Gostar de quem Mora longe
O pacato cidadão que mora lá no Sertão.
Os calos nas mãos de tanto puxar a enxada.
Da vida moderna não sabe nada.
Levanta o chapéu e da testa pinga o suor.
Pega o lençol e dá nó.
E com a habilidade de uma das mãos apanha feijão.
Olha pro Céu e diz:
“Vixe Maria!” O Sol está no meio do céu! Já é meio-dia.
Em casa o feijão está cozinhado.
De lá do roçado ele sente o cheiro do cuscuz.
Pensando consigo diz:
Ah Jesus! Vou cuidar, ainda tem a carne pera assar.
Almoça o feijão com carne e cuscuz.
Agradece a Deus com muita ternura.
Adoça a vida com um “pedaço de rapadura".
Poeta Adailton
Por toda a poesia que mora nas pausas, pelos respiros que existem entre os espaços, pelo nada que habita ali, nas frestas da vida, naquilo que não se define...
Pelas faltas que dão sentido a presença, pelas partidas que me tornam inteira, pelas mínimas frações de tempo, tão infinito em cada instante. Pelos contratempos que também formam os passos, por todo o espaço que os vazios ocupam, por tudo aquilo que não se explica, só se sente, pelo nada que faz o todo existir.
Ao contrário do que muitos acreditam é na ignorância que mora o Caos, e a libertação só virá através do Conhecimento .
JASMIM
mora em mim
faz meu dia
chega assim
com ousadia
diz que sim
faz-se serafim
faz do léu virar dia
pinta meu hotel
uma estadia
pinta meu céu
de alegria
cheia assim
de rebeldia
cola em mim
faz meu marfim teu carmesim
das minhas alas teu jardim
de meu corpo
tua abadia
noite e dia
Ele invadiu primeiro meus pensamentos... meus sonhos ... hoje dorme na minha cama e mora no meu coração...
Onde mora o amor? No País das Maravilhas? Porque não? No estado Abstrato, divisa com o Concreto. Rua dos Apaixonados, número 52, Jardim das Paixões. Naquela casinha vermelha de formato diferente. Esquina à rua da saudade e cruza a avenida da eternidade.
Onde o sol insiste em brilhar e as nuvens aparecem de vez em quando. Lá, às vezes cai uma intensa tempestade, mas o sol sempre é mais forte. E se tudo ficar escuro por alguns instantes, vem a lua e as estrelas para iluminar. Nada faz seu brilho apagar.
Como toda casa, tem rachaduras, goteiras e contas à pagar, mas nada que uns rebocos, baldes e uns trocados não possam sanar. O amor estudou na Escola da Vida e fez curso de idiomas. Hoje já fala espanhol, inglês, francês, alemão e italiano. É Te amo, I love you, Je t'aime, Ich liebe dich e Ti amo. Na verdade fala todas as línguas. Está presente em todas as civilizações e espécies.
Não há idade, momento, condição ou tempo. É simples e complicado, quente e gelado. Ele mora nos campos e nas cidades. É na ficção e na realidade. O amor mora em todos e em ninguém. É bandido e é refém. Adulto e neném. Mora com os pais, irmãos, avós, tios, primos, sobrinhos, netos, namorados, amantes, amigos... Ele é grande o suficiente para caber todo mundo.
Entretanto, é pequeno o suficiente para caber dentro de cada um. Já sabe onde ele mora? Dentro do coração de cada pessoa. Basta ela abrir a porta dourada com chave da mesma cor e deixá-lo habitar o seu corpo, tomar as rédeas da sua vida e lhe trazer felicidade eterna.
Fidelidade
Ivan mora sozinho, em um apartamento de apenas um quarto-cozinha-banheiro. Logo quando se abre a porta, salta aos olhos a cama-sofá, quase sempre com lençol dobrado ou arrastando ao chão. O travesseiro, sem fronha, tendo apenas quando sua mãe lhe faz visitas para ir a uma consulta no hospital metropolitano. Na cozinha, um pequeno quadrado demarcado por um muro à meia altura, há apenas uma prateleira em madeira não tratada, porque com felpos ouriçados, segurando o essencial: litro de óleo pela metade, vasilha amarelada de sal e um pacote de macarrão com um pregador de roupas. O banheiro era quase uma extensão do quarto. Apenas a porta sanfonada, com o trinco arrancado, separava a cama do vaso. Ivan acostumou-se com o cheiro de casa vazia sempre que abria a porta de casa e podia até mesmo não senti-lo quando não estava afim de abrir a única janela de sua kitnet. Ivan não sentia falta do que acontecia janela a fora de seu mundo. Certo dia, Ivan conheceu Sara. Foi quando Sara, envergonhada, tentava sem sucesso consertar a corrente de sua bicicleta que havia saído da coroa. Ivan, até então, não sabia a importância daquela corrente encaixada elo a elo na coroa pontiaguda. Enquanto consertava a bicicleta de Sara, Ivan pode mirar suas pernas morenas cobertas por pelos enlourecidos. Sara, até então, não entendia muito bem o porquê da corrente ter a colaração escura, destoando do tom azul claro de sua bicicleta, até o momento em que suas coxas se sujaram de graxa. Ivan e Sara ficaram meses a fio passeando de bicicleta cotidianamente. Ivan percebeu que já não sobrava macarrão, que o óleo já não estava por acabar, e sim acabado, e suas janelas não se observavam mais fechadas. O rapaz já não suportava mais o cheiro de casa vazia quando pedalava. A partir de então, Ivan especializou-se em consertar correntes alheias a de Sara. Na verdade, atormentava a Ivan não a ideia de pedalar com a casa vazia, mas sim que a corrente de Sara pudesse novamente soltar da coroa de sua bicicleta. Sara nunca foi tão amada, quanto Ivan a ama.
O enigma que te atraí talvez esteja ligado à eclética e vasta área de conhecimento que mora dentro de um ser, onda a sabedoria se agasalha e produz vida nas pessoas, a partir da sua incógnita e seu imenso repertório de vitalidade nos saberes.
Filósofo Nilo Deyson Monteiro
A CASA ÉTICA
Muito interessante, melhor começarmos aqui com a pergunta “você mora em uma casa ética?”, sim pessoas, todos nós, menos os ricos, moramos em uma casa ética, porque pensem assim, quando você entra no seu quarto lá você tem tudo que é seu, sendo ele arrumado ou desarrumado, e você faz de tudo pra fazer ele ser do jeito que você quer. Porém, se seu quarto estiver desarrumado, chega a sua mãe e manda você arrumar, aí seu quarto deixa de ser ético, mas por que a sua mão quis que você arrumasse o quarto? Para que quando você crescer e virar um homem(mulher) não seja um homem(mulher) desarrumado(a) e com isso você passa a mudar seu estilo de vida, começa a ser arrumado, educado e até arrumar um(a) namorado(a).Agora, se você estiver em um vídeo chamada importante, não se comporte como uma pessoa que você não é, tu sabes que não é ético fazer isso, se comporte normalmente, pare de juntar os dedos, achando que é um pensador, relaxe e converse normal. Gente a casa mais ética que você pode ver é a do mendigo, porque ali é a realidade dele, ninguém pode mudar aquilo, é o famoso “cafofo” dele. Uma pessoa que é um exemplo histórico sobre isso é o cachorro louco, que disse a famosa frase com Alexandre O Grande, “o senhor pode me dar a luz do Sol, se não, então não tente dar aquilo que você já tomou” ele morava em uma casa totalmente ética, o que é incrível, ele mesmo era muito ético, não tinha vergonha de si. Então, o que eu quero passar para vocês aqui, uma coisa é sua mãe entra no seu quarto e te educar e outra coisa é você entrar em uma vídeo chamada com os amigos ou no trabalho e ser outra pessoa totalmente diferente, seja você mesmo, sempre.
Dentro de nós, parece que mora uma criança magoada por causa de um doce que foi tirado ou um "não" que foi dito - Na verdade, alimentamos mais a criança do que o adulto dentro de nós mesmos.
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