupa-me o que dirão de mim. Historiadores podem fazer o que quiserem com o passado. Daqui a mil anos, serei recordado como o homem que protegeu a humanidade de um mal poderoso? Ou serei lembrado como o tirano que arrogantemente tentou se converter em lenda?

Inserida por pensador

Historiadores são fofoqueiros de casos muito antigos.

Inserida por LeandroVasconcellos

Giambattista diz que os filósofos e historiadores de sua época estavam fazendo da história uma invenção, uma ilusão criada para exaltar nações ou determinados personagens históricos. A história como exaltação de fatos ou personalidade não representa os princípios fundamentais do homem e da história, que é uma criação do homem. A história tem que ter uma ligação real com o homem, caso contrário ela não se sustenta nem cria tradição.

(sobre a filosofia de Giambattista Vico)

Inserida por DavidFrancisco

Historiadores são em sua grande maioria, estóriadores..

Inserida por Alextrindade

As melhores histórias são aquelas que surpreendem até os melhores historiadores.

Inserida por WalterBuenoDomingues

A visão dos historiadores
A coisa mais bela,
Está na coisa mais feia e repugnante.

Escrevemos o mundo com o viver
Oque sabemos para os outros pode não ser nada
Más, para nós dotados de inteligência,
Isso... isso é nosso tesouro.

Adentramos os sete mundos,
Coletamos, Registramos, Experimentamos...
Aos olhos dos não dotados
Bestamos em nossos quintais..

Inserida por PedroWFeitosa

‘’Para alguns historiadores o ser humano evoluiu para outros se transformou já para mim ele se adaptou saindo da sua zona de conforto em busca de sua sobrevivência suprindo suas necessidades,necessidades essas que se modificaram com o passar do tempo e do espaço.’’

Inserida por lucianamattos2016

⁠Os historiadores, eu acho, deveriam ser os guardiões da verdade. Devemos dizer as coisas como elas são - honestamente e sem subversão. Esse é o maior bem que se pode fazer.

Inserida por pensador

⁠Os historiadores dirão que é uma história fascinante e complexa de contar e escrever sobre uma lenda que cresce dia após dia sobre um escritor romancista.
Sua alteza fascinada dizia ao poeta, simplesmente fascinante, és um poeta que pensa e age como um rei que se tornou uma lenda. Se o Nostradamus, Da vinci e sherlock holmes fossem vivos deliriavam e batiam palmas.
E quando jogavam Xadrez os dois, O rei dizia como vês, um Rei deve ver sempre os aspetos positivos de qualquer situação e vencer. E o poeta dizia prefiro perder o jogo contra si alteza do que perder a cabeça e rir-mos e beber vinho.
Apreciai o banquete.

Inserida por RicardoFelix

[OS JORNAIS DO PONTO DE VISTA DOS HISTORIADORES - 2]



⁠O fato de que os jornais, na era industrial contemporânea, dirigem-se a um universo amplo e diversificado de leitores também os distingue de outras fontes que podem ser constituídas pelos historiadores. Em uma carta privada, por exemplo, temos um único autor que se dirige a um único leitor. E em um diário temos um autor que se dirige a si mesmo. Mas nos jornais temos um certo número de autores que se dirigem a muitos e muitos leitores. Mesmo que haja em cada grande jornal uma bem definida linha editorial que busca constituir uma identidade e congregar autores parecidos em alguns aspectos, não é possível desprezar o fato de que, por trás de cada jornal, existe uma pequena diversidade de homens e mulheres que lhe dão vida - tanto do ponto de vista de produtores de conteúdos e discursos, como do ponto de vista de receptores e consumidores destes mesmos conteúdos.

Este aspecto, que ajuda a definir o jornal como uma ‘produção multi-autoral’ – ainda que nem todos os autores dos textos jornalísticos sejam nomeados – faz dos jornais modernos um tipo de fontes nas quais a regra é a alternância de muitas vozes e diferentes agentes discursivos. Assim, um determinado jornal pode responder por um único nome – O Jornal do Brasil, The Times ou Le Monde – e em torno deste nome pode-se apresentar uma certa identidade e estilo dominante, ou predominar uma tendência menos ou mais bem definida de posicionamentos políticos; mas cada nova edição deste jornal abriga de fato uma diversidade considerável de autores, ocultos ou não. Lidar com uma fonte multi-autoral, como no caso dos jornais diários, é diferente de lidar com uma fonte mono-autoral, como a correspondência, a obra literária ou o relatório administrativo


[extraído de 'Fontes Históricas - introdução aos seus usos historiográficos'. Petrópolis: Editora Vozes, 2019, p.184].

Inserida por joseassun

⁠[A COMUNIDADE HISTORIOGRÁFICA E SUA INFLUÊNCIA SOBRE OS HISTORIADORES]


Como em todo campo de saber – da Física à Biologia ou à Antropologia – os praticantes deste campo que é a História também precisam de seus pares, não se achando deles descolados, ainda que conservando a sua evidente autonomia. Esta comunidade invisível e indefinida, mas bem real, pressiona cada historiador de muitas formas, impedindo que ele se afaste significativamente da matriz disciplinar da História sob pena de que seu trabalho perca a legitimidade entre os praticantes reconhecidos da área. A comunidade historiográfica – formada por todos os historiadores atuantes no campo – pressiona cada um dos seus pares conforme o seu lugar na rede humana configurada pela totalidade de historiadores. Estes enfrentam os limites que o campo lhes oferece em cada época: podem desafiá-lo, inovar, introduzir desenvolvimentos inesperados, propor novos temas, mas sempre enfrentando pressões para que não se afastem muito daquilo que se espera de um historiador em cada momento da história da historiografia. Obviamente que, se não tivessem coragem ou vontade para desafiar em alguma medida o campo, ainda que respeitando os limites implícitos, os historiadores sempre escreveriam as mesmas coisas e do mesmo jeito, e a historiografia como um todo se modificaria muito pouco. Mas não é isto o que ocorre, como sabemos, pois existe uma relação dialética entre cada historiador e a comunidade historiográfica como um todo. Se a comunidade historiográfica pressiona cada historiador a observar os seus limites , níveis de reconhecimento e interditos, também cada historiador que faz parte do campo – e todos eles em combinações diversas – são capazes de exercer pequenas ou grandes pressões na comunidade historiográfica como um todo e com vistas às mudanças que vão ocorrendo na historiografia de cada época.


[BARROS, José D'Assunção. "História e Historiografia – todas as interações possíveis" In A Historiografia como fonte histórica. Petrópolis: Editora Vozes, 2022, p.29].

Inserida por joseassun

⁠[A CRITICIDADE É A PÉROLA DA OPERAÇÃO HISTORIOGRÁFICA, E A PRINCIPAL CONTRIBUIÇÃO DOS HISTORIADORES PARA A SOCIEDADE]


O que mais fizeram os historiadores ao longo de dois séculos de aprimoramento de sua ciência histórica foi adquirir capacidades de analisar criticamente os textos. Quando um historiador examina uma notícia de jornal, ele não a toma meramente como fonte de informações, mas sim como discurso a ser analisado, compreendido, problematizado. Fazemos isso ao ler criticamente um jornal do século XIX ou da primeira metade do século XX: identificamos o seu polo editor, o conjunto dos seus anunciantes, as suas diferentes faixas de leitores, a polifonia de textos que estão abrigados em um exemplar de um jornal diário. Ao analisar um texto jornalístico, avaliamos o seu vocabulário, bem como a escolha, nada neutra, de palavras. Deciframos o conjunto de interesses que o movem, indagamos sobre as pressões que o confrontam, identificamos as distorções e manipulações, avaliamos as informações seletivas que são oferecidas pelo texto, e os silêncios que gritam nas suas entrelinhas.

Jamais examinamos um texto jornalístico apenas em si mesmo, como se ele dissesse tudo apenas com as palavras que nele estão abrigadas. Investigamos a sua intertextualidade, comparamos o texto em análise com outros, antecipamos os seus efeitos (que também foram antecipados pelos autores do texto jornalístico). Embora um jornal de determinada época possa trazer informações a um historiador, são principalmente os discursos que nele se entrelaçam que se tornam o principal objeto de análise. Abordar com capacidade crítica os discursos (e as informações que por estes são disponibilizadas, e como são disponibilizadas) é a base da metodologia de análise de fontes da qual precisam se valer os historiadores, e que tem sido a sua grande conquista metodológica ao longo de séculos. Tudo isso corresponde ao que poderíamos sintetizar em uma palavra-chave: ‘criticidade’.

A criticidade é o produto mais refinado da História enquanto campo de saber. Dos historiadores mais ingênuos que aceitavam acriticamente as descrições depreciativas elaboradas pelos antigos senadores romanos sobre os Imperadores, seus rivais políticos imediatos, aos primeiros historicistas que situaram estas descrições nos seus contextos políticos, sociais e circunstanciais, há um primeiro salto relevante. Das análises historiográficas ingênuas, que não decifravam os discursos laudatórios das antigas crônicas régias, aos métodos sofisticados de análises de discursos, temos um longo desenvolvimento que é talvez a principal conquista dos historiadores. De fato, dos primórdios da crítica documental aos dias de hoje, nos quais os historiadores diversificaram extraordinariamente as suas técnicas voltadas para a leitura e análise de textos, temos um potencial crítico-interpretativo que se desenvolveu extraordinariamente. Analisar os discursos presentes nas fontes, diga-se de passagem, requer a mesma capacidade crítica que deve ser conclamada para analisar os discursos contemporâneos. Por esta razão, quando alguém aprende a criticar fontes históricas de períodos anteriores, desenvolve concomitantemente a capacidade de criticar textos de sua própria época. Tenho a convicção de que a transferência social desta capacidade crítica é o bem mais precioso que os historiadores podem legar à sociedade que os acolhe, e que ampara a sua existência através das universidades que os abrigam e dos interesses de diversos tipos de público pelos livros de História.



[trecho extraído de BARROS, José D'Assunção. "História e Historiografia: todas as relações possíveis" In A Historiografia como Fonte Histórica. Petrópolis: Editora Vozes, 2022, p.74].

Inserida por joseassun