Felicidades na Vida
Apalpei os meus bolsos à procura de vida. Encontrei alguns cacos, algumas palavras de amor e um bocado de decepção. Doei-me muito, recebi pouco, desejei muito e acabei sendo egoísta. E não é apenas uma fase, sempre queremos ouvir uma voz que não voltará a sussurrar para nós, almejamos possuir alguém que se tornou um fantasma e reviver uma história que se tornou ficção. É dia, e nesses becos da alma, sua silhueta mal pode distinguir as sombras da ilusão.
A vida é como um livro. Possui um começo, um meio e um fim. E por qual razão você diz que está perdido se nem mesmo está tentando se encontrar? A cada dia as páginas viram, retratando uma história que você já conhece o fim, um fim sádico de uma história incompleta, acima de tudo, rasurada, mal escrita por si mesmo.
Risque meu nome da sua vida e apague meu rosto deste dicionário de expressões que você pouco se importa. Vá procurar alguém que melhor satisfaça seus ideais, pois sinceramente, eu estou melhor sem você.
Tenho visto meu mundo mudar, enquanto me desapego das obsessões inúteis da vida. Digo com clareza que cansei de buscar por respostas, entendendo que as velhas perguntas já não servem mais. Não há nada para se arrepender, muito menos adorar. Aliás, arrependimento é uma palavra que os vivos conhecem? Pois sinceramente, falamos de possuir uma história, ser honestos e entender alguém, mas o que fazer com essa batalha interna que existe em nós? Só há um jeito, superar. Se as pessoas desejam partir, elas que escolham o sentido contrário, pois de tanto dar voltas, sempre acabam se encontrando diante do mesmo caminho. E olhar com desprezo não resolve, se odiar também não. Em vez disso, o chão torna-se o tão aguardado consolo, pronto para dizer o que os olhos insistem em negar: sua falta foi superada e as lacunas de solidão se fecharam. Agora seu amor não tem sentido algum, você foi uma covarde, a antítese de um amigo. E eu decidi partir antes que fosse tarde demais, sem cartas, nem lágrimas, tudo secou, e as poucas palavras aprisionadas revelam o sacrifício que eu faço: sobreviver.
A vida costuma embrulhar nossa orientação numa caixa de papel e devolver a lugar nenhum. E para encontrar o que foi perdido é simples: basta procurar, compreender algumas palavras, perguntar por pessoas, sobreviver às curvas do acaso e revirar a complexidade de existir. Em algum momento ou outro, você sempre encontra os embrulhos perdidos por aí. A questão é, para onde a orientação leva um ser humano?
É esse sangue em seu corpo que você chama de vida? Nem tanto. Seu sangue apenas entorpece os limites da dor, num emaranhado de pensamentos que assombram seus medos mais profundos. Todas as lágrimas viram ouro líquido, desabando nas emoções e terminando pelo suspiro final. Ame enquanto é possível, só nos arrependemos quando chegamos perto demais de desistir.
Havia acontecido tanta coisa esquisita, que a vida lá fora refletia uma prisão e o espelho de seu quarto uma alma cansada.
A vida é uma nebulosa de dúvidas onde pouco se vê e pouco se entende. Não adianta desdobrar um roteiro para ler o seu futuro, não adianta revirar uma gaveta com a intenção de ressuscitar o seu passado. Certas portas não possuem uma chave e às vezes, viver de cacos e rabiscos pode ser a melhor das fugas.
Minha vida está no silêncio. Não tenho problema algum em falar com pessoas ou ouvir músicas com letras agitadas, mas eu sei que em determinado momento a faixa perde a graça e a humanidade torna-se um grande poço de chatice. Quero estar só, sem ninguém para me perturbar. O sol só se esconde de verdade quando eu o transformo numa sombra.
Sempre existirá um fim, uma triste regra que não irá mudar a lógica da vida. Só que ficar nesse vai e vem, nessa agonia e nessa indecisão não faz o meu tipo. Basta bagunçar ainda mais, porque apesar de existirem poucas razões para prosseguir, ao prosseguir, encontramos coisas para aproveitar. As pedras que alguém atirou, as palavras que alguém disse e as oportunidades que tantos outros perderam são verdadeiras lições de como aprender a ser uma pessoa melhor. É isso que nos torna humanos.
Agonia… Talvez esse seja o lado bom da vida que faça alguém sobreviver até encontrar um rastro de paz feito por si mesmo.
Na vida, você escolhe dois caminhos: A perfeita ilusão ou a trágica realidade. Consequentemente seu futuro será modificado.
3- VOCÊ DENTRO DO TEMPO DA SUA VIDA.
É notória nossa resistência a viver o presente.
Nossa mente a todo instante se desvia do momento presente, onde tudo que é real acontece.
Ela insiste em nos levar para um futuro melhor, onde nossos problemas já estarão resolvidos, onde já teremos alcançado o que desejamos.
Fazemos assim porque isso gera em nós esperança e consequentemente uma sensação de prazer antecipado.
Consegue ver como isso é ilusório?
É irreal viver nossa vida, jogando para uma situação futura a felicidade, ou ainda viver na expectava de que alguém no futuro nos faça felizes.
Esse “tornar-se” feliz no futuro, condiciona nossa felicidade a um determinado resultado. Isso nos causa profunda ansiedade e medo. Nossas expectativas podem não ser atingidas, o que nos causará ainda mais desesperança e dor.
Além disso, nos priva do presente, do que é real.
Caso não entendamos isso, possivelmente nos tornaremos infelizes.
Esse é um fluxo constante, que pode nos tornar pessoas desiludidas.
Já em outro polo, podemos viver revivendo ou reinventando um passado.
Ficar repassando situações vividas, ficar imaginando o resultado de decisões tomadas. Isso também nos priva de viver a realidade, o presente.
Ambas as situações são ilusões. Deixamos de nos conectar com o que é real, com o que de fato temos nas mãos, deixamos de derivar prazer da vida.
Precisamos entender que o que passou, já nos propiciou o máximo da situação em si. Viver no passado é o mesmo que abrir mão da vida e viver aprisionado.
Nesse exato momento, no agora, no presente, que sua história esta sendo escrita! Não deixe de viver esse momento único, que a cada instante, passa!
Esteja presente! De corpo e alma! Foque sua atenção, seu interesse nas situações, nos sons a sua volta. Sinta sua respiração, sinta a energia, a força presente que te faz estar vivo. Observe pessoas, suas ações, reações.
Sim! Você tem tudo que precisa nesse exato momento, viva-o.
Que o passado, seja apenas um breve olhar no retrovisor. Aprenda com seus erros, mas nunca deixe de viver o hoje e olhar pra frente! Continue sua viagem, continue sua vida!
CRITÉRIOS OBJETIVOS PARA UMA VIDA FELIZ
A natureza do propósito ao qual uma pessoa está devotada pode conduzi-la para a redenção ou destruição. Pode torná-la uma boa pessoa ou uma má pessoa. As pessoas más são más porque são infelizes. Mas, é claro, existem graus de maldade ocasionada pela infelicidade. Há pessoas que devido à infelicidade são autodestrutivas, destróem apenas a si mesmas, o que é, claro, uma forma de mal. Mas há aquelas que contentam-se apenas quando destróem a vida de outras pessoas. E essas pessoas sentem alívio quando fazem o mal, não felicidade. Também não faz diferença se elas têm ou não consciência de suas maldades e infelicidades. O que realmente faz diferença na vida é caminhar na direção da felicidade ou da infelicidade. Todas as demais suposições são mais ou menos supersticiosas. A questão é: existem critérios objetivos pelos quais você pode caminhar na direção da felicidade ou da infelicidade. E você deve usar estes critérios para que as coisas dêem certo: 1) a felicidade na vida depende que os propósitos não sejam imaginários. Este é o primeiro passo: você deve verificar se o que você está querendo não é uma fantasia da tua cabeça, porque se for, você já começou errado, inaugurando com isso o caminho da infelicidade; 2) você deve escolher um propósito que dependa maximamente da tua atividade. Nenhum propósito depende exclusivamente de você, todos eles dependem um pouco da intervenção de elementos externos. Mas se proponha a um que dependa maximamente de você. Todo o resto, se a pessoa tem ou não consciência de seus erros, não interessa. A consciência das pessoas não é testemunhada por nós. Ela só existe para a pessoa e Deus. Então ela só deve ser considerada por Deus. O que nós podemos e devemos considerar são os critérios objetivos que nos indicam aquelas vidas conduzidas para a felicidade ou para a infelicidade.
Na verdade o que sou hoje advém de tudo o que vivemos. Você me proporcionou uma vida, cheia de tudo, completa e feliz.
