Galho
TOME AS ASAS
Demétrio Sena - Magé
Deixo ir como o galho não impede a folha;
feito a lua que míngua, mas libera o sol;
a garrafa de Sidra deixa a rolha ir,
num estouro que marca todo fim de ano...
Só não vais porque ficas nessa indecisão;
porque tentas fazer a partida ser minha;
partes meu coração e não partes de vez,
para seres quem fica e meu pesar ser teu...
Sou quem ama e deseja uma vida contigo,
ao abrigo da mágoa que tento não ter,
para ter qualquer caco de felicidade...
Mas também não te prendo, se fores exata
no martelo da hora que derrube a farsa;
deixo ir como a Barsa deu lugar ao Google...
... ... ...
#respeiteautorias É lei
O amor não é infindo, nada suporta e se vai na primeira brisa, como um galho que segura a folha da esperança, e no final resta apenas uma simbiose inevitável, orgánica e inefável dor.
Passarinhe-se.
Vez ou outra se encolha lá no alto do galho.
Espere a chuva passar,
respeite o tempo que a tudo rege.
Depois chacoalhe o corpinho e espalhe as gotas que lhe inundam e pesam.
Então, abra as asas e voe.
Ganhe o largo.
Passarinhe-se.
Definitivamente, passarinhe-se.
A rosa é um exemplo de sacrifício, pois ela é tirada do seu galho que poderia se manter viva por um bom tempo, para fazer uma pessoa feliz.
A pintura refletem as cores da natureza, cada folha galho casca e raiz determina a origem natural do eco sistema vivo.
A Choca-do-Acre
cantando no galho
da árvore frondosa
trouxe a inspiração
poética e amorosa
para dar o coração
na palma da sua mão,
E como prêmio sei
que vou receber
o seu em retribuição.
Uma Maria-leque-do-sudeste
pouco no galho,
Um poema da manhã cheio
de orvalho,
Em breve ocuparei espaço
no coração do meu amado.
Nada além de uma fruta
― só uma ―
na árvore
enganando o vento
desacompanhada
no enorme galho
dona de si!
livre
― totalmente livre ―
sem vizinhos
sem riscos?
atrevido,
o pássaro
― solitário e solidário ―
ali fez seu ninho
adeus, solidão!
agora pode ouvir
o lindo canto
dum passarinho!
"Endireite o galho enquanto a árvore é nova" Provérbio Japonês.
Papai e mamãe orientam os seus filhos, desde a tenra idade, para evitar chorar depois.
Difícil não é viver e sim conviver. Viver é só cada um ficar no seu quadrado ou galho e lambendo a própria bola.
Vindas de um galho,
Suspensas ao vento,
Limitadas por um tronco,
Mulheres são pétalas brutas
Que desabrocham em cores vivas,
Desafiam os vendavais,
E carregam consigo sua luta.
Pétalas selvagens, exalam coragem
Entre espinhos e sangue
Buscam nas sombras sua luz,
Pisoteada pelos juízes cegos
Cegos do próprio ser,
Entendem somente o escuro,
E ignoram o que é belo.
Sonham em um dia alçar vôo
Livres do destino ao fogo iminente,
Imploram pela preservação
De sua natureza resplandecente.
Sendo impossível apagar os fatos,
Poderá o futuro superar
Os crimes do passado?
Pétalas que caem, perdidas
No orvalho pulverizado pelo tempo.
Mas, cedo ou tarde, encontram uma saída,
Provando que perder-se também é caminho.
Permitam que as pétalas ao nascerem
Tenham a chance de voar alto
E desfrutar de seu ansiado florescer.
A criança só se pendura num balanço, do galho de uma árvore velha, pois dentro da sua pureza, ela percebe que por de trás daquela árvore, está uma raiz forte.
De tanto as folhas crescerem
Chega uma hora em que o galho desce
Já não existem mais escombros sob a sombra
Há paz e alegria de sobra
Só quem chora é a chuva
Mas ela nem chove agora
Houve um tempo em que sobravam dias
Agonias normais
De tanto ver cairem as folhas
Chega uma hora em que ninguém repara
E de tanto sobrarem dias
As horas, feito feras, só se maltratavam
Não havia ombro onde chorar
Tinha o ar, que se movia
Tinha a chuva que molhava, indiferente
E de tanto ver crescerem as sombras
Chega uma hora em que os olhos secam
Broncos, endurecem tanto quanto o pé de amora
Hoje, quando a chuva chora, as folhas verdejam
E o coração, na paz de um tronco, parece até que nem se molha
Agora, a tudo carrega dentro de si
De modo, que todo aquele que passa e que olha, não veja.
Edson Ricardo Paiva.
"Ao som dos pássaros"
Em meio a esse lindo dia
O belo sábia pia,
No galho da árvore, todo sem moral
O pequeno pica-pau,
Faz nada menos que seu trabalho.
Ouço um barulho babaca!
Seria isso uma maritaca?
Que bela afeição,
Deixou o senhor pavão.
Sentado ao pé do velho carvalho,
Aqui estou eu,
Observando que...
de "gaio, em gaio"
Voa esse papagaio.
A galinha de grão em grão,
Acaba que limpa o chão.
O galo estabanado,
Acabou que ficou enroscado
no arrame farpado.
Momento sem entender bulhufas...
Percebe-se que o louro
Não para de coça sua nuca.
Em meio a esses pássaros "pititos"
Vem lá o periquito!
Esse som curioso,
Que faz esses pássaros soltos,
Parece música.
Melodia se espalha...
Um minuto de silêncio.
[...]
Shiiiu...
Sem mais nenhum piu
Agora só os meus passos,
Intervém ao som dos pássaros !
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