Fernando Pessoa Poema Hora Absurda

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ME ATRAI.

Os espinhos não me afastaram da rosa.
Ainda que ferido, dilacerado
coração sangrando.
ainda que pareça distante
o alto do caule,
ataviado com tão sublime cor.
A atração do seu perfume era maior.

Se eu soubesse que esse mundo
Estava tão corrompido
Eu tinha feito uma greve
Porém não tinha nascido
Minha mãe não me dizia
A queda da monarquia
Eu nasci, fui enganado
Pra viver neste mundo
Magro, trapilho, corcundo,
Além de tudo selado.

Assim mesmo meu avô
Quando eu pegava a chorar,
Ele dizia não chore
O tempo vai melhorar.
Eu de tolo acreditava
Por inocente esperava
Ainda me sentar num trono
Vovó para me distrair
Dizia tempo há de vir
Que dinheiro não tem dono.

A beleza de uma mulher não está nas roupas que ela usa, seja ela sensual, casual, despojada ou elegante.
A beleza de uma mulher não está na maneira que penteia os seus cabelos, e nem nos mais variados tipos de penteados.
A beleza da mulher não está em seu corpo, seja ele todo definido em uma academia, ou magrinha, ou quem sabe gordinha.
A beleza da mulher não está na sua idade, quer ela seja uma moça ou, quem sabe, uma senhora.
A beleza de uma mulher não está em sua conta bancária, ou no carro luxuoso, ou na casa de alto padrão.
A beleza da mulher não está em nada disso, porque tudo isso passa, não dura para sempre.
Mas a beleza da mulher está refletida na sua alma.
A beleza da mulher está no seu sorriso e no seu jeito meigo de olhar.
A beleza da mulher está em seu jeito carinhoso de ser.
A beleza da mulher deve ser vista em seus olhos, porque essa é a porta para ir ao encontro do seu coração, o lugar onde o amor faz morada.
A beleza de uma mulher, com o passar dos anos, não diminui. Ela apenas cresce com toda a sua experiência.
Você é essa mulher maravilhosa e extraordinária, que me inspira e me faz escrever e sonhar com um grande amor.
Você é essa mulher, digna de todo meu respeito e admiração. Você é a mulher mais linda que existe nessa Terra e a sua beleza é inigualável. Sabe por quê? Porque você é única!

Amar é mais que sentir amor

Amor é querer bem
É sonhar
É gostar de sentir
É gostar de conversar

Amar é demonstrar
É colocar em prática
É ação
É não ficar apenas no coração

Muitos têm amor
Muitos sentimentos têm
Muitos até se emocionam
Jamais esquecem do amor que retêm

Muitos não sabem amar
Apesar do amor que tem
Muitos esquecem
Amar é mais do que o coração contém

Aja por ele
Não apenas sinta amor
Demonstra ternura
Pratique com fervor
Livro CRÔNICAS E POEMAS REFLEXIVOS

Mas a morte é agradável demais
e eu não quero falar sobre
o agradável.
Eu quero falar sobre a grande
tragédia que é
a vida.

Meu coração. Branco.
Minhas bochechas. Vermelhas.
Nossos olhos estão fechados. Preto.
Meu céu tranforma-se. Amarelo.

Posso te falar

Posso te falar sobre a vida.
E as belezas que ela tem.

Posso te falar dos sonhos.
Daqueles que me fazem bem.

Posso te falar os meus segredos.
Há você e a mais ninguém.

Posso te falar dos meus defeitos.
E o quanto mudei, como também...

Posso te falar "te amo".
Como jamais disse para um outro alguém.

Assim Como

Os cortes doem,
Assim como os das árvores.
A prisão é ruim,
Assim como dos pássaros.
A destruição da natureza é ruim,
Assim como a destruição da confiança.
O desperdício da água é ruim,
Como o desperdício de uma chance.

Não me subestime...
Caminho sozinha, mas estou atenta a trilha que devo seguir...
Se não ouvir o meu grito é porque aprendi que o meu silêncio me traz respostas...
Suas críticas não me abalam, porque aprendo com elas.
As pedras que me atiram pelo caminho, carrego comigo pois construirei o meu castelo...
Se queres falar de mim, me conheça e aí sentirá desejo de ter a minha amizade...
Respeito como sou, tente se aproximar e verá que tenho um coração acolhedor, e que honra e lealdade faz parte de minha índole...
Eu não sou nem pior, nem melhor que você...
Sou apenas eu...
Como pode me subestimar se nem conhece os caminhos que ando, o que já passei em minha vida...
As dores que já tive me deixaram mais forte...
Se me calo é porque devo ouvir mais e falar menos...
Respeita a minha maturidade, pois aprendi com o passar dos anos...
Sou guerreira, loba, então se quiser me atingir, ouça o meu conselho...
Pode até me ver cair, mas sempre me levanto mais forte, então faça bem feito porque fiz do chão a minha fortaleza, aprendi que sou mais forte quando dobro os meus joelhos, coloco a minha cara no pó da terra e peço conselhos ao meu criador...
A minha força vem da minha fé, enquanto muitos duvidam, eu creio...
Sou selvagem por natureza, mas carrego em meu corpo uma alma mansa e sonhadora, então vem conhecer o meu santuário, e sentirá a paz de meu espírito...
Sou questionada todo o tempo, não possuo todas respostas, mas sei que procuro pela justiça e não pela vingança...
Então mas uma vez vou insistir, por favor nunca me subestime que você poderá se surpreender."

O Natal em toda idade
é sempre nova alegria,
mas nos dons da caridade,
o Natal é todo dia.

Natal! Festeja esquecendo
quaisquer preconceitos vãos...
Natal é Jesus dizendo
que todos somos irmãos.

Chico Xavier
Antologia Mediúnica do Natal. Espíritos Diversos. FEB.

Nota: Texto do espírito Leôncio Correia psicografado por Chico Xavier.

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Aos Músicos Poetas...

Me deixa ver a lua e me dê um violão...
Eu te mostrarei o mundo.

A chuva voltou

A chuva voltou
Vento e chuva
A vida e o frescor
O arborescer e a mata reflorescer
Estação de chuva e sol
De dia calor e ventilador
E de noite muito lençol

A esperança de plantar
E em alguns meses da roça sentir o sabor
Poder dos seus doces frutos comprar
Desfrutar depois do trabalho e seu ardor

Mesmo com dores jamais demonstrar tristeza
Essa é a doce amarga vida
De quem depende da impetuosa natureza
Onde só chove
Se do homem for bem servida
E respeitada sua eterna verde beleza

Eu queria morrer um pouquinho
Pra ficar com você um tantinho
Que essa dor me consome, voraz

Eu queria morrer um instante
Pra matar a saudade constante
Que meu coração já não tem paz

Eu queria morrer um momento
Pra morar nesse teu acalento
E não sair desse abraço jamais

Eu queria morrer um segundo
Pra recuperar em teus olhos, meu mundo
E então já lhe digo, até mais

⁠⁠⁠⁠Há dias de tanta angústia
Que não sei do que ela é.
Não sei se me sobra o sonho.
Não sei se me falta a Fé.

É uma angústia que nasce,
Como de um solo, de mim,
Que parece ser eu todo
Com razão de ser assim.

E esmaga-me toda a alma,
Confunde todo o meu ser
E tudo gira em meu torno
Sem eu o compreender.

Mágoa como um portão velho,
Ferrugem da quinta em fim,
É uma angústia que cai,
Como num solo, por mim…

⁠Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.

Fernando Pessoa
Poesias de Álvaro de Campos. Lisboa: Ática, 1944.

Nota: Trecho do poema Tacabaria, escrita com o pseudônimo de Álvaro de Campos.

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⁠Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.

Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.

Fernando Pessoa
Poesias de Álvaro de Campos. Lisboa: Ática, 1944.

Nota: Trecho do poema Tabacaria.

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Inserida por andersonmmoliveira

ADEUS...

ADEUS…

O navio vai partir, sufoco o pranto
Que na alma faz nascer cruel saudade;
Só me punge a lembrança que em breve há-de
Fugir ao meu olhar o teu encanto.

Não mais ao pé de ti, fruindo santo
Amor em sonho azul; nem a amizade
De amigos me dará felicidade
Igual à que gozei contigo tanto.

Dentro do peito frio meu coração
Ardendo está co'a força da paixão,
Qual mártir exilado em gelo russo...

Vai largando o navio p'ra largo giro:
Eu meu «adeus» lhe envio n'um suspiro,
Ela um adeus me envia n'um soluço.

Inserida por nuno_da_silva

Sol nulo dos dias vãos,
Cheios de lida e de calma,
Aquece ao menos as mãos
A quem não entras na alma!

Que ao menos a mão, roçando
A mão que por ela passe
Com externo calor brando
O frio da alma disfarce!

Senhor, já que a dor é nossa
E a fraqueza que ela tem,
Dá-nos ao menos a força
De a não mostrar a ninguém!

Fernando Pessoa
Poesias. Lisboa: Ática, 1942.
Inserida por laurenmatta

⁠Eu sou o disfarçado, a máscara insuspeita.
Entre o trivial e o vil m[inha] alma insatisfeita
Indescoberta passa, e para eles tem
Um outro aspecto, porque, vendo-o, não a vêem,
Porque adopto o seu gesto, afim que […]
Julga o vil que sou vil, e, porque não me
No meandro interior por onde é vil quem é
Julga-me o inábil na vileza que me vê.
Assim postiço igual dos inferiores meus,
Passo, príncipe oculto, alheio aos próprios véus,
Porque os véus que me impõe a urgência de viver,
São outro modo, e outra (...), e outro ser:
Porque não tenho a veste e a púrpura visível
Como régio meu ser não é aceite ou crível;
Mas como qualquer em meu gesto se trai
Da grandeza nativa que irreprimível sai
Um momento de si e assoma ao meu ser falso,
Isso, porque desmancha a inferioridade a que me alço,
Em vez de grande, surge aos outros inferior.
E aí no que me cerca o desconhecedor
Que me sente diferente e não me pode ver
Superior, julga-me abaixo do seu ser.

Mas eu guardo secreto e indiferente o vulto
Do meu régio futuro, o meu destino oculto
Aos olhos do Presente, o Futuro o escreveu
No Destino Essencial que fez meu ser ser eu.

Por isso indiferente entre os triviais e os vis
Passo, guardado em mim. Os olhares subtis
Apenas decompõem em postiças verdades
O que de mim se vê nas exterioridades.
Os que mais me conhecem ignoram-me de todo.

Fernando Pessoa
LOPES, Teresa R. Pessoa por Conhecer – Textos para um Novo Mapa. Lisboa: Estampa, 1990.
Inserida por jhessicafourny

Um dia tu vais compreender que não existe nenhuma pessoa totalmente má, nenhuma pessoa completamente boa. Tu vais ver que todos nós somos apenas humanos. E sofrerás muito quando resolveres dizer só aquilo que pensas e fazer só aquilo que gostas. Aí sim, todos te virarão as costas e te acharão mau por não quereres entrar na ciranda deles, compreendes?

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