Grito de Protesto
Deserto
Atravesso desertos fora de mim.
Não encontro oásis no recôndito de minha alma.
Deserto incerto...
Nada é proporcional.
Miragens de mim.
Desejo intencional.
Deste-me um beijo.
Disseste-me adeus.
Gosto amargo e seco.
Tempestade de areia.
Uma serpente serpenteia.
Grito em silêncio.
Ecos num vazio amargurado...
Tudo desajustado.
Oásis embaciado.
Proibir biografia não autorizada – mesmo isso previsto em lei - é considerado (por alguns) censura prévia. E tentar proibir a proibição no grito, na ofensa ou fugindo do assunto? É o quê? Hein? | 00658 | 11/10/2013 |
Me disseram para ser menos.
Menos emoção, menos verdade, menos alma.
Mas em um tempo onde tudo é tão vazio, ser intensa é meu grito de existência."
— Jakelini Danielewicz Gomes
Minha alma não ri
Tenho o dom de acender salas
enquanto apago a mim mesma em silêncio Meu riso vem fácil, mas ninguém escuta o grito que mora atrás dos olhos.
Sou sol em dias nublados alheios, e noite cerrada quando volto pra mim.
Por dentro, uma alma que chora sem barulho, mas que nunca deixou de lutar pra existir.
É que ser luz pros outros às vezes custa a própria paz, mesmo assim,eu fico, eusinto, eu sigo.
Já me quebrei em silêncio,
onde ninguém pôde ver.
Carreguei sorrisos no rosto
enquanto a alma só queria chover.
Fui leve — quando o mundo pesava.
Fui calma — quando dentro tudo gritava.
Fui pluma no vento da vida,
mas cada sopro me ensinou a não me perder.
Me disseram pra ser forte,
mas descobri que força é sentir.
É cair e, mesmo em pedaços,
ainda assim, decidir prosseguir.
Não sou feito de aço,
mas de carne que já cicatrizou.
De lágrimas que ninguém viu,
e orações que só Deus escutou.
Carrego dores caladas,
mas também milagres que ninguém notou.
Porque onde o mundo via fraqueza,
Deus via o ouro que o fogo forjou.
Sou feito de fé que não grita,
mas resiste.
De esperança que não se explica,
mas insiste.
Sou suave como a pluma que dança no céu,
mas quando a vida exige…
eu sou trovão.
E faço tremer tudo aquilo que quis me calar
— sem perder o coração.
me sinto como uma Terra desconhecida
como uma ilha que ainda não conseguiram encontrar
não escrevo pra tentar ser poeta ou algo do gênero, escrevo porquê dói
escrevo porque a vida me rasga o peito
eu preciso ser decifrada, alguém tem de saber caminhar e conseguir sair do labirinto que existe dentro de mim
não sou um conceito, sou o silêncio encontrado em um enorme grito
As vezes pensamos que não existe nada além de viver em prol do outro. Esse outro pensa que não podemos ser nada longe dele. Mas pode sim! Você tem uma vida inteira de coisas boas te esperando lá fora.
A decisão é sua! Soltar as mãos ou sangrar entre os espinhos até morrer por dentro...
Eu vi , o teu choro calado; quando mesmo triste você conseguiu esboçar aquele leve sorriso quase apagado; o teu desespero velado; quando você se conteve para não sair correndo,sem rumo, para qualquer lado à procura de um sonho há muito perdido, não realizado; os teus gritos abafados... Eu vi. Você não me viu. Mas eu estava ao teu lado!
Vez por outra, a natureza reivindica o seu espaço na terra. E para isto, ela briga com os humanos mostrando a sua força, o seu grito, o seu jeito de se fazer entender (ou temer).
Silenciosa viagem.
Ah! A luz fugaz...
Minha primeira refeição do dia:
Uma taça de vinho da garrafa vazia.
Água da vida para um vagabundo?
Sopa de pedras para o jantar!
Maldita libido!
Antes um cigarro, agora um lago.
Grito mudo na porta de luar!
Amor? Mais amor!
A viajante solitária no encontro de si mesma.
Página a página.
Ei-los: A rosa - O vento (No jardim íntimo, onde cada solilóquio é confessado).
Harmonia e confusão.
Balão suspenso.
Bocas seladas, casas desabitadas.
Piada ou conto de fadas?
Aquele mofo por trás das cortinas.
O pó mágico que entorpece a língua.
Anestesia para as narinas cansadas.
Sem cheiro, sem pelo, nenhuma cor.
Amor e ódio na tela da TV.
Amor e ódio no jornal, na varanda e no quintal.
Na cama sempre é doce!
Meias verdades calçando sapatos de lã.
Ou será essa também uma laranja inteira?
A mulher piano certa nas mãos do pianista errado.
Mais uma folha de papel timbrado, amassado e rasgado.
Um mar de silêncio do quarto, grito mudo outra vez.
Loucura, remédio sem cura, lixo, fumaça, embriaguez!
Juízes equilibristas.
Deputados malabaristas.
Sorrisos de elástico vomitando dúvidas.
Alimentam bocas pela certeza.
E as calçadas estão repletas deles.
O vento que afaga meus cabelos, ele também me beija.
E a morte me belisca a cada nova piscada.
Ah! A luz fugaz...
Amor, mais amor.
Grito mudo na porta de luar!
Todo dia eu encontro a sanidade,
a sanidade em pessoa
e ela me dá uma folha, e
eu escrevo meus problemas
pois na terapia de grito,
onde não há certo ou errado,
eu tenho vontade de arrancar meus olhos
dilacerar meus ouvidos.
Pois na terapia de grito
que eu finalmente percebo
que é ele infinito.
Amor
O que é o amor?
É algo que dá cor
Ou só dá terror?
É algo que te mude
Ou só te ilude?
Amor é algo complexo
Que nitidamente te deixa perplexo
Mas o amor também é algo bonito
Mas é algo finito
Basta apenas você dar um grito
Meu Silêncio
Meu silêncio
É só meu ...
Me pertence
Me devora
Me mantém
Meu silêncio
É egoísta,
Não divido
Com ninguém!
Nele conto
Segredos
Ao infinito.
Entrego
A minha
Saudade,
Meu amor,
Meu coração,
Tudo que
Houver de
Mais puro,
Sincero e
Bonito .
No meu
Silêncio
Me fecho,
Me tranco,
Me entrego ,
Me calo e
Às vezes,
Até grito !
Angelica M Spínola (Masy)
A voz humana é uma das mais ricas fontes de informação sobre o conhecimento emocional. Ela comunica o tipo de relação que duas pessoas têm ou podem vir a ter. variando de pessoa para pessoa e de situação para situação. No fim das contas, a maneira como você se comunica define muito bem quem você é e como você está.
Chama o Samu
Não sinto, transbordo; não sofro; dilacero. Sangro pelos poros todos mas não dá pra ver. Dá?
Quase morri, e tipo Brás Cubas, no primeiro dia pensei em me matar, no segundo virei padre, no terceiro escrevi uma carta pra Marcela... aquela coisa toda. Não sei se nessa ordem. Um caos.
E referenciando de novo algum brasileiro de alma rasgada: Ei Renato Russo: se minha voz tivesse força igual a imensa dor que sinto, meu grito acordaria não só minha casa, mas uma galáxia inteira.
O amor não era um sussurro em uma noite silenciosa. Era um clamor para o vazio, gritando que você estava ali.
