Fernando Pessoa Ausencia
Nó
O tempo perdido
Pode ser recuperado
A solidão é a ausência
De alguém não encontrado
Deixe o passado no passado
Viva com as marcas
Disperse o medo
não chore, ainda é cedo
Não sinta-se só
Insista, tem solução
Há medo ao teu redor
Há coragem no teu coração
Ouça a coragem
Desate o nó.
Rebobina a fita da vida e volte no tempo, antes do aborrecimento que a ausência causou. Te conheci, esqueci o sinônimo do sofrimento, a vida me quis feliz e a tristeza passou.
Não me acostumei com sua ausência, mas não saberia tê-lo em minha vida.
Você fez parte de um momento, mas não da minha vida inteira.
O que passou não volta mais, e é bem melhor assim. Sabemos que nada seria como antes. Quem não muda por amor faz isso pela dor. E sofrer eu não quero.
Espero que a vida te faça amadurecer, e que você não faça com ninguém o que fez comigo. Não tem graça fazer outras pessoas sofrerem. Quem muito faz sofrer um dia sofre também. Quando você se tornar uma pessoa melhor talvez possamos ser amigos. Por enquanto fico na minha e você segue seu caminho.
Não quero nada que me faça mal na minha vida.
É que a saudade dói e, dói a ausência, dói a lembrança, dói saber que o passado não volta, que muita coisa virou memória nessa tênue linha que se resume a vida. E, o tempo tem sido o melhor remédio, às vezes quando ameaça doer demais, injeto uma dose extra de tempo, no corpo, no pensamento e no coração.
A ausência temporária faz bem, porque a presença constante torna as coisas parecidas para que possam ser distinguidas. A proximidade diminui até as torres, enquanto as ninharias e os lugares comuns, ao perto, se tornam grandes. Os pequenos hábitos, que podem irritar fisicamente e assumir uma forma emocional, desaparecem quando o objeto imediato é removido do campo de visão. As grandes paixões, que pela proximidade assumem a forma da rotina mesquinha, voltam à sua natural dimensão através da magia da distância.
Como se, de repente, eu precisasse achar natural viver sem música
e me acostumar à ausência dela.
Como conviver com o silêncio
se antes estava cercada das mais belas melodias?
Dizem que os seres se acostumam a tudo, será?
Solteiro, frio, cobertor, noite e a dor da ausência de alguém que se quer muito, que nunca tivera ou daquele que nem se sabe, mas que almeja intensamente algum dia ter.
Meus olhos transbordam a dor da tua ausência, que escorre descontrolada por minha face rubra de saudade.
