Filósofos

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Autonomia de Kant

A angústia é uma "azia existencial" percebida pelo nosso inconsciente quando ele conclui que a existência é comportamental.
Ninguém consegue viver kantianamente⁠, tem dia que tomo uma xícara de angustia enquanto converso com o café,se você achar que tudo tem de ter um propósito, já é sinal de que você precisa de medicação.

Inserida por samuelfortes

⁠Não Concordo⁠

Como comentei ontem à noite, se eu dou um texto de Kant, maior nome da filosofia do início contemporâneo, para um aluno de 18 anos e ele lerá 3 páginas e dirá, não concordo.
No mais tardar, digo a ele que se ler mais 30 anos Kant em alemão, você talvez entenda. Para não concordar, serão necessários mais 30 anos e as chances de você não concordar serão pequenas, ou seja, eles possuem a opinião sobretudo. Essa dissolução da ideia de autoridade é uma ideia muito contemporânea. Quando criança, se levava o exame médico lacrado ao médico e o mesmo abria como se fosse um oráculo, tinha uma reação bovina. Atualmente, na contemporaneidade, o exame já chega marcado pelo doutor Google. Assim sendo, meu clínico geral e amigo, brinca comigo quando digo " estou com o HDL alto" e o mesmo me faz a pergunta: E o que me recomenda nestes casos?

Inserida por samuelfortes

Um brinquedo,seja a mulher,puro e delicado,semelhante à pedra preciosa,iluminada pelas virtudes de um mundo que ainda não nasceu.

Todo homem possui sua finalidade particular, de modo que mil direções correm, umas ao lado das outras, em linhas curvas e retas; elas se entrecruzam, se favorecem ou se entravam, avançam ou recuam e assumem desse modo, umas com relação às outras, o caráter do acaso, tornando assim impossível, abstração feita das influências dos fenômenos da natureza, a demonstração de uma finalidade decisiva que abrangeria nos acontecimentos a humanidade inteira.

Vai colocar todas as paixões, nos seus lugares, encerra-as agora nos teus domínios(...) - as paixões dos teus heróis nunca serão mais do que máscaras, falsificações de paixões, e a linguagem delas nunca será autêntica nem sincera.

Como será possível forçar a natureza a desvendar os seus segredos, senão por processos violentos, quer dizer, por acções antinaturais?

(...)Duas vezes perigosa para um povo que gosta da bebida e preza a obscuridade como se fosse uma virtude, perigosa por causa da sua dupla propriedade de narcótico que produz a embriaguez e envolve o espírito em vapores nebulosos.

A verdade é o ponto de vista de cada um.

Nunca ouviram falar do louco que acendia uma lanterna em pleno dia e
desatava a correr pela praça pública gritando sem cessar: “Procuro Deus! Procuro
Deus!” Mas como havia ali muitos daqueles que não acreditam em Deus, o seu
grito provocou grande riso. “Ter-se-á perdido como uma criança” dizia um. “Estará
escondido?” Terá medo de nós? Terá embarcado? Terá emigrado?” Assim gritavam
e riam todos ao mesmo tempo. O louco saltou no meio deles e trespassou-os com
o olhar. “Para onde foi Deus?” Exclamou, é o que lhes vou dizer. Matamo-lo...
vocês e eu! Somos nós, nós todos, que somos seus assassinos! Mas como fizemos
isso? Como conseguimos isso? Como conseguimos esvaziar o mar? Quem nos deu
uma esponja para apagar o horizonte inteiro? Que fizemos quando desprendemos
a corrente que ligava esta terra ao sol? Para onde vai ela agora? Para onde vamos
nós próprios? Longe de todos os sóis? Não estaremos incessantemente a cair? Para
adiante, para trás, para o lado, para todos os lados? Haverá ainda um acima, um
abaixo? Não estaremos errando através de um vazio infinito? Não sentiremos na
face o sopro do vazio? Não fará mais frio? Não aparecem sempre noites? Não será
preciso acender os candeeiros logo de manhã? Não ouvimos ainda nada do barulho
que fazem os coveiros que enterram Deus? Ainda não sentimos nada da
decomposição divina... ? Os deuses também se decompõem! Deus morreu! Deus
continua morto! E fomos nós que o matamos! Como haveremos de nos consolar,
nós, assassinos entre os assassinos! O que o mundo possui de mais sagrado e de
mais poderoso até hoje sangrou sob o nosso punhal. Quem nos há de limpar desde
sangue? Que água nos poderá lavar? Que expiações, que jogo sagrado seremos
forçados a inventar? A grandeza deste ato é demasiado grande para nós. Não será
preciso que nós próprios nos tornemos deuses para, simplesmente, parecermos
dignos dela? Nunca houve ação mais grandiosa e, quaisquer que sejam, aqueles
que poderão nascer depois de nós pertencerão, por causa dela, a uma história mais
elevada do que, até aqui, nunca o foi qualquer história.

Ninguém antecipou o século XX com tanta lucidez quanto Nietzsche, e temos o seu veredito: "A primeira melhor coisa é não nascer; a segunda é morrer logo".

"A terra está cheia de supérfluos e os que estão aí em demasia estragam a vida. Tirem-os desta com o engodo da eterna."

"O amamos no outro é o desejo e não o desejado, por isso quando acaba o desejo acaba o amor".
(No livro de Irvin D. Yalom - "Quando Nietzsche chorou"- diálogo entre o personagem "Nietzsche" o "Dr. Breuer").

"A felicidade é fragil e volatil"

Somente o homem experimentado, o homem superior, pode escrever a história. Quem não tenha feito algumas experiências maiores e mais elevadas do que as de todos os outros homens não poderá jamais interpretar a grandeza e a elevação no passado. A voz do passado é sempre uma voz de oráculo.

Se os homens, na escolha do cônjuge, buscam antes de tudo um ser profundo e sensível, enquanto as mulheres buscam alguém sagaz, brilhante e com presença de espírito, vê-se claramente que no fundo o homem busca um homem idealizado, e a mulher, uma mulher idealizada, ou seja, não um complemento, mas sim um aperfeiçoamento das próprias qualidades.

..E quem adivinha ao menos em parte as consequências de toda profunda suspeita, os calafrios e angustias do isolamento, a que toda incondicional diferença do olhar condena quem dela sofre, compreenderá também com frequência, para me recuperar de mim, como para esquecer-me temporariamente, procurei abrigo em algum lugar - em alguma adoração, alguma inimizade, leviandade, cientificidade ou estupidez; e também por que, onde não encontrei o que precisava, tive que obtê-lo à força de artifício, de falsificá-lo e criá-lo poeticamente para mim.

Você deve apreender a injustiça necessária de todo pró e contra, a injustiça como indissociável da vida, a própria vida como condicionada pela perspectiva e sua injustiça.

Não poucos, talvez a maioria dos homens, têm a necessidade de rebaixar e diminuir na sua imaginação todos os homens que conhecem, para manter sua auto-estima e uma certa competência no agir. E, como as naturezas mesquinhas são em número superior, e é muito importante elas terem essa competência.

A maldade é rara.. Os homens em sua maioria, estão ocupados demais consigo mesmos para serem malvados.

Ninguém mente tanto quanto o indignado.