Frases na parede e no muro da favela carregadas de reflexão
Olhe aonde a polícia bate e mata mais se é em um bairro nobre ou em uma favela...
Olhe aonde está a pobreza e a riqueza...
Olhe aonde predomina a raça Branca e a raça Negra...
Olhe aonde as pessoas estudam mais...
Olhe aonde vivem melhor...
Olhem pra tudo que esta na nossa volta...
Pense e tire as suas conclusões porque as minhas eu já tirei...
Sou um ignorante da cidade ou até um sábio selvagem da favela, mas que nunca quis retirar de ninguém o que não me pertence;
um mc bom e do naipe boldo de favela, pode ta longe que mesmo assim nego vai da um jeito de ir conferir.
Favela Chora
Quando vamos poder gritar que a favela vive, me explique essa operação não importa se é no rio ou em sampa, se é no Salgueiro ou no complexo do alemão, eles continua descendo e subindo acertando inocente crianças que tinha muita vida pela frente, não sei quem em confiar quem poderia proteger estão atirando sem ver quem está a frente, e hoje mais uma mãe chora e causando dor em muitas gente é difícil de superar o corpo acostuma mas a mente não se conforma, eu queria fazer história de amor mas como se estamos em uma guerra que só existe dor sem pudor o céu não tem mais cor as árvores crescem seca sem flor, a hipocrisia rola em um país onde os papéis são invertido em valor e aqui a bala perdida só encontra criança e trabalhador, eu sei o que sou e sei o que penso o clima é tenso a vida inocente é de sofredor pra nós não tem bom senso fica até intenso, o certo vira o errado e o errado vira certo isso nem o bom entendedor sabe explicar o exato até repenso, a favela mais uma vez chora a goteira da chuva é mais uma lágrima e isso não é mais um pretenso, pra Deus eu rezo pra trazer paz só isso que peço, não sabe o quanto pra escrever isso aqui pesou só queria ver no olhar de uma inocente criança um verdadeiro sorriso minha rima eu friso a vida é uma canção infantil cheio dos improviso, eu só não consigo entender porque tem que ser assim um anjo me disse até tentou me avisar que a morte não manda recado leva sem dar aviso, quando vamos poder andar sem ser tirado como bandido poder viver dando vários risos esse texto ainda está muito conciso, como explicar pra uma criança que a segurança da medo, como explicar 80 tiros foi engano, o mundo tá totalmente errado o ser humano em resumo é câncer do planeta não tire os olhos da ampulheta, quem feriu receberá a colheita mas quem plantou o amor receberá bem a colheita eu queria trazer paz não sei se foi feita mas nada na vida é perfeita mas quero transmitir aquilo que nunca foi dito pra finalizar só peço que aceita, eu tentei ser a voz da periferia eu queria uma letra sujeita a sem sujeira só pra te mostrar que em um só lugar é cheio de maldade e de patifaria, não tem amor e nem alegria no jornal só mostra tragédia e desgosto pra muita família, não importa o que a pessoa sente só mostra o que convém pra mídia, a televisão transmite a mentira e como nós fica o pai de família foi trabalhar e não voltou como pro filho vou explicar.
E O VÍRUS RONDOU A FAVELA
Faltava tudo na casa do pobre homem,
só não faltava fome.
Como essa desgraça é coisa pra se matar,
um vírus armado rondou por lá.
Casa sem porta, faltava trancar.
Como era de se esperar,
ao reles morador algo mais faltou:
faltou-lhe o olfato.
Até já se acostumara com esse "nada ter".
- "Ora, se aqui todos suportam o mau-cheiro
da lama e nem mais reclama, olfato pra quê?!"...
Também era asmático.
Ar falto.
Remédio mais ouvido:
- "Mãos ao alto!"...
Digo - pra ser mais enfático:
...o remédio mais ouvido
na entrada de um ouvido
antes de ouvir o estampido...
- "Quem me socorre?"...
Como sempre, ninguém.
Faltou o afeto.
- "Então leve, leve sim,
leve tudo o que tenho,
ninguém se apieda de mim,
mas me salve a vida!"
- "Ai, Senhor, que dor,
quanta falta de amor!"...
Única sentimental saída,
prenúncio de despedida:
É que o vírus,
atlético, patético e antiético,
por não ter encontrado nada,
tirou do nauseante moribundo
o que ele inda lutava pra não perder,
acreditando ser-lhe dalguma valia,
mesmo neste degradado mundo,
onde ninguém o ouve,
onde ninguém o socorre.
onde toda ilusão é vã - e morre.
(fernandoafreire)
Teoria da favela
Nada muda e tudo continua igual ano após ano, são poucos que conseguem sair e muitos que
se acomodam com esse cotidiano, lamentável ver nosso lugar em constante destruição,
tecnologias fúteis surgem para nós aprisionar, hoje já não se vê crianças na rua, brincadeiras
saudáveis, é muito fácil se perder nessa estrada e o mundo está cheio de armadilhas para nós
destruir, cuidado com essa rotina exaustiva. Esse é o cotidiano que nos ofereceram mas não o
que merecemos, gastamos muitos anos de vida e trabalho que jamais imaginamos exercer, mas
tudo começa de baixo e não é por baixo que devemos nos manter, busque ser a diferença e
iriam te olhar de outra forma, as vezes se afastar de tudo isso é a única maneira de evoluir,
sacrificar hábitos que eram comum. Nem tudo vai ser festa no começo, é um caminho muito
difícil a seguir, mudar quem você é, mas pense bem quem você quer ser nós próximos anos?
Na favela poucos acreditam em coronavírus
E a culpa disso é desse sistema negacionista
Que não pôde se organizar como o momento pede
A pandemia prova que o governo não nos protege
De uns tempos pra cá passou-se a se chamar favela de comunidade. Só que o fato de mudar de nome não mudou de fato! Aliás, comunidade continua um título preconceituoso. Outros cantos de chamar bairro: Bairro de Boa Viagem, bairro da Madalena, Bairro do Espinheiro, ou simplesmente só pelo nome da localidade direto sem o substantivo: Dois Unidos, Dois Irmãos, Casa Amarela... Mas agora é comodidade, é Comunidade da ilha do rato, Comunidade do Entra a Pulso, etc... O nome disso é dourar a pílula.
Dona Lia morava numa área pobre, mais precisamente numa favela, aqui no Recife, ai todo mês tínhamos a ideia, na sala que trabalhava, de fazer uma vaquinha e pedir pra dona Lia cozinhar pra gente algo diferente todo final de mês pra variar, almoçar. Pirão, feijoada, dobradinha, mão-de-vaca e assim vai, essas comidas da pesada e substanciosa. Ai uma vez, Vera, uma das colegas foi levar os ingredientes pela manhã para preparar, o prato diferente daquele mês e voltou comentando que dona Lia parecia uma doida, pois ao se aproximar da casa dela, viu-a dançando sozinha ouvindo o rádio de pilha. Mas era próprio de dona Lia essa alegria sem porque, frequentadora assinou-a, inclusive, todo ano, do Festival de Seresta realizado em nossa capital no Marco Zero, não perdia um, voltava tarde da noite no primeiro bacurau e também gostava de carnaval. Dona lia não tinha carro na garagem, era pobre, morava numa casa simples na Ilha de Joaneiro, área de conhecida e extrema periculosidade, bocada, demonstrava ser feliz, vivia de bem com a vida, apesar, gozava de uma felicidade nada racional, convencional, um fogo, um fôlego de vida, era rica de espírito. - Fábio Murilo.
Tudo de errado está sendo romantizado, a favela é a guardiã dos novelas! Ninguém opera, poucos prosperam! Porque calamidade já é o estado mental!
Migalhas, dentro dos pinos dos comédias! O que lhe oferecem é só migalhas, em seus dentes e pescoço é só quilates de ouro! Frias madrugadas, a mente não relaxa, vendo essas cenas da janela da minha casa. Mendigo trabalha, sente saudade de casa! Mas qual é a desgraça, que lhe prende a troco de nada?
O crime não é romântico, desvios de dinheiro contra a dignidade pública, não é romântico! Ratos se esconderam nos morros, protegidos pelo o povo, que em siligo temem, sua cabeça sentenciada pela "língua democrática"....
As músicas propagam os terroristas, fuzileiros achando que são artistas! É nada otimistas! Matutos, são egocentristas!
Quantas mães choram? Quantos pais oram?
BN1996
05/09/2020
Intrigas de favela, de irmãos que nasceram juntos nela, lembra daquela velha lei, que sempre nos espera, tudo o que vai volta, ou aqui se faz aqui se paga, desse mundo não levamos nada, voltamos a ser poeira e a poeira o vento levará, e para o universo se juntará, daí vem os cara querer se acha, sendo que todos somos charas.
Intrigas de favela, daqueles que morrem e morreram por ela, chega desse papo levanta a mão pro alto.
Intrigas de favela, vamos levantar, fazer que ela seja nosso orgulho, e não um monte de entulho.
Intrigas de favela, fazemos da nossa vida o melhor e não igual uma novela.
Cê quer fala de proceder, mesmo sabendo
Que na favela é matar ou morrer .
Me diz o que você vai fazer?
Quando você perceber
Que seus parceiros não irão te protege.
lembrei daquela sexta-feira pe descalso e poeira menino que se achava dono da favela inteira
dibicando pipa saudade dessa idade,nunca tive nada mais tinha minha vaidade
o sonho da bicicleta quem sabe amor bilety
o carrinho de rolyman nao atissava as piriguete
e que se foda o personagem que quer me ver infeliz, que olha pro meu trofeu mas nao ve minha cicatriz!
Acha mesmo que se eles tivessem opção de moradia e lazer iriam fazer uma festa numa rua na favela?
A necessidade do jovem de interação e relacionamento falaram mais alto que o bom senso dos que estão de fora e vem aquilo como perigoso. Mas se eles tivessem opção de lazer e diversão a historia seria diferente!
Esses que morreram pisoteados são sim vítimas da sociedade. Não eram bandidos. Não saíram a noite para roubar e sim se divertir e paquerar. Como pobre vc sabe muito bem o quão escassas são nossas alternativas de diversão. Sem lugar melhor para ir foram para um baile funk na favela e lá morreram como animais pisoteados por uma massa desesperada e em fuga.
O texto passou de 3 linhas. Leia mesmo assim. Questões complexas não podem ser debatidas com um simples meme.
Assassinatos não precisam de motivos. Isso aqui é a favela. Motivo é pra gente rica. Aqui é loucura.
Favela chorou, jogador sangrou
Lágrimas molham o solo sagrado
Saudade ficou de quem Deus levou
Hoje eu lembro dos momentos bons
Abrace agora quem tá do lado
CAROLINA DE JESUS
Era negra e catadora de papel
Morava na favela.
Mas foi alfabetiza;
Aprendeu a ler e escrever.
Carolina Maria de Jesus se
apaixonou pela leitura;
Nas horas vagas,
Tudo que via e vivia: escrevia nos
Cadernos que a rua lhe dava...
O seu cotidiano pesado deu um diário,
Que virou best-seller: Quarto de Despejo.
Carolina teve três filhos,
E criou todos sozinha.
E ainda virou poetisa.
O seus cadernos ouviu,
e copiou tudo que ela falava.
E Carolina disso sobre o livro:
"Quem não tem amigo mas tem um livro tem uma estrada".
COMPLEXO DO ALEMÃO
Amo minha favela, sou cria da rua 2 na Alvorada, minha casa. No CPX R2 fui muito feliz durante minha vida, desde criança.
Nunca deixarei de amar cada canto da favela, desde a grota, nova Brasília, canita, fazendinha, alemão e outros.
Minha vida hoje é parte da minha criação na favela, onde passei por milhares de experiências.
Nilo Deyson Monteiro Pessanha
"Cês tão gastando letra enquanto a favela chora
com push line indecente, e só contando história
passando informação pra quem já tá informado mas
não passa informação
pra quem não foi alfabetizado"
