Fernando Pessoa Poema Hora Absurda

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Crítico: Pessoa que se vangloria de ser de satisfação difícil, porque ninguém lhe tenta agradar.

Ser tímido em relação a uma pessoa é confessarmos a nossa inferioridade perante ela. Mas tal receio de lhe desagradar, mesmo lisonjeando-a, não a obriga a simpatizar conosco.

Para mim, o importante em poesia é a qualidade da eternidade que um poema poderá deixar em quem o lê sem a ideia de tempo.

O poema não é feito dessas letras que eu espeto como pregos, mas do branco que fica no papel.

Há grandeza mais verdadeira numa boa ação do que num bom poema ou numa grande vitória.

O amor deve considerar-se como um grande poema, cujo primeiro canto é o casamento.

A poesia é uma criação da cultura, mas esta deve permanecer invisível no poema.

Certo ou Errado...
Na busca pela pessoa certa, encontrei certas pessoas, que pareciam certas no momento, mas logo demostraram serem erradas...
Talvez tenha até encontrado a pessoa certa, mas na hora errada…por isso que errei mais do que acertei….
Mas o certo é que sem medo de errar...quando chegar o momento certo eu vou falar a coisa certa….pra pessoa certa e vamos nos acertar...

POEMA DOS ENAMORADOS

Eu quero passar todos os dias na tua vida
Na hora da chegada e na breve hora da partida
Ouvir tua voz em tantos sons e melodias
Lembrar de ti por tua paz, por teu amor e alegria.

E na alegria eu vou passar todos os dias do teu lado
No aconchego do teu corpo delicado
Dar-te meus braços em abraços bem selados
Trocar contigo mil beijos e afagos

E nesses tantos beijos e afagos tão bem dados
Faremos juntos um caminho de carinho escancarado
Cumprindo bem nosso destino lado a lado.

Nosso destino de sermos dois e, assim, de sermos sempre:
Dois amantes, dois amados, dois corações apaixonados...
Eternamente, entre nós, enamorados!

Poema do Amigo



A qualquer hora em que chegares, sentarás comigo em minha mesa.
A qualquer hora em que bateres a minha porta,
o meu coração também se abrirá.
A qualquer hora em que chamares, eu me apressarei.
A qualquer hora em que vieres, será o melhor tempo de te receber.
A qualquer hora em que te decidires, estarei pronto para te seguir.
A qualquer hora em que quiseres beber, eu irei a fonte.
A qualquer hora em que te alegrares, eu bendirei ao Senhor.
A qualquer hora em que sorrires,
será mais uma graça que o senhor me concede.
A qualquer hora em que quiseres partir; eu irei frente nos caminhos.
A qualquer hora em que cantares, eu estenderei os braços.
A qualquer hora, em que te cansares, eu levarei a cruz.
A qualquer hora em que te sentires triste, eu permanecerei contigo.
A qualquer hora em que te lembrares de mim, eu acharei a vida mais bela.
A qualquer hora em que partires, ficarás com a lembrança de uma flor.
A qualquer hora em que voltares, renovarás todas minhas alegrias.
A qualquer hora que quiseres uma rosa, eu te darei toda roseira.
Eu te digo tudo isso, porque não posso imaginar uma amizade
que não seja total, de todos os instantes e para todo bem.

Seu Amigo

Poema em linha reta

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
(Heterônimo de Fernando Pessoa)

Álvaro de Campos

Nota: Poema presente no livro "Poesias de Álvaro de Campos", de Fernando Pessoa (heterônimo Álvaro de Campos). Link

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ESTRELA DA PROMESSA- Poema Sufi

Vem,
Te direi em segredo
Aonde leva esta dança.
Vê como as partículas do ar
E os grãos de areia do deserto
Giram desnorteados.
Cada átomo
Feliz ou miserável,
Gira apaixonado
Em torno do sol.

Faltam-te pés para viajar?
Viaja dentro de ti mesmo,
E reflete, como a mina de rubis,
Os raios de sol para fora de ti.
A viagem conduzirá a teu ser,
transmutará teu pó em ouro puro.

Um Poema de Amor

Todas as mulheres
todos os beijos as
diferentes formas que amam e
falam e carecem.

suas orelhas todas elas têm
orelhas e
gargantas e vestidos
e sapatos e
automóveis e ex-
maridos.

na maioria das vezes
as mulheres são muito
quentes elas me lembram
torrada com a manteiga
derretida
nela.

está estampado no
olhar: elas foram
tomadas elas foram
enganadas. eu nunca sei o que
fazer por
elas.

sou
um bom cozinheiro um bom
ouvinte
mas nunca aprendi a
dançar — eu estava ocupado
com coisas maiores.

mas eu apreciei suas variadas
camas
fumando cigarros
olhando para o
teto. não fui nocivo nem
desleal. apenas
um aprendiz.

eu sei que todas têm
pés e descalças elas andam pelo piso enquanto
eu olho suas modestas bundas no
escuro. sei que gostam de mim, algumas até
me amam
mas eu amo muito
poucas.

algumas me dão laranjas e vitaminas;
outras falam mansamente da
infância e pais e
paisagens; algumas são quase
loucas mas nenhuma delas deixa de fazer
sentido; algumas amam
bem, outras nem
tanto; as melhores no sexo nem sempre são as
melhores em outras
coisas; cada uma tem seus limites como eu tenho
limites e nós aprendemos
cada qual
rapidamente.

todas as mulheres todas as
mulheres todos os
quartos
os tapetes as
fotos as
cortinas, é
algo como uma igreja
raramente se ouve
uma risada.

essas orelhas esses
braços esses
cotovelos esses olhos
olhando, o afeto
e a carência eu tenho
agüentado eu tenho
agüentado.

Charles Bukowski
BUKOWSKI, C., War All the Time – Poems 1981-1984

Seja você quem for, agora eu coloco minha mão em cima de você, que você seja meu poema;
Eu sussurro com meus lábios perto de seu ouvido,
Eu tenho amado muitas mulheres e homens, mas eu amo ninguém melhor do que você.

É este o dia certo para a pessoa certa, na hora certa: você é a pessoa certa, na hora certa, no dia certo. O resto é confusão mental. Por favor, queira ser feliz e lute por esse direito, a vitória só depende de você, não aceite migalhas!

Não sei se em algum momento cheguei a ver você completamente como Outra Pessoa, ou, o tempo todo, como Uma Possibilidade de Resolver Minha Carência. Estou tentando ser honesto e limpo. Uma Possibilidade que eu precisava devorar ou destruir.

Nessas horas sempre surge aquela tradicional perguntinha: Por que aquela pessoa pela qual você trocaria qualquer programa por um simples filme com pipoca abraçadinho no sofá da sala não despenca na sua vida?

Por isso eu acho que a gente se engana, às vezes. Aparece uma pessoa qualquer e então tu vai e inventa uma coisa que na realidade não é. Ela é intensa e tem mania de sentir por completo, de amar por completo e de ser por completo. Dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. Uma solidão de artista e um ar sensato de cientista… tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna.

Sem tempo pra ler, pra escrever, pra olhar pro céu, um olho nos jornais, outro no coração das pessoas. E tudo tão rebentado - ou arrebentando.

Não adoro nem venero, mas gosto na medida sadia e humana em que uma pessoa pode gostar de outra. O resto é detalhe.

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