É triste a condição de um velho que só se faz recomendável pela sua longevidade.
Há muitas ocasiões em que os ricos e poderosos invejam a condição dos pobres e insignificantes.
O império mais poderoso e fatal que existe é o das circunstâncias.
Se a vida é um mal, por que tememos morrer; e se um bem, por que a abreviamos com os nossos vícios?
O fraco ofendido atraiçoa, o forte e magnânimo perdoa.
Aflige-nos a glória alheia contrastada com a nossa insignificância.
O trabalho involuntário ou forçado é quase sempre mal concebido e pior executado.
O remorso é no moral o que a dor é no físico da nossa individualidade: advertência de desordens que se devem reparar.
A opinião pública é sempre respeitável, não pelo seu racionalismo, mas pela sua omnipotência muscular.
Os vícios, como os cancros, têm a qualidade de corrosivos.
A religião amansa os bravos e alenta os fracos.
Ninguém mente tanto nem mais do que a História.
Em vão procuramos a verdadeira felicidade fora de nós, se não possuímos a sua fonte dentro de nós mesmos.
Não desespereis na desgraça, ela é frequentes vezes uma transição necessária para a boa fortuna.
Os bons presumem sempre bem dos outros; os maus, pelo contrário, sempre mal; uns e outros dão o que têm.
O louvor não merecido embriaga como o vinho.
Querendo parecer originais, tornamo-nos ridículos ou extravagantes.
A maior parte dos males e misérias dos homens provêm, não da falta de liberdade, mas do seu abuso e demasia.
Os bens que a ambição promete são como os do amor, melhores imaginados que conseguidos.
Deixamos de subir alto quando queremos subir de um salto.