Cada “tem que” - que você aceita; é um balaústre que você coloca em torno dos seus sonhos. Um dia o cercado se completa e é assim que pouco a pouco; desejo a desejo; sonho a sonho o brilho do seu olhar vai se apagando. Até que não reste nada além de angústia e frustração.
Envolvida numa túnica de sonhos,
caminho pela sombra, sem ruídos,
passos leves para não acordar a alma,
pois adormeci nela um pranto dolorido
Sigo assim em delírio e devaneio,
temendo que ouçam os lamentos,
ocultando a dor em murmúrios vagos,
buscando o amor, pois nele ainda creio.