Fatalidade
Tomar distância, tomar tempo – a fim de separar o destino e a fatalidade, de emancipar o destino da fatalidade, de torná-lo livre para confrontar a fatalidade e desafiá-la: essa é a vocação da sociologia. E é o que os sociólogos podem fazer caso de esforcem consciente, deliberada e honestamente para refundir a vocação a que atendem – sua fatalidade – em seu destino.
A fatalidade só existe, no verdadeiro sentido da palavra, apenas no instante da morte. Quando esse momento chega, seja por um meio seja por outro, não a podeis evitar.
A vida é uma fatalidade. Apesar de morrermos uma única vez e vivermos todos os dias, é bem mais provável a morte do que a vida.
Doeu partir
Despedida de partir em pedaços de nós
Fatalidade da ausência
Ocultos destroços da destruição
Fatalidade de perfuração caótica
Que atravessa a alma.
A fatalidade da vida é acontecer, com requintes de criatividade, borbulhas de puro prazer sendo preciso somente um escancarado amor por viver.
A humanidade se guia pela sua real fatalidade...não entender a por que veio e se julgar doutor em sua meritocracia divina...!
... e a tua mão segurando a faca
cujo gume possui a fatalidade do sangue contaminado
dos amantes ocasionais- nada a fazer
irás sozinho vida dentro
O gigante tropeçou em uma pedrinha, caiu, bateu a cabeça e morreu, fatalidade, negligência ou arrogância?
A vida reflete constantemente nas águas mansas da sabedoria o que os ventos da fatalidade insiste em querer dobrar. E ali precisamos nos manter firmes, muitas vezes em uma sustentação precária, em um desamparo indizível. Não me refiro aqui ao desamparo de si mesmo, mas o da vida que vez ou outra reitera em nos fazer provar a nossa coragem, o nosso valor.
Alguém poderá me dizer - "Ele foi vítima de uma fatalidade", não será pior do que dizer que no contexto -"Ele foi vítima de si mesmo".
DESTINO OU FATALIDADE
E quantas vezes eu só quis soltar o grito aprisonado na garganta?
Chorar as lágrima de quem canta,
e por aí, libertar meu pranto, que em um canto qualquer se aprisiona, se acalanta.
Muitas vezes, eu quis gritar ao mundo a minha dor,
que se esconde por tras de sorrisos disfarçados.
Entretanto, ainda sigo com um sorriso esboçado.
Pois a dor que trago no peito, só pertence a mim.
Esta dor, companheira que arrasto por toda a eternindade.
Será destino, ou fatalidade?
Ou apenas o grito desesperado de quem ainda não se encontrou?
Será utopia, ou realidade,
esta dor de quem tanto sofreu, amou e chorou?
Destino, ou fatalidade?
Sonhos, ou realidade?
São simplesmente o caminho perdido de toda uma eternidade.
Jô Bessa
Fatalidade
Felicidade
Feliz cidade
Fé luz idade
Fecundidade
Falsatividade
Inferioridade
Facilidade
Fragilidade
Feridade
Fatalidade, afinal qual era a minha natureza ; encontrava nele as delícias de ser desejada e procurava com isso legitimar a minha paixão.
Que fatalidade: ao fechar seu zíper, Zappa perdeu seu Zippo; ficou com o fumo, mas sem consumo, sem fogo, sem fósforos; ficou famélico e – quem diria – com fisionomia de abstêmio, perfume de absinto e sorriso de feijão-fradinho.