Filha mais Velha

Cerca de 3450 frases e pensamentos: Filha mais Velha

⁠PAIXÃO

Semente da obsessão
Geradora de devaneios
Encantadora de imagens
Velha irmã da loucura

Manipuladora do caráter
Destruidora da razão
Indutora de vontades
Mescladora de sentidos

Por favor, apareça!
Mas que seja,
Que somente seja,
Quando for correspondida!

(Guilherme Mossini Mendel)

Alma Velha, Coração Novo

Nas costas curvadas, a dor dolorida,
Um fardo pesado, a alma oprimida.
Carrego um mundo, qual Atlas cansado,
Quanto tempo suportarei, ao peso ligado?

Sussurros ao lado, demônios ou anjos?
Quem julgará esses seres estranhos?
Sou um demônio com sorriso encantador,
Ou um anjo de coração podre, sem fulgor?

Em versos perdidos, noite após noite,
Peço socorro, na escuridão açoite.
Será que alguém vê, entre rimas e letras,
O ser que sofre por trás destas feridas abertas?

Um poço sem fundo, ou alma profunda,
Cada verso um grito, uma ajuda profunda.
Enxergará alguém meu ser aflito,
Através das palavras, meu sofrimento descrito?

Meu maior pecado, talvez seja a fraqueza,
No diálogo interno, a dualidade que atravessa.
Desculpa aos que esperam força em mim,
Alma velha, sangue novo, caminhando assim.

Em busca de descanso, de ombro amigo,
Entre sorrisos, risadas, meu fardo antigo.
Reconheça, por favor, meu pedido sincero,
Em cada verso, há um coração verdadeiro.

⁠Desejei a felicidade que nunca tive e agora estou aqui, com minha boa e velha tristeza.

"O que determina quão velho ou velha é uma pessoa ⁠é a idade dos seus problemas."

⁠Não perca mais seu tempo em ter... Aquela "Velha Opinião" formada sobre tudo, O que Compensa mesmo é ser uma "Metamorfose Ambulante!"

⁠Velha infância
As vezes paro pra pensar de como eu era feliz e não sabia
brincava o dia todo e só voltava de tardezinha

Brincando na chuva sem medo de adoecer
Se adoecia brincava doente mesmo
Eu não queria nem saber

Cabo de vassoura era cavalo
Bolo de chocolate era feito com areia
Dinheiro era folha de mato
E pra aprender a andar de bicicleta descia sem freio em alguma ladeira

No mesmo dia eu podia ser polícia como também ladrão
Podia ser quem fazia o que era errado
mas também lutava contra o vilão

Barragem pra mim era o mar
lençol era vestido
pedra era carro e moto
eu só consigo lembrar o quanto tudo isso era divertido

A espera de um príncipe, as vezes era a princesa encantada
A janela era minha torre, meu grande cabelo era uma toalha

No mesmo dia quando eu me cansava de ser princesa
Eu me tornava a bruxa malvada

Se faltava energia, a preocupação não era ficar sem internet
Na verdade a gente ficava feliz, pois nosso avô acendia um candeeiro
Juntava todos os filhos e netos e contava história de terror pra gente

Hoje em dia pra ser aceito e agradar todo mundo
Tem que seguir a onda da galera, fazer o que os outros fazem e as vezes até ser fura olho
Em meu tempo pra ser aceito, só tinha que ter catapora e piolho

Hoje em dia as crianças nem piolho tem
Não tem a briga com a mãe pedindo pra não catar na frente de ninguém,
Elas faziam por desaforo pra todo mundo ver
Catava mesmo na calçada de casa, que era pra nós aprender

A preocupação que a gente tinha era não perder o desenho animado
Eu amava historinhas de dragões, Madeline e as três espiãs demais
Eu dizia “Raposa não pegue” em Dora aventureira que era um desenho pra retardado

Eita tempo bom que tenho saudade, mas não volta mais
Por que paramos de sorrir?
Por que ninguém brinca mais?

Não mentiu quando falou o filme do pequeno príncipe “o problema do mundo é que ele se tornou adulto demais”

Qual o problema de um adulto sua criança interior soltar?
Brincar, correr e pelo menos por um dia deixar suas preocupações pra lá

Tem uma frase de Oliver Wendel que diz assim “Nós não paramos de brincar porque envelhecemos, mas envelhecemos porque paramos de brincar.”
Que saudade da velha infância
Sem preconceito e racismo
Ninguém pensava em nenhum mal
A gente brincava e arengava
mas no fim das contas... todo mundo era igual...

E pra encerrar esse cordel quero dizer pra vocês
Um dia dissemos “amanhã a gente brinca” e essa foi a última vez

⁠A casa velha, não se habitou mais
o que um dia, habitou-se a alma enferma
Fui o poeta que tentou por ignorância, descrever sobre dignidade
em meio as máquinas, a revolta consumia-me, equivocadamente sucumbi o mal do homem, que interpretou o genitor no meu coração
Somente depois de três décadas ao meu desencarne, o perdão libertou-me, não sou mais aquele que amou as pessoas com objeção, na qual um dia exercitei como arma em autodefesa
Só agora compreendo na vaga lembranças da mocidade, a minha solidão vivenciada nos meus versos, onde imprimia meus sentimentos solitários, sem verdade alguma.

ADVERTÊNCIA

⁠Quando eu for velha vou usar roxo
Com chapéu vermelho que não combina e não fica bem em mim,
E vou gastar minha pensão em conhaque e luvas de verão
E sandálias de cetim, e dizer que não tenho dinheiro para a manteiga.
Vou me sentar na calçada quando ficar cansada
E comer vorazmente amostras grátis nas lojas e apertar botões de alarme
E passar minha bengala pelas grades de ferro dos parques
E compensar a sobriedade da minha juventude.
Vou sair na chuva de chinelos
E colher as flores dos jardins dos outros
E vou aprender a cuspir.

Jenny Joseph
VIORST, Judith. Perdas necessárias. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2005.

⁠As pessoas chamam umas as outras de velha, como se envelhecer fosse feio, fosse crime. Meu bem, envelhecer é privilégio e estar vivo é uma dádiva que nem todos têm a bênção de ter.

⁠Eu até gosto muito de fazer aniversário, o que eu não suporto é ficar velha.🤪

⁠ESCOLA

Olha aquela velha escola ali. Quanto traz de sabedoria em seu longo abandono?

Sabedoria que não se alimenta, vive com sono

E talvez nunca desperte!

Quem sou eu para falar dos que jogam bola?

O coração é a melhor escola... pois é lá dentro que mora o talento

Ainda me lembro da velha escola, não fui mendigo porque não pedi esmola?

Ora ora!

Mas que burrice mais idiota!

Mendigo é mais digno e eu sim sou parte da esmola

Feito mola, vivo pulando por aí

Às vezes estou lá, às vezes estou aqui

Toda noite quando me deito, só sei que é difícil dormir...

Tem dor que derrete nosso órgão por dentro, é fazer algo sem sentimento, vai derretendo, corroendo, talvez seja minha maior dívida, cara! Desculpa se estou sempre devendo!

Um leão jorra sangue pelos lábios ardentes de sangue quente, não queria ser coerente, colocando esse monte de “ente”, mas é melhor que colocar gente, porque sou inteligente, querendo deixar você bem ciente do que somos capazes de fazer, basta ser, porque querer não é poder, se não entendeu, vai entender, para aprender a falar tem que aprender a ler.

Ah velha escola antiga, amiga, me desculpa se te abandonei

Hoje queria estar sentado nos seus velhos bancos com bons professores, disso eu sei!

Talvez teria evitado, todo esse amargo de sementes que eu mesmo plantei!

A vida foi coisa de louco, todo dia um sufoco, não queria tomar boldo, hoje sou cliente da farmácia NÃOSSEI

E olha que vergonha também é combustível, já diziam os antigos, a vivência é um perigo, não tropece onde tropecei

Ah escolha velha, se eu pudesse girar meu relógio ao contrário, será que eu seria reinventado e faria tudo diferente?

Talvez não! Talvez sim!

Tem pessoas que vão duvidar e é para duvidar sim, se você sabe o que é bom pra você, porque vive decidindo o que é bom pra mim?

Coisa de vizinho, daqueles bem cuidadozim que não sai mais na janela, agora a fofoca é por trás das telas, tá tudo bem complicadim...

As “dona Maria” mudou de idade, fofocar virou arte, um canal na TV que também só passa desastre, quer pipoca pra mais um filme?

Olha velha escola, como dói aquelas decisões as quais estava diante da prova, preocupado em tirar 10 sendo que 7 passava de ano, talvez hoje eu não seria um Cristiano, nem um Caetano, mais um Veloso por aí...

Teria vivido mais...

Ô vida de cão, vida de capataz, pra não falar do jamais, que leva uma vida de santa’nás coisas banais.

Em busca de mais, digamos que ideais, estamos sempre buscando pelo mais!

Sabe o que me faz lembrar do mais com o menos? Que menos com menos se torna mais! E mais com menos se torna menos! Digamos que essa linguagem já diz tudo o que vivemos?

Ah grande escola, se eu soubesse disso naquele exato momento! Que mais com mais é mais e mais com menos é menos! Quanto mais eu vivo, mais me surpreendo! Por isso a importância de saber o que está lendo, porque mais com mais é mais e mais com menos é menos, cuidado onde está pisando a planta da sua mente, cuidado com os terrenos!

Lembre-se: na sua vida, sempre mais com mais é mais, e mais com menos é menos!

Tão querendo morar em Marte e eu querendo ir pra Vênus!

Vênus menus coisas deste mundo chamado Terra, cheio de guerra por florestas que estão cheias de brechas que não se aquietam!

Ah se eu pudesse voltar na velha escola chamada Tempo! Com todo esse conhecimento eu faria diferente!

Atitudes mal pensadas, que neste texto de certa forma foram-me lembradas e não quero nem sorrir

Mas o motivo de tudo é a alegria, mas olha só quem diria que graças a Deus estou vivo e tudo isso eu vivi e sorri!!!

"Não é sobre casa."


Se eu soubesse o quanto que aquela velha casa ia me fazer falta -
Eu nunca a teria magoado.
Tão acolhedora, tão confortável...
Me sentia livre lá.
Mas infelizmente começou a esfriar -
Não era o mesmo que antes
Eu não tive muito zelo por ela...
Nem dei muito valor
Se eu soubesse que tudo ia "desabar"
Eu com certeza faria de tudo para consertar as rachaduras
Mas hoje não há nada que eu possa fazer... Só restou memórias e lágrimas.

Sei que sou uma alma velha habitando dentro de um corpo jovem. Eu amo uma época a qual nem sequer vivi, mas sinto tão fortemente que vivi isso, talvez sim.

A escola de Olavo Bilac

Geneviéve estudava em uma escola
Que ficava numa velha cidade do interior,
Todo dia andava até ficar cansada,
E seus pés doíam como no dia anterior.
A escola tinha nome de poeta,
Também tinha pátio, também tinha professor,
Geneviéve só não gostava da inspetora,
e muito menos do diretor.
Todo dia tinha aula
E toda aula uma história,
E toda história tinha doutor, bandido
E até o poeta com o nome da escola.
De tardezinha Geneviéve voltava para casa,
No rosto, um sorriso que nunca se fechava,
Já esperando um novo dia,
Uma nova história,
A via láctea...

Um olhar por trás do quadrado...A madeira pode ser velha, mas os vitrais sempre serão novos, pela “lente” que os espelha.

Ai, esta velha e solitária angústia
a estalar meu coração de vidro colorido

_ tira-me a liberdade
de colher ilusões

transbordando
.
.
.
.
transbordando

mal sei conduzir-me na vida,
sou brigue perdida
neste labirinto
- chamado VIDA.

Quem me dera cá dentro, muito a sós,
estrangulá-la pra sempre
e vestir munha alma de criança.

A casa parecia já velha, se deteriorando... Havia poucas pessoas... Formava-se uma forte tempestade, parecia que o mundo se acabaria em chuva... Foi aquele corre-corre para fechar as portas e janelas, o vento era muito forte... Todos temiam que as portas não suportassem a força do vento e da chuva... A chuva caía limpa e clara, mas as gotas que adentravam era turvas... Conseguiam fechar as portas e janelas, mas no interior da casa o chão se encontrava inundado de uma água barrenta, um verdadeiro lamaçal... Todos em silêncio... E junto ao medo a sensação de que algo de ruim estava lá fora, quando na verdade já estava ali dentro...
Ela acorda angustiada, e assim começa seu dia de pura angústia inexplicável... Sempre que algo de ruim estava prestes a acontecer, esse sonho estranho a atormentava, e sempre foi assim desde a sua infância....

Precisa de água limpa para remover toda lama, por que água suja só fará aumentar ainda mais a sujeira, mas para que isso seja possível é necessário deixar a tempestade passar...

Esta velha angústia,
Esta angústia que trago há séculos em mim,
Transbordou da vasilha,
Em lágrimas, em grandes imaginações,
Em sonhos em estilo de pesadelo sem terror,
Em grandes emoções súbitas sem sentido nenhum.

Transbordou.
Mal sei como conduzir-me na vida
Com este mal-estar a fazer-me pregas na alma!
Se ao menos endoidecesse deveras!
Mas não: é este estar entre,
Este quase,
Este poder ser que...,
Isto.

Um internado num manicómio é, ao menos, alguém,
Eu sou um internado num manicómio sem manicómio.
Estou doido a frio,
Estou lúcido e louco,
Estou alheio a tudo e igual a todos:
Estou dormindo desperto com sonhos que são loucura
Porque não são sonhos
Estou assim...

Pobre velha casa da minha infância perdida!
Quem te diria que eu me desacolhesse tanto!
Que é do teu menino? Está maluco.
Que é de quem dormia sossegado sob o teu tecto provinciano?
Está maluco.
Quem de quem fui? Está maluco. Hoje é quem eu sou.

Se ao menos eu tivesse uma religião qualquer!
Por exemplo, por aquele manipanso
Que havia em casa, lá nessa, trazido de África.
Era feiíssimo, era grotesco,
Mas havia nele a divindade de tudo em que se crê.
Se eu pudesse crer num manipanso qualquer —
Júpiter, Jeová, a Humanidade —
Qualquer serviria,

Pois o que é tudo senão o que pensamos de tudo?
Estala, coração de vidro pintado!

Renove os seus sorrisos, tire-os da gaveta,
Troque a roupa velha deles.
Ponha no sol os seus olhares com brilho,
Tire o mofo dos seus planos astronômicos,
E trate de mudar o perfume do seu coração.
Leve ele pra fazer as unhas, depilação.
Presenteie seu sorriso com um batom novo.
Inale três vezes por dia aquelas cores que já desbotaram
Não, não se contenha diante do mar...
Pule as ondas necessárias
Pra recomeçar seu ano a qualquer hora, qualquer mês.
E pra que aquela paixão que está querendo entrar,
Mude a mobília, faça um jantar, pinte as paredes...
Deixe que ela entre, e não tenha medo de tentar!

Diva Brito

Penso como adulta, vivo como adolescente, aconselho como velha, mas no final das contas sempre vou sonhar como criança.

Desconheço a autoria.