Festa Surpresa
Um destino comum
um ar de sempre e tanto
festa que teve brilho e dança ao luar
espumantes e meias verdades
palavrões e despedidas
a relação foi completa...
Você!
uma verdade absoluta
uma festa para os olhos
você!
o detalhe que a alma confessa ser especial
você!
o meu amor para toda a vida...
Cruel é perseguir o impossível, sonhar com o ouro escondido no leito do rio
a festa está só começando, há possibilidades infinitas no cotidiano
o que importa é a força de vontade de chegar lá e dançar
ainda que a música não seja a preferida e os passos já não tão ágeis assim...
"" Não me deixe morrer em você
antes me curta,
me faça sua festa, seu sorriso
seu momento especial
não me deixe antes da hora
minha alma não ignora
quer a sua, mergulhada na minha
brilhando como louca em noites de amor
fiz de você a dona da casa,
a amante desejada e a rainha.
por isso não deixe que eu parta sem levar aquela saudade
ela me fará voltar quinze minutos depois
apaixonado e ardente
como sempre...
"" Nem toda festa do mundo poderá afastar do coração a dor da solidão, nem toda esperança poderá trazer de volta a paz que perdeu....
A natureza em festa.
De janeiro em janeiro entre o verde e brigadeiro sem som de orquestra sinfônica observo a natureza em festa ouço canto das maritacas sabiá na laranjeira, canário da terra, tico tico, pássaro preto, azulão, no meio do dia ouço cachorro latir caçando prea mateiro vejo lagarto saindo da toca o piá em cima da goiabeira no galho do eucalipto um balanço de improviso alegra o dia da gurizada sem celulares x-box internet as criancadas conhecem o lado bom da vida desfrutam do pé de jabuticabeira, graviola, gabiroba, laranjeira ,coco, cereja, pessego, bananeira no cair do relento fim da tardezinha refrescar o corpo com saltos na represa em um passe mágica tudo se transforma ao lado da fogueira cantigas contos até os espíritos se manifestam na copa do eucalipto um galho verde se quebra sem explicação dando brecha para imaginação na roda de amigos uma estória pede passagem a cada novo conto um mais assustador que o outro já nas margem da represa vejo a lua beijar e dar brilho deixando o espelho d'agua todo dourado no zum zum dos pernilongos, mutucas, vaga-lume, no silêncio da noite uma briga boa no molinete, pesco tucunaré, corvina, barbado, dourado o ar fresco e a diversidade faz relembrar minha infância vejo as galhos das árvores em sintonia com o vento como é maravilhoso ver a natureza em plena transformação...
Gilson de faria
05/01/2021
Demétrio Sena, Magé - RJ.
O carnaval é uma festa em que muitos fingem que fingem... ou se fantasiam de quem são.
LONGE DOS PÓDIOS
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Ter humor na cartola, pro pior da festa;
ser alguém que se apruma no cio do abismo;
dividir o mesmismo em milhares de cacos
e dar faces distintas; contextos diversos...
Nova cara-de-pau quando a minha quebrar,
uma flor por espinho que atravesse o ser,
pra deixar todo mundo sem graça e sem chão
por me ver consertado e disposto pra mais...
Hei de amar esta vida com todos os ódios,
correr longe dos pódios e ser vencedor
sem vencer as pessoas ou ferir o mundo...
Saberei sempre achar o caminho mais brando,
para quando as vaidades, todas elas vãs,
estiverem no inferno do engarrafamento...
CONSELHO TORTO PRA POBRE BOBO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Faz arminha e faz festa para teu patrão
que sorri satisfeito; chibata na mão;
ele sim, tem motivo pra fazer arminha...
Agradece por tudo que o governo arranca,
faz caretas e bocas, impõe tua banca,
dando vivas e urras pra tua vidinha...
Ou até faz arminha por nem ter emprego,
diz que o céu proverá, finge ter desapego
ao conforto que todo cidadão merece...
Faz arminha pro SUS que te mata e aos teus,
pede ajuda, migalhas, dá graças a Deus
e decora o ditado: "Faz parte; acontece"...
Faz arminha pras armas que nunca terás
pelas formas da lei, mas aí tanto faz,
o país ter mais armas deve ser tão bom...
Faz também pra quem faz com arma de verdade;
pra indústria do crime; da desigualdade,
pela qual manda o rico e você baixa o tom...
Pro teu líder que faz porque tem vida ganha;
para muitos espertos que fazem barganha
ou estão protegidos em algum segredo...
Continua sofrendo com tanta injustiça,
mesmo assim faz arminha no culto e na missa,
pra milícia, pro tráfico e também pro medo...
Faz arminha que aponta para o próprio pé;
quando jogas teu sonho; teus dons; tua fé;
porque já te rendeste à própria covardia...
E repete os discursos de quem se dá bem
com teu dízimo, imposto, com teu vai e vem
para nunca sofreres barriga vazia...
Louva os falsos heróis que se criam aqui,
faz arminha pro nada que fazem por ti,
continua sem tino, sem chão e sem rumo...
Enaltece quem quer que a criança dê duro;
pobre fora da escola; perdido no escuro;
faz arminha, gargalha, salta e leva fumo...
NO DIA DOS NAMORADOS
Demétrio Sena - Magé
Eu queria sair sem ter que ser pra festa;
sem fazer excursão com visitas guiadas;
pra seresta, balada nem ao shopping center
ou comprar e comprar e depois fazer compra...
Quero tanto sair e me sentir lá fora;
me deitar com você num gramado qualquer;
fazer hora em seus braços, esquecer do mundo
com garçons, atendentes, romantismo fashion!
Só dos rios e ventos ouvir as correntes;
caminhar nos dormentes duma linha férrea
e não ter que almoçar no Bistrô Madeleine...
Sem pousada, choupana, glamour de salão
nem pegar condução; só voar e sorrir;
eu queria sair e não entrar em nada...
Liberdade já foi rua - palco da vida, e dos quintais de frutas maduras - a festa da meninada. Foi um tempo em que a vida não cabia nos limites que os pais queriam - mas todos os excessos encontravam a coerência que a vida exigia e queria!
Ah, minha querida! Quem me dera ser bem recebidono teu mundo,
assim, o meu ficaria em festa,
pra nós, tudo teria um significado novo,
pois conheceríamos os sentimentos
e sonhos um do outro
até que viéssemos a dançar no mesmo ritmo, unidos num rico propósito, guiados por Cristo.
A partir daí, juntos iniciaríamos uma
jornada marcada por confiança, desafios, beijos e palavras, tristezas
e bonanças, abraços calorosos,
um dando força ao outro
numa história emocionante de cumplicidade entre lutas e vitórias,
vividas de verdade com uma fé incessante contrariando certas situações amargas e desgastantes.
É claro que a perfeição estaria ausente, sou um sonhador de pés
no chão e se O Senhor quisesse, seríamos dois resilientes de mãos dadas seguindo na mesma direção,
talvez, esta declaração não era esperada e não seja de uma vontade correspondida, mas dificilmente duas pessoas se conhecem e se afeiçoam do nada, ao menos, precisava externar, minha querida.
Faça da felicidade, a sua parceira na festa da vida, e dance. Dance, pois a música pode parar sem aviso prévio.
Dance simplesmente!
Quando a festa é mais bravia
segue em frente e desarmado;
como é grande a valentia
na coragem de um forcado.
I
Hoje é dia de tourada
à velha moda portuguesa,
toda a praça é uma beleza
e os magotes dão chegada.
Vai começar a garraiada,
sobe a míni em euforia,
o descaramento da Maria
faz olhinhos para o moço,
o orgulho do que é nosso
quando a festa é mais bravia.
II
Ela entra e vai a trote
pra contemplar o grande artista,
quer fazer jus à conquista
com a pega e com capote.
E olha lá pró camarote,
o trompete é afinado,
ele num ar de avalentado
está ali de pedra e cal,
e quando entra o animal
segue em frente e desarmado.
III
Os amigos dão-lhe a mão,
a primeira é do mais forte,
outros mais vão dar-lhe sorte
e é tremenda a ovação.
Raspa o bicho pelo chão
a testar qualquer fobia,
entre o pó e a gritaria,
há arrojo e muita graça,
e os rapazes estão na praça,
como é grande a valentia.
IV
Chegou a hora anunciada,
cresce o touro em prontidão,
quando avança o valentão
entra o bicho em derrocada.
Ela toda entusiasmada
ele no touro encaixado,
grita o povo extasiado
a boa sorte do pegador,
e ela assina o seu amor
na coragem de um forcado.
António Prates
O amor de São João é fogo e é festa, é desejo que arde sem vergonha; é vontade de se amar na chuva, com o coração livre, sem medo do olhar de ninguém, apenas entregues ao calor dos corpos e à bênção das estrelas que iluminam a noite.
A Sátira Escarlate
Em meu coração, onde o verde se veste em festa,
Nosso amor nasceu, uma piada indigesta.
Romeu e Julieta, farsa em dois atos,
Nossa paixão, risível em seus estratos.
Loucos varridos, num abraço apertado,
Pela sátira cruel fomos laçados.
O amor nos cegou, comédias sombrias,
E no palco da vida, a morte nos via.
Insano o querer, frenesi desmedido,
Um drama grotesco, jamais esquecido.
Um espetáculo vil, de risos macabros,
Onde os amantes caem, como bonecos fracos.
No século findo, a razão ditava,
Que o amor era entrave, que a alma embaraçava.
Psicológico erro, desvio profundo,
Das metas da vida, um estorvo imundo.
Assim nos amamos, na contramão da história,
Um gracejo amargo, de efêmera glória.
E a sátira implacável, no final da jornada,
Nos cobrou o preço: a vida roubada.
(Inspirado em Romeu e Julieta de William Shakespeare)