Gostar de Animais
"As leis são feitas para conter e inibir nossos instintos animais. Quando nascem, visarão proteger os direitos e a integridade física das pessoas ou de grupos sociais. Ou não. Para serem feitas, não dependerão de qualquer distinção ou forma de discriminação que seus criadores tenham pelos que serão protegidos pela nova lei."
Aos que defendem o "uso" de animais, para qualquer finalidade, dizendo que isso "faz parte da cadeia da natureza", afirmo que eles se esquecem que fomos dotados da razão. Por muito tempo, fomos, simplesmente, parte desta "cadeia". Que, aliás, não deve ter este nome por acaso. Porém, agora, que fazemos parte do topo intelectual (como tantos se orgulham), é nossa obrigação trabalharmos para o equilíbrio, a paz e a HARMONIA.
Hoje se fala tanto em sustentabilidade, mas no mundo onde comemos animais, e matamos pessoas, quando é que vamos respeitar o meio ambiente?
Se existe reencarnação, seria lógico que os animais tivessem esse mesmo direito ou propósito também. Se assim o fosse, não teria adiantado matarmos os animais daninhos que tanto nos infernizam, como germens, pernilongos, baratas e outros mais. E os animais os quais comemos... quando voltarem irão se rebelar contra nós?
Servimos apenas para procriar como animais que somos. Todo o restante não passa de meras ilusões moldadas a fim de satisfazer a nossa ganância.
O ser humano é um predador do qual todos os animais tem que fugir, até mesmo alguns de sua própria raça.
Tenho mais pena dos animais do que dos humanos, eles são bem mais humanos. O homem é irracional demais, cruel demais e culpado demais.
Ainda que o raciocínio seja o que distingue os homens dos animais,
por muitas vezes somos confundidos.
A maioria dos animais possui 5 sentidos: Visão, Tato, Paladar, Oufato e Audição.
O ser humano foi um animal que conseguiu desenvolver seu sexto sentido : o Raciocínio.
Agora se imagine sem estes 6 sentidos, o que seria a vida? seria um grande NADA! Seria como se não existisse vida.
Seria a vida então apenas a percepção de nossos sentidos?
...
Se tivéssemos um sétimo sentido seríamos capazes de perceber coisas que nosso corpo está litimado a perceber no momento.
Murilo e eu seguíamos por aquela estrada, observando a mata alta ao nosso redor. Animais passando, o sol se despedindo, com All I Think About Is You tocando ao fundo, no aparelho de som do nosso carro. Depois da briga de ontem á noite nenhum de nós estávamos dispostos a iniciar um diálogo, e muito menos de desistir da viagem que já estava programada á um mês. Aquelas poltronas de couro marrom do carro haviam formado uma espécie de muro entre nós dois, e eu, do lado direito da barreira, permanecia imóvel e calada, preferindo olhar para o pequeno lago que surgia agora ao lado da estrada. Ele, com os olhos ainda avermelhados e olhando friamente para a estrada, nunca conseguira me enganar, e ao perceber ao som daquela musica, que ele se deixava lembrar dos momentos vividos ao lado de uma mulher que havia lhe apresentado a vida, e que agora, de uma maneira inexplicável, ameaçava tirá-la dele novamente, senti o coração disparar. Por seus pulsos firmemente apertados no volante daquele Porsche vermelho e seus lábios levemente cerrados, observei pelo jeito como ela se movimentava a cada fez que ele sentia-se nauseado conforme íamos nos aproximando da casa de seus pais.
De repente algo veio interromper aquela abstinência de palavras, e no lugar da musica, agora podia-se ouvir o noticiário da noite, avisando que a estrada que levava a cidade de Mecenas estava em obras, e por isso a ponte principal estaria interditada. Um gosto amargo de derrota deglutiu em minha garganta e no mesmo instante o olhar de Murilo veio ao encontro do meu, o que já acontecia desde que saímos de São Baleatos. Aquele olhar me fez sentir uma inúmera quantidade de sensações, dentre elas o medo do que poderia ser dito nos próximos segundos. Mas não se ouviu nenhum som, estávamos um esperando pelo outro, e, como de costume eu rompi o silencio e disse:
- “Droga. Então am-- Murilo, o que faremos agora? “
- “ Não sei, vamos seguir a estrada e ver até aonde podemos ir.”
Ouve-se o motor do carro novamente, o rádio por fim foi desligado. Num ato súbito de inconsciência, soltei entre os dentes:
- “ Você não pretende acabar com isso? Se formos passar a noite na estrada será mais uma dormindo sozinha?”
- “ Eu não durmo sozinho, tenho o som das aves e insetos para apreciar.”
Riu, o sorriso mais forçado que eu já havia visto. Sentia-me melhor, pelo menos uma vez minhas palavras não o fizeram chorar.
- “Ah, claro. Então não se importa em continuar ouvindo isso. Mas eu me importo em ouvir seu choro.!
- “ Então deve saber o motivo deles. Deve saber que nada no mundo é capaz de traduzir quantas noites passei acordado, esperando que mesmo que de longe, a brisa me desse um beijo em seu nome.”
- “Porque essa brisa não trouxe você até mim?”
- “ Talvez por medo de ser recusada novamente, como vem acontecendo diariamente.”
Então parei para rever os últimos acontecimentos, e o que vi foi uma mulher insana, que passava todo o seu tempo trabalhando ou pensando no que poderia acontecer no próximo dia de trabalho. Vi uma mulher que não sabia mais o que significava a palavra viver, e que, freqüentemente, ignorava qualquer ato de carinho e afeto que recebia, tornando-se fria e fechada. Nos míseros segundos que ficava em sua casa, suas únicas ocupações era torturar e decepcionar com as mais rudes palavras quem esteve ao seu lado a todo o momento. Eu realmente não reconhecia essa mulher, apesar do enorme nome que surgia em seu corpo. Bianca. Como pude me deixar chegar a esse ponto? Como nunca pude dar valor à pessoa maravilhosa que me acompanhava em todos os momentos? Que me dava atenção e demonstrava seu amor incessantemente? E eu o chamava de amor por pura rotina. E em um ato impensado, eu olhei profundamente para aquele ser maravilhoso que estava ao meu lado, e me apaixonei por ele como nunca havia feito antes, o beijei como nunca havia beijado antes. E ele correspondeu. Correspondeu de uma maneira tão fervorosa que fez todo meu corpo estremecer. Eu me sentia imortal naquele instante. A vontade de nunca mais para aquele beijo era tão inexplicável que nem percebemos que a placa grande e amarela que dizia “Pare. Perigo. Volte”, logo no inicio da ponte, que ficava a 5 metros da nossa pequena parada. Naquele momento, o perigo era algo que não existia.
De repente sentimos o nosso corpo estremecer fortemente e fomos interrompidos com um barulho ensurdecedor de uma buzina, que vinha de umas das locomotivas que se encontravam na estrada. Murilo freou o carro bruscamente, a cerca d 2 metros de um precipício de aproximadamente 15 quilômetros de profundidade. No mesmo instante, o olhar que se concentrava naqueles olhos castanhos, mirava o precipício e, inesperadamente, um sorriso saltou de meus lábios. Logo após, dos lábios ainda rosados dele, pude ouvir uma doce gargalhadas, algo que não ouvia a um bom tempo.
Assim que saímos do carro -- de mãos dadas -- os operários do turno da noite vieram ao nosso encontro para saber se estávamos bem. Estávamos em perfeitas condições, melhores do que nunca. Depois de sairmos daquele local e nos hospedarmos no hotel mais próximo até o dia seguinte, quando as obras já estariam terminadas, finalmente tivemos uma conversa, que era como algo novo para mim. E nos sentimos felizes em saber que poderíamos termos morrido felizes a alguns minutos, que isso não seria tão ruim assim. Mas era melhor ainda saber que ao invés de uma morte feliz, tínhamos toda uma vida de alegrias, e que como eu fizera com ele no passado, ele poderia novamente me apresentar à vida.
Eu que da noite levava apenas o medo,esquecera do brilho da lua,dos assobios misteriosos dos animais.Eu que da noite levava apenas o medo...
E eu que nessas noites do medo me vejo encantada,alucinada,surpresa,pela sutileza do conhecer um alguém,que dá noite faria o meu dia amanhecer bem melhor.
Um alguém que não tão desconhecido e sim oculto, ao que meus olhos diriam o que há de mais magnânimo,mavioso,límpido...
Este alguém capaz de escrever no que me era medo algo chamado POESIA.
“Chego a pensar que é um grande erro dizer que os animais são irracionais, por que nós seres humanos que nos dizemos ser racionais estamos destruindo a nossa própria espécie aos poucos”
- Relacionados
- Amor pelos animais: frases para inspirar cuidado e respeito
- Gostar de alguém
- Poemas sobre Animais
- Frases sobre animais em extinção para defender a vida e a preservação
- Poesias de Animais de Estimação
- Aprendendo a Gostar de você
- Frases sobre animais de estimação que falam dessa parceria única
