Fazia Tempo que eu Nao me Sentia Tao Sentimental
Segunda canção de muito longe
Havia um corredor que fazia cotovelo:
Um mistério encanando com outro mistério, no escuro…
Mas vamos fechar os olhos
E pensar numa outra cousa…
Vamos ouvir o ruído cantado, o ruído arrastado das correntes no algibe,
Puxando a água fresca e profunda.
Havia no arco do algibe trepadeiras trêmulas.
Nós nos debruçávamos à borda, gritando os nomes uns dos outros,
E lá dentro as palavras ressoavam fortes, cavernosas como vozes de leões.
Nós éramos quatro, uma prima, dois negrinhos e eu.
Havia os azulejos, o muro do quintal, que limitava o mundo,
Uma paineira enorme e, sempre e cada vez mais, os grilos e as estrelas…
Havia todos os ruídos, todas as vozes daqueles tempos…
As lindas e absurdas cantigas, tia Tula ralhando os cachorros,
O chiar das chaleiras…
Onde andará agora o pince-nez da tia Tula
Que ela não achava nunca?
A pobre não chegou a terminar o Toutinegra do Moinho,
Que saía em folhetim no Correio do Povo!…
A última vez que a vi, ela ia dobrando aquele corredor escuro.
Ia encolhida, pequenininha, humilde. Seus passos não faziam ruído.
E ela nem se voltou para trás!
Nos meus pensamentos era o único lugar, em que pude me encontrar.
Fazia dele o meu rico jardim dos sonhos...
dos sonhos de castelo, de princesas e fadas.
Adriana C. Benedito
Em, 11.01.2022
Assim como "Pelé" fazia com a bola e os poetas fazem com as letras, a minha opinião sobre a fábrica de chuteiras "Puma", se esta fez a maior jogada de marketing da história, pagando 120 mil dólares ao craque de futebol acima, pedindo apenas que ele amarrasse sua chuteira, logo antes do pontapé inicial da copa de 1970, não me interessa!
Rayan
Por uma simples mão
Esperaste, serenamente...
Enquanto cada oração,
No Céu se fazia urgente...
A tua mãozinha,
Não tardou, foi agarrada...
Não pela tua mãezinha,
Mas por Jesus, abençoada...
"Estás feliz!"
Os anjos anunciaram...
Mas saudades são tantas,
Naqueles que te amaram!
Meu lindo petiz,
Que tua lembrança esteja presente,
No coração dos teus pais
E na memória de todo o crente!...
O pássaro e o amor
Debruçada na janela, como fazia todos os dias, a moça apreciava o pássaro que ia bebericar água com açúcar, cuidadosamente trocada todos os dias, com a intenção de que ele retornasse.
Às vezes pensando em fazer o melhor e seguindo apenas a intuição, pessoas acabam prejudicando, pois o pássaro necessita de alimentação balanceada, não de açúcar refinado ao qual não está adaptado.
Se extasiava com a visão dele batendo as asas quase parado no ar, realmente era muito lindo de se ver.
Depois de vários dias ela achou que já se conheciam e que ele ia ali por amizade ou mesmo amor.
Ela sabia que pássaros reconhecem e identificam pelas roupas que vestem, pessoas perigosas ou inofensivas, assim usava sempre a mesma para que ele não se assustasse e deixasse de vir alegrá-la com aquele espetáculo.
Para tanto comprou roupas iguais uma para cada dia da semana.
Falava com ele, sabia que não há diferença entre o canto de alguns pássaros e a fala humana.
Muitas vezes pousava bem próximo ao seu braço no parapeito da janela. Parecia haver uma admiração mútua.
Um dia ficou triste, chorou ao pensar que ele poderia não aparecer mais.
Resolveu então colocar a bebida favorita do pássaro dentro de uma armadilha e num gesto de extrema crueldade o aprisionou, pensou que desta forma o teria para sempre.
Alimentado só com água açucarada começou a mudar seus hábitos, passou a ficar parado no fundo da gaiola com aparência enfraquecida, entristecida.
A moça resolveu então soltá-lo. Voou com certa dificuldade e nunca mais voltou.
Resumo: Não prenda ou sufoque quem você ama, pois seu amor pode reaprender a voar e nunca mais voltar.
aferi
Você sabia desde o início que a intensidade fazia parte de mim, nos sentimentos principalmente e você era tão raso que só deixou isso por minha conta mas um relacionamento é uma balança e sentimentos rasos me trazem o desconforto da dúvida de se algum dia você dividiria esse peso comigo ou se eu sofreria para sempre com o fardo de um amor singular.
E milhares de vezes me despi das coisas fúteis que me fazia lembrar.. Há como foi incontrolável as atitudes que tive os desejos os pensamentos, e simplesmente como uma brisa de uma manhã calma tudo se foi.... simplesmente desejos não compreendido de um coração que insiste em acreditar no amor.
Você é uma pessoa má. Comigo. É tão horrível e mesquinha. (...) E o pior é que me fazia acreditar que eu merecia ser tratado assim, e me odeio por isso.
As pessoas achavam que domar um cavalo tirava a determinação dele. Dominá-lo o fazia acreditar que a única forma de sobreviver é obedecendo.
Do sofrimento fazia um remendo ... dos sentimentos fez uma colcha de retalhos ... da dor fez amor, da tristeza fez flor...
o que conta de verdade não é como sentimos a dor.. e sim o que fazemos com ela ...
Quando você apareceu nada fazia sentido
Mas você chegou de uma forma tão inesperada
Que com esse seu jeitinho de menina mulher, foi me conquistando a cada dia
Hoje sou perdidamente apaixonado por você
Pelo seu jeito, pelo seu sorriso e principalmente pelo seu caráter
Dizer o quanto é especial jamais serei capaz de dizer ou te mostrar..
Porque mesmo que eu tente de todas as formas, jamais conseguiria te mostrar
Hoje só posso te dizer
Te vivo.
Era noite, chovia, o coração apertava da falta que você fazia.
Veio o dia e o sol, mas o peito ainda doía, doía de fazer dó.
Me fazia sentir-se importante, sempre com atenção, mostrando que tinha um lugar especial na sua vida, e eu fui cada vez mais me envolvendo sem perceber que o único que gostava, era somente EU, doeu perceber, aos poucos a ficha foi caindo, respostas frias, afastamento, até nem se quer mandar mais mensagens, e eu lá sem querer acreditar, no que estava acontecendo, minhas inseguranças a flor da pele apontando o quanto era boba e insuficiente, facilmente trocada, até que realmente fui trocada, mas entendo ela é linda, cheia de seguidores, garotos atrás dela e eu uma garota simples, com tudo isso ainda queria acreditar que você não seria tão capaz de mim quebrar assim, e veja só estou tão quebrada, feito um copo que cai ao chão e se esfarela.
A perspectiva da morte mudava tudo, fazia desaparecer todas as regras comuns de contenção e polidez, transformava belos momentos em preciosas lembranças, fazia com que o futuro, antes considerado garantido, parecesse extraordinário.
Meu cérebro apagou tudo o que me fazia querer continuar. E o vazio apenas cumpriu seu papel que foi consumir tudo o que era.
O lamento do violão
Da janela , a chuva caia
Escorria nos vidros
Dançava gota a gota
Faziam ziguezagues .
Meus olhos acompanhavam
De um lado para o outro
Tic tac, tic tac
Voltas e meia com os polegares.
Um passo um suspiro,
Declinando a cabeça
Lamentava por algo perdido
Ou simplesmente
Por não ter nada a dizer ...
Este governo faz aquilo que o Partido Socialista fazia, o que pensa que o PS fazia e que nem lhes passava pela cabeça fazer
