Fui
Vou partir! Aonde vou não sei!
Sinto que me cumpri
No incumprimento de ser.
Por isso, fui tanto e não fui nada ...
E entre tanto e nada que sempre fui
Foi lá que me cumpri.
Fui eu, real!
Diz-se que um cão só fecha os olhos para morder alguém muito feio. Fui mordido, e ele estava de olhos arregalados. Ele me machucou em uma parte desprotegida: a sacola de carne que seria meu almoço
FILHO E PAI.
Ainda bem que eu tenho parte da família
do grande homem.
Eu fui criado depois do filho que mais
defendeu o seu nome.
Sim falo por todos nós que somos filhos teu...
Pois falo as claras, por esta falando com Deus.
Eu sei que tem sim, um em especial um
Senhor um filho seu.
Esse quando menino, sempre obediente, mas
brincava de bolita.
Sim! Lá em cima no universo, eu sei que
contando ninguém acredita.
Pois bem... O seu pai que sempre amou o seu
filho com carinho.
Resolveu fazer o universo para ampliar o seu
amar.
Decidiu com amor transformar as bolitas do
seu filho.
Jogou-as no universo e transformou nesses
planetas... Todinhos. Feito, logo
se interessou por um planeta de uma
esfera especial...
Pelo nosso, planeta terra... Povoou com
muitos seres, até com nós, seres humanos.
Humanos, sim!.. Essas criaturas que com
deslealdade tentou trair o magnífico plano.
Bem o seu filho entediado e sem bolita para
brincar... O seu pai mandou descer para o amor
da nossa humanidade, concertar.
Antonio Montes
Não sou feliz!
Nunca fui feliz!
À parte isso,
Antes de ser o que sou
Sei que tudo fiz
P'ra encontrar o amor ...
E a vida passou
Foi andando
Não esperou ...
As rosas que me deram
As flores que plantei,
Tudo, sem excepção, secou!
Minha vida foi embora
Minha esperança morreu
Meu coração parou ...
As estrelas já me disseram
Que você passou agora
Fui lá bem divagar na porta
Para ver se tu passava
E eu puder te olhar
Mesmo que de longe
Eu já te olhando
Já ganho noites perdidas
Mesmo lá fora, ou em outra vida
Seja minha estrela, de noite ou de dia
Mas não me deixe sem ela
Nem mesmo na outra vida
Mesmo na outra rua.
Se você quiser ser minha estrela
Eu não quero que tenha mais dia
Pois eu terei todos os dias
A estrela do meu dia."
FIM DA VOLTA (soneto)
E pelo cerrado eu fui, prosseguia
No coração só saudades e medo
No olhar lembranças em segredo
O vento pálido em prece reluzia
Longínquo o horizonte, romaria
Espesso e truncado o arvoredo
Rasteiro, estava mudo e quedo
Nenhum pio ao derredor ouvia
Parca aragem, alma em degredo
Ferindo-me no silêncio aí eu ia
No peito a dor velava o enredo
Fim da volta, para ti eu partia
As mãos tomando-me um aedo
Tive que aprender nova alegria...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
Eu fui dormir com o teu cheiro, eu vou sofrer por não te ter mais aqui, mas voltar pra você é muito mais que um erro.
Réquiem 3
Logo eu que sou tão ambicioso
Fui pego por um mundo de vicio
Mágica do sacrifício
De movimento sinuoso
Pejo em ignorância
Isso só pode ser vingança
De primeira instância
Essa é minha herança
Por ser tolo e arrogante
Vivendo como um
Eterno ignorante
Querendo a vida comum
Ou ate inconstante
Sem ter por mim nenhum
Amor se quer delirante
"Cai na minha propria armadilha,fui vitima da minha trama,provei do meu ardo veneno e hoje estou aqui sofrendo de solidão."
Quem sou eu ? As vezes não me conheço , sempre achei que que fui uma boa mãe que trabalhava para não deixar nada faltar pra minha filha!! Mais hoje já nem sei porque as vezes ela diz que não teve carinho de mim nem da família ,, aí me pergunto será que não fui uma boa mãe ? Como ela trabalha fora tbm será que meus netos vão falar a mesma coisa para ela quando eles for de maior?? Se eu fui uma péssima mãe espero que minha filha me perdoe
Mudou meu curso
Velejei suas correntes
fui perdendo o horizonte.
Naufraga dos seus encantos
num instante aprofundei.
A vida toda de relíquias
se deitaram esquecidas....
Fui Mirar-me
Cecília Meireles
Fui mirar-me num espelho
e era meia-noite em ponto.
Caiu-me o cristal das mãos
como as lembranças do sono.
Partiu-se meu rosto em chispas
como as estrelas num poço.
Partiu-se meu rosto em cismas
- que era meia-noite em ponto.
Dizei-me se é morte certa,
que me deito e me componho,
fecho os olhos, cruzo os dedos
sobre o coração tão louco.
E digo às nuvens dos anjos:
"Ide-vos pelo céu todo,
avisai a quem me amava
que aqui docemente morro.
Pedi que fiquem amando
meu coração silencioso
e a música dos meus dedos
tecida com tanto sonho.
De volta, achareis minha alma
tranqüila de estar sem corpo.
Rebanhos de amor eterno
passarão pelo meu rosto
