Ha mil Razoes para Nao Amar uma Pessoa

A felicidade não existe, há apenas pessoas felizes.

Quando um escritor se transforma num clássico, já não há necessidade de lê-lo: basta citá-lo.

Como ao bem ocupado não há virtude que lhe falte, ao ocioso não há vício que não o acompanhe.

Não há coragem triste.

Não há dois tempos iguais de solidão porque nunca se está só da mesma maneira.

Não pode haver graça onde não há discrição.

Numa situação intensa não sabemos que dizer. Para isso é que há o formalismo do silêncio, traduzido num abraço de emoção ou nos «sentidos pêsames» sem emoção nenhuma.

Por pior que um homem possa pensar das mulheres, não há mulher que não pense ainda pior do que ele.

Não há nada de justo ou de injusto que não mude de qualidade ao mudar de clima.

De todos aqueles que consideramos felizes, não há um que o seja.

Não há gênero algum de preguiça pela qual sejamos tão facilmente seduzidos como aquela que é dignificada pela aparência de ser um negócio.

Não há coisa mais fácil que vencer os outros homens, nem mais difícil que vencer-nos a nós mesmos.

Não há nenhuma mulher que se considere feia.

Não ha coisas úteis ou inúteis: a medida do seu valor está em nós.

Não há homens cultos; há homens que se cultivam.

Não há ofensa que não perdoamos, depois de nos termos vingado.

Não há coisas de que mais te devas recordar do que daquelas em que hajas errado, para nas mesmas não tornares a errar.

Não há poder. Há um abuso do poder, nada mais.

Não há fealdade na natureza. Ela só existe nos nossos olhos.

Há momentos em que o governo perde a confiança do povo, mas não conheço momentos em que o governo possa confiar no povo. O povo concede o seu favor, nunca a sua confiança.