Ha Menina Apaixonada por Rosa

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Não há mal que não tenha uma ponta de bem.

Não exibas tanto o esplendor dos teus dentes. Eu sei que são postiços. Mas há quem não sabe, dizes. Pois. Mas ainda que eu não soubesse, sabia-lo tu. Fecha a boca.

Vergílio Ferreira
FERREIRA, V., Escrever, Bertrand, 2001

Só há progresso, descoberta, na direção da morte.

Há muitos, muitíssimos leitores que não gostam de que se os obrigue a pensar, e que querem que se lhes diga o que já sabem, o que já têm pensado.

Não há nada de mais ilusório e contingente do que a verdade, e coisa alguma mais ajuizada do que a dúvida.

Não há homem que tenha espírito suficiente para não ser nunca enfadonho.

Não há vergonha nenhuma em se ser pobre, mas é deveras incómodo.

Apenas há princípios imortais, visto que, no dia em que um princípio morre, apercebemo-nos de que se tratava simplesmente dum paradoxo.

Onde o homem se apercebe que há um pouco de ordem, supõe imediatamente ser demais.

Em tese geral não há homem feliz sem mérito, nem desgraçado sem culpa.

Não há nada mais intolerável do que uma mulher rica.

Há pessoas a quem se tem afeição porque agradam, e outras que só agradam porque se lhes tem afeição. Gosta-se mais das primeiras quando estão presentes e das outras na sua ausência.

Há quem não ouça até que lhe cortem as orelhas.

Há poucas maneiras em que um homem possa ser mais inocentemente ocupado do que a arranjar dinheiro.

Nada há no mundo que não tenha o seu momento decisivo e o expoente do bom procedimento é reconhecer e agarrar essa ocasião.

Há homens que parecem grandes no horizonte da vida privada e pequenos no meridiano da vida pública.

No mundo apenas há duas classes de homens: os que têm e os que ganham. Os primeiros deitam-se, os outros agitam-se.

Não há nada essencial no interior que não seja ao mesmo tempo percebido no exterior.

Para que o homem aprecie a sua mulher, não há nada melhor do que uma boa dose de outra mulher.

No grande artista há uma falha a preencher e no pequeno uma falha a compensar. O primeiro nunca o consegue.

Vergílio Ferreira
FERREIRA, V., Escrever, Bertrand, 2001