Hipopotamo com Alma de Anjo
Jardim Fechado
Te procurei na madrugada,
Cidade vazia, alma apertada
Sonhei com tua voz no vento
E acordei com o peito em tormento
Teu cheiro ficou na camisa
Teu gosto ficou no meu copo
O tempo parou na lembrança
Do beijo que virou sufoco
Você é jardim fechado
Mas quando abriu, foi tempestade
Deixou perfume no meu corpo
E sumiu com a minha vontade
Cê é toda formosa, minha flor sem defeito
Entrou no meu peito, fez morada e partiu
Me deixou num pedaço, me levou por inteiro
Teu amor foi brasa viva, mas depois virou frio
Agora eu bebo lembrando do toque
Do vinho, do abraço, do cheiro na noite
Foi céu, foi pecado, foi bênção, foi sorte
Mas no fim você virou o silêncio da noite...
Teu corpo era poesia viva
E eu me perdi em cada rima
Tua pele, a estrada do sonho
Teu olhar, promessa que eu componho
Chamei o vento sul, pedi o norte
Pra soprar teu cheiro de volta
Mas só ficou essa saudade torta
E um coração pedindo resposta
Você era jardim fechado
Mas eu fui chuva que te abriu
Agora sou só a terra seca
Que implora pela flor que sumiu
Cê é toda formosa, minha flor sem defeito
Entrou no meu peito, fez morada e partiu
Me deixou num pedaço, me levou por inteiro
Teu amor foi brasa viva, mas depois virou frio
Agora eu bebo lembrando do toque
Do vinho, do abraço, do cheiro na noite
Foi céu, foi pecado, foi bênção, foi sorte
Mas no fim cê virou...
o silêncio da noite.
Alma Calejada, Íris Resiliente…
Desde a tenra idade, a existência impôs a esta alma jovem um fardo habitualmente reservado a eras mais avançadas. As sendas trilhadas, fruto de arbítrios precoces, teceram uma tapeçaria de sequelas que a lançaram, antes do tempo, nas lides da maturidade. Oriunda de um contexto singelo, aninhada em um lar modesto, irradia, contudo, uma opulência intrínseca, perceptível em sua mera apresentação. Criada sob a égide de um pátio familiar, sua aura evoca a visão de um éden desconhecido, uma reminiscência de beleza prístina.
Ainda que um pretérito conturbado, marcado por laços desfeitos e a sombra de um antigo companheiro enredado em teias obscuras, pairasse sobre sua história, dela germinou um fruto, elo indelével com essa fase pretérita. Contudo, a despeito das escolhas outrora feitas e das consequências inevitáveis, seu espírito indomável elegeu a luminosa vereda da probidade. Ascendeu profissionalmente, granjeou autonomia financeira e assumiu as rédeas do seu destino, emanando um silente, porém eloquente, apelo para que o passado a liberte e lhe conceda a paz almejada.
Seu temperamento multifacetado oscila entre a doçura cativante e a veemência impetuosa, paradoxalmente adornada por um sorriso perene e uma singularidade encantadora. A mera perspectiva de sua presença irradia a promessa de um futuro promissor, onde a felicidade se manifesta em sua plenitude. Até mesmo sua natureza oscilante parece prenunciar uma existência dinâmica, isenta da monotonia, permeada por variações salutares. Embora a intimidade permaneça no domínio da imaginação, vislumbra-se a potencialidade de uma alquimia singular, capaz de transmutar a turbulência em momentos de profunda e perfeita conexão.
Ah, que formosura fulgurante, adornada por um riso abundante, uma simpatia magnânima e uma força que emana do olhar. Compreende-se a ancestral inclinação masculina de proteger o núcleo familiar, mas nesta mulher reside uma fibra de leoa, vigilante e aguerrida defensora de seus entes queridos, proclamando sua própria capacidade protetora. Tão jovem, e contudo, tão forte, resoluta, corajosa e valente.
Íris rara, talvez desconheças a luminescência que teu ser projeta nos olhos alheios, o encantamento que emanas em teu percurso e a equiparação espontânea com as mais belas criações que a visão já contemplou. Linda, amiga, parceira, talentosa e inúmeras outras virtudes que adornam tua essência.
Cafune
O cafuné é brisa leve, é mar em calmaria,
Desfaz os nós da alma, tece a paz na companhia.
É toque que embala, sem pressa, sem dor,
Um afago no tempo, um abraço em calor.
Nos dedos que dançam, repousa um alento,
Apaga tristezas, silencia o tormento.
É cura, é encanto, é sussurro macio,
Um gesto tão simples, mas de amor tão cheio.
No fio dos cabelos, um mundo se vê,
No doce cafuné, encontro você.
SimoneCruvinel
Casar por Amor
Casar para Amar
Casar por amor é fogo ardente,
Coração que pulsa, alma que sente.
Mas casar para amar é semente,
Que brota aos poucos, cresce envolvente.
No primeiro, a chama é intensa,
No segundo, a luz é imensa.
Um nasce pronto, outro se faz,
Ambos são laços, nunca sinais.
Pois amor que explode pode sumir,
E amor que se rega aprende a florir.
SimoneCruvinel
Como poesia você surgiu em minha vida
Como poema você impregnou em minha alma
Tão pura, tão serena e, em simultâneo, tão calma.
Como os versos mais doces tomasse meu coração.
Fizeste da minha alma de menino um toque uma poesia , uma explosão.
um belo dia, uma garota
um dia
a luz que bateu na janela da minha alma
e clareou meus pensamentos
foi a do teu sorriso
e que então
permitiu-me me banhar
nas águas dos teus olhos
tais águas que purificaram meu espírito
bendita seja a sua voz
que agracia meu coração
e me alegra com teu chamdo
para então
no fim da tarde
me deleitar no teu abraço
a agradecer por
um belo dia, uma garota
ter me salvado
da infelicidade de antes não conhecê-la
Ecos de minha alma
Me lembram tempos antigos,
Das manhãs cobertas pela névoa prateada,
Quando os carvalhos sussurravam segredos ocultos.
Onde a vida era simples, mas celebrada alegremente,
E os mistérios da vida jamais eram esquecidos.
Éramos gratos aos deuses da Terra,
Pela Mãe que floresce, pelo Pai que aquece,
Pela brisa que carrega os nomes dos ancestrais.
As colheitas que vinham da terra eram fartas, pois nossas almas eram gratas.
Elas eram motivo de festa e celebração.
Cada grão de trigo era bênção,
Cada gota de orvalho, mistério divino.
E ao final do ciclo — dançávamos sob as estrelas —
Homens, mulheres e espíritos:
Todos um só povo, uma só tribo — filhos da Natureza.
Soneto da Alma Serena
E então o amor se fez real, como nunca,
Que sem seu manual, me abre, me manca.
E se vem, é bruma, cada vez que sua tranca
Se tem e se traça, com suas vertes brancas.
Ela se separa e se ajunta, de tanto amar a mim com boa ventura.
Quase o céu lembra sua figura, de tanto pensar em beleza.
Quase em mim o véu forma a solidez
De que a sutileza se fez azul — natureza,
E com grande certeza, minha riqueza.
Como uma ditadura em meu peito, a incerteza.
Hei de sempre lembrar a ti: o quanto a pintura é mistura
De amor, arte e conjuntura.
E quando te deparei nua, quis ir de encontro à lua,
Buscando ali a cura, para a doçura
Que nunca vi a sentir: ternura.
E de tantos poemas impressos, somente este hei de escrever sem mudar nada.
Que de tanto que estou de encontro à m'alma,
Escrevi somente uma vez, pra minha serena.
E juro, que em plena luz do dia,
Não há nada além de tudo, me adorna
Que me faça sempre amar-te mais, como única.
E de tanto sofrer, o amor ali termina,
Que parece que a qualquer dia,
A flor à luz de velas se queima, contagia,
Se torna florida a nobreza de uma delicadeza suave — cordura.
E de tanto ler poema, há de descobrir eternamente o que é o amor, presuma.
Alma de Filho
Mãe,
teu nome é o primeiro verso que a vida escreve em nós,
uma canção sem melodia, mas cheia de sentidos.
Teus braços, catedrais onde o mundo repousa,
teu olhar, um farol que nos guia mesmo nas tormentas.
Não há palavra que alcance o que és.
És a chuva que fecunda,
o sol que aquece,
o silêncio que acolhe e o grito que desperta.
Na dança dos dias, teu amor é a coreografia eterna,
um compasso sem fim,
um movimento que sempre nos conduz ao teu colo.
Porque só em ti, mãe,
o tempo é irrelevante e a dor se dissipa.
Tu és a alquimia do invisível,
transformando cansaço em afeto,
ausências em presença,
e lágrimas em orações silenciosas.
Tuas mãos, gastas pelo zelo,
escrevem histórias invisíveis na alma,
histórias que nem mesmo o esquecimento pode apagar.
E em cada dobra do teu riso,
há uma eternidade de amor armazenada.
Ser filho é carregar no peito
o eco do teu coração,
o espelho do teu ser.
E assim seguimos,
não para te superar, mas para te homenagear,
pois viver é testemunhar o milagre que és.
Mãe, tua alma é um poema que jamais se esgota.
E eu, eterno aprendiz,
sou verso teu,
grato por existir.
Não trago ouro, nem prata,
Nem ofereço o que passa.
Venho com os versos da alma,
Com a arte que acalma.
Não vendo o que brilha em vitrine,
Mas te dou, sem custo algum, a cultura que ensine.
Minha alma tem sede,
Sede de amplidão.
Na vastidão do infinito,
Brilhar na escuridão.
Nos incontáveis desertos desta vida,
Encontrar a flor sagrada dos nobres peregrinos.
E, como um caminhante em busca do eterno,
Me encontrar com o meu Criador.
A voz do coração
No silêncio da noite, quando a lua velava,
o poeta viu a donzela, e sua alma clamava.
Ela andava entre sombras, um sonho a vagar,
e seu coração ardia, impossível calar.
Cada passo dela, um verso em chamas,
o céu sussurrava seu nome entre as ramas.
E o poeta, perdido em desejos e dor,
ergueu sua voz, transbordando de amor.
"Quem és tu, musa, que rouba o meu ar?
Que faz do meu peito um vulcão a pulsar?
És feita de sonho, ou de carne e essência?
És amor ou loucura, és dor ou presença?"
Ela sorriu, como quem sabe a resposta,
e o tempo parou, como a vida em aposta.
E assim, no olhar que ambos trocaram,
o destino selou: seus corações se encontraram.
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