Feliz aniversário, filha: 71 mensagens para celebrar o seu dia

O amor ao próximo não conhece fronteiras ideológicas ou religiosas.

A força da maternidade é maior que as leis da natureza.

O Natal... não é um acontecimento, senão uma parte de seu lar que levamos sempre em nosso coração.

Quem busca a verdade do homem deve apropriar-se da sua dor.

A minha mente é a minha igreja.

A rapidez, que é uma virtude, gera um vício, que é a pressa.

Como saber se eu desisti cedo demais? Se você desistiu, era cedo demais.

Relvas de verão
sob as quais os guerreiros
sonham.

O pensamento é uma qualidade própria da alma, que a si mesma se multiplica.

Muitas mulheres não sossegam enquanto não mudam o seu homem. E, quando o conseguem, ele perde a graça.

Fiz desaparecer a minha individualidade para nada ter que defender; afundei-me no incógnito para não ter qualquer responsabilidade; foi no zero que procurei a minha liberdade.

Reparar, quando o coração repara mais que o juízo, é amar.

Camilo Castelo Branco
BRANCO, C., Duas Horas de Leitura, 1858

Das grandes traições iniciam-se as grandes renovações.

Só ficamos satisfeitos em ter razão se conseguimos provar que os outros estão totalmente errados.

É difícil dizer o que traz a felicidade. A pobreza e a riqueza, por exemplo, já fracassaram.

Pensais honestamente, e por isso odiais o mundo todo. Detestais os crentes porque a fé é um indicador de estupidez e de ignorância; e detestais os descrentes porque não têm fé nem ideal. Odiais os velhos pelas suas mentalidades ultrapassadas, e os novos pelo seu liberalismo.

A alegria e o trabalho são duas coisas sãs que se atraem reciprocamente.

Admiração. O nosso reconhecimento cortês de que outra pessoa se assemelha a nós.

Quando não encontramos o repouso em nós próprios, é inútil ir procurá-lo noutro lado.

Elogio da Sombra

A velhice (tal é o nome que os outros lhe dão)
pode ser o tempo de nossa felicidade.
O animal morreu ou quase morreu.
Restam o homem e sua alma.
Vivo entre formas luminosas e vagas
que não são ainda a escuridão.
Buenos Aires,
que antes se espalhava em subúrbios
em direção à planície incessante,
voltou a ser La Recoleta, o Retiro,
as imprecisas ruas do Once
e as precárias casas velhas
que ainda chamamos o Sul.
Sempre em minha vida foram demasiadas as coisas;
Demócrito de Abdera arrancou os próprios olhos para pensar;
o tempo foi meu Demócrito.
Esta penumbra é lenta e não dói;
flui por um manso declive
e se parece à eternidade.
Meus amigos não têm rosto,
as mulheres são aquilo que foram há tantos anos,
as esquinas podem ser outras,
não há letras nas páginas dos livros.
Tudo isso deveria atemorizar-me,
mas é um deleite, um retorno.
Das gerações dos textos que há na terra
só terei lido uns poucos,
os que continuo lendo na memória,
lendo e transformando.
Do Sul, do Leste, do Oeste, do Norte
convergem os caminhos que me trouxeram
a meu secreto centro.
Esses caminhos foram ecos e passos,
mulheres, homens, agonias, ressurreições,
dias e noites,
entressonhos e sonhos,
cada ínfimo instante do ontem
e dos ontens do mundo,
a firme espada do dinamarquês e a lua do persa,
os atos dos mortos,
o compartilhado amor, as palavras,
Emerson e a neve e tantas coisas.
Agora posso esquecê-las. Chego a meu centro,
a minha álgebra e minha chave,
a meu espelho.
Breve saberei quem sou.