Fernando Pessoa Poema Hora Absurda

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poema nos meus 43 anos

(Tradução: Jorge Wanderley)

terminar sozinho
no túmulo de um quarto
sem cigarros
nem bebida—
careca como uma lâmpada,
barrigudo,
grisalho,
e feliz por ter um quarto.
…de manhã

eles estão lá fora
ganhando dinheiro:
juízes, carpinteiros,
encanadores , médicos,
jornaleiros, guardas,
barbeiros, lavadores de carro,
dentistas, floristas,
garçonetes, cozinheiros,
motoristas de táxi…
e você se vira
para o lado pra pegar o sol
nas costas e não
direto nos olhos.

Poema Luciano

Luciano
Melodia na minha vida
Me deste tanto
Te devo tanto
Só tu és; Felicidade.
Eu te amo
Eu te respiro
Eu te vivo
Eu te sonho
No mundo Luciano
Dias cintilantes
Sol Luciano
Noites refulgentes
Céu Luciano
O amor é Luciano
A vida é Luciano
O mundo é Luciano
E
Encantadora
É tua alma que me olhas
Com olhos de menino
Que ver encantos onde não existe.
Eu te olho como quem vê um deus
Eu, bebo nessa fonte
Que me acorda pra vida.
Respiro Luciano
Vivo Luciano
Amo Luciano

Poema de amor para ninguém em especial

Deixe-me tocá-la com minhas palavras
Pois minhas mãos inertes pendem
como luvas vazias
Deixe minhas palavras acariciarem seu cabelo
deslizar tuas costas abaixo
e brincar em teu ventre
pois minhas mãos,
de voo leve e livre como tijolos
ignoram meus desejos
e teimosamente se recusam a tornar realidade
minhas intenções mais silenciosas
Deixe minhas palavras entrarem em você
carregando tochas
aceite-as voluntariamente em seu ser
para que possam te acariciar devagarinho
por dentro.

Quem é a Poesia?

A poesia é uma linda menina tímida
Que se disfarça em poema,
um belo rapazinho encrenqueiro,
para dizer de forma poética
tudo que deseja em poucas métricas.

Agora um poema...

A noite é melhor que o dia
Simplesmente por causa de sua calmaria
O dia tem muita agitação
A noite acalma nosso coração
Mas entre a noite e o dia
Fica a certeza e a incerteza da vida da gente
E é essa preocupação que ocupa a maior parte de nossa mente.

César Ribeiro

Poema nos meus 43 anos

Terminar sozinho
no túmulo de um quarto
sem cigarros
nem bebida—
careca como uma lâmpada,
barrigudo,
grisalho,
e feliz por ter um quarto.
…de manhã

eles estão lá fora
ganhando dinheiro:
juízes, carpinteiros,
encanadores , médicos,
jornaleiros, guardas,
barbeiros, lavadores de carro,
dentistas, floristas,
garçonetes, cozinheiros,
motoristas de táxi…
e você se vira
para o lado pra pegar o sol
nas costas e não
direto nos olhos.

Foleando Leminski

Tento achar nas páginas
algo que expresse minha insatisfação
Um poema de um dilema
ou alguma torta inspiração
Toda vez que faço isso
nada de novo sinto
Vejo tudo, nada lido
Volto a primeira fase

O que me resta então
é escrever
minha própria desilusão
Algum verso que se encaixe
nessa fase que me invade
em linhas sem direção
mesmo que em vão
ou em pequenas partes.

Em homenagem a João Ubaldo, publica um belo poema seu:
ELES ESTÃO SE ADIANTANDO
Eles estão se adiantando, os meus amigos.
Sei que é útil a morte alheia
para quem constrói o seu fim.
Mas eles estão indo, apressados,
deixando filhos, obras, amores inacabados
e revoluções por terminar.
Não era isto o combinado.
Alguns se despedem heróicos,
outros serenos. Alguns se rebelam.
O bom seria partir pleno.
O que faço? Ainda agora
um apressou seu desenlace.
Sigo sem pressa. A morte
exige trabalho, trabalho lento
como quem nasce

Presente - um poema Gestáltico

Aqui-agora, dou-me conta do presente:
Que me deste - (?)
Que tu és!
Presente.

Momento indefinível - escapa-me.
Impede-me nas palavras. Não! Não o reduzirei.
Puro gesto em movimento, por isto: Explode!
Mil cometas em minha direção. Medo? Não.
Voz, canto, ode.
Riso que no segundo do abraço terno em eterno transforma o tempo.
Olhar que atravessa e estremece o ser que se torna.

Explode? Não!
Mil cometas em minha direção. Medo? Sim.
Mas o riso - forte.
O abraço - quente.
E o olhar... Este não mente.

Venham-me os cometas, na velocidade que é deles. Eu espero.
Mostrem-se na medida de sua possibilidade, pois eu suponho,
Essa tal felicidade,
Seja verde de sol.

Explode? Sim. E sem medo, vem!
Explode em mim.
Simples? Não.
Assim.

Sinto cheiro de poesia quando desejo teu corpo
Ouço voz de poema quando lembro teus olhos
Escuto música quando te abraço em pensamento
Canto, quando penso em ti.

Entrego-me à saudade, às lágrimas que choro.
As orações que rezo com amor....
A cada poema que faço escrevo com paixão.
As marés e os rios que transbordam de dores,
Angustias, prantos cheios de solidão
Onde guardo a minha alma cheia de risos
Lágrimas, sonhos feitos em poesias.!!

POEMA DA ROSA

Em versos carícias componho
Ternura de beijos na estação florida,
Singelos desejos a ti proponho
Se tu fores minha flor querida.

Beijar-te-ei com doçura
E com zelo acariciarei,
Sua face qual formosura
Q’um dia em sonho contemplei.

Meus versos serão beijos
Em noites silentes orvalhadas,
Um poema retratado em desejos
A ti somente minha amada.

Crise de existência;
Estou expressando meus sentimentos neste singelo poema

Não sei se estou no lugar certo
Não sei se estou no lugar errado
Também não sei o porque sou tão calado

Um mundo onde o molde deve prevalecer;
A sociedade nos diz:
Estudar, trabalhar, morrer!

Poema para Aline

Quando olho pra você
minha querida menina,
tudo que a vejo fazer,
na verdade me fascina!

Seu jeitinho responsável
e seu modo de falar,
é uma coisa invejável
e difícil de encontrar.

Sua inteligência brilhante,
seu olhar inquiridor,
seu jeitinho esvoaçante
me lembram um beija-flor!

E quando você irritada,
por não ser compreendida,
apronta uma confusão
brigando com seu irmão,
você me faz meditar
no seu jeito de amar.

Quando você olha pra mim,
reclamando atenção,
fico pensando comigo:
“Eu mereço esse sermão”

Você, minha querida menina,
muitas vezes me ensina
e com suas perguntas inteligentes
revoluciona minha mente.

Por isso aqui estou
a dedicar-lhe esse poema
e pra dizer-lhe também
que ter você valeu a pena!

Versos de um poema...



Escuridão não é a ausência de luz... É a ausência de você...
Minha alma viaja sem fantasias... A visão marejada
E carente de ti... E o tempo não se detém nem retorna
Prossegue sempre inexorável...

Longe no horizonte… onde o vento toca
nos cumes entorpecidos ouvem-se
sussurros de um poema perdido...

“...mas trazem os versos
De um poema que te escrevi... Faz tempo...!”

ESCREVER UM POEMA DE TI╰⊱♥⊱╮🌺

Gostava muito saber escrever um poema
Um poema só para ti de floridos versos
Que falasse de todas as noites e dias
Em que estivemos juntos, lado a lado
Que costurávamos dores e sarávamos feridas
Que cerzimos as lutas num remendar diário
Se eu soubesse escrever um poema
Saberia o que dizer de ti como é bom amar-te
Do silêncio das coisas que são partilhadas
Sem serem ditas que sabemos dentro um do outro
Na fragilidade que tantas vezes se torna em força
Da coragem de ultrapassar dificuldades
No sorriso de dor que se torna em felicidade
Gostava de saber escrever um poema
Um poema de um jardim de rosas floridas de amor
Que falasse de belos versos de um só sentimento
Lutas diárias que a vida nos deu sem cessar
Se eu soubesse escrever um poema para ti
Seria que valeu a pena ter lutado ferozmente
No silêncio das palavras lidas e escritas de mim em ti.

⁠Poema Infantil | Poesia para Crianças

CHILIQUE

Mãe não venha com chilique
Que se não for no joystick
Eu não vou brincar de pique.

Brincadeira na rua
Para mim é coisa sua .

Por favor vê se não ura
Mas me deixar ser tv
É a maior censura! x.x

www.jessicaiancoski.com

POEMA EM SILÊNCIO (soneto)

Meu verso está amordaçado
As palavras dentro da vidraça
Represadas e tão sem graça
Estou calado, o poetar calado

Inspiração diluída na fumaça
O vazio estridente e arestado
Ácido em um limo agargalado
Inebriando tal qual cachaça

Meu pensamento está suado
Ofertado como fel numa taça
E na solidão, então, enjaulado

O poema em silêncio, bagaça
Oh! Túrgido sossego enfado
Diz nada, só tira a mordaça...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

O poema é uma mentira
Todos acreditam na diferença
Mas no fundo
Sabem que é mentira

Sabem que o mundo não tem mais chances
De ser mudado ou remodelado
Ele está completamente ferrado
Destroçado, Acabado

A única chance que tinhamos
Morreu com quem quis
Morreu com quem acreditava
E com quem mais apoiava

O meu poema
É uma bala que ricocheteia no muro frásico
Da indiferença
Quebrando a argamassa da intolerância
O mundo é feito de humanos
Todavia cada ser te, a sua liberdade
Para ir e vir
Pensar e discordar
Apoiar e enaltecer
Avançar ou regredir
Ninguém pode colocar rédeas
Ao pensamento
Nem grilhões nos passos.
Eu sou livre para voar
Prá onde eu quero.
Sigo o mapa do meu coração.