Fabio de Melo Acaso Deus Felicidade
Ter um filho...
Como deve ser essa mudança de ciclo?
Creio eu que deve ser uma louca, assim Penso eu...
Uma mudança radical, eu juro, que quando eu penso, desisto!
Olho no mundo atual, e me pergunto: trazer mais um ser humano para esse mundo de crueldade ?
Luto para deixar meu legado,mesmo sem herdeiros.
minha cama já soletra teu nome
teu cheiro agora é aroma do meu quarto
e a saudade ecoa nos 4 cantos da casa
tomei café e lembrei d'ocê
o tempo ainda corre feito criança
e tu,parada ainda está,pensando em quê?em quem?
vai vir pra mim?vai ir pro vento?pro teu recanto ou pro teu carrasco?
Abri meus olhos, e pude notar que nosso amor morreu...
E as causas da morte esta em sua insensibilidade humana, você não està preparado para receber tamanho amor!
Me vejo errando nos mesmo erros, vejo que os desejos da carne sempre fala mais alto, e eu pago um preço alto, estou cansado de ser escravos dos meus erros, mas me vejo perdido sem rumo, luto comigo diariamente, mas quase sempre perco as lutas, sei quem sou mas me vejo perdido, mas creio eu tenho solucão.
Festas Juninas... Logo cedo meu tio Zezinho comprava papel de seda na lojinha e fazias balões coloridos, juntando as folhas, usando como cola o grude, de grudar, que nada mais era um composto caseiro feito com o cozimento de Maisena acrescida com água que a medida que era mexida na panela no fogo, se transformava numa excelente cola e já começava a confeccioná-los logo de manhã, se eu não me engano, quatro, seis e depois punha pra secá-los no varal do quarto dele de pendurar as roupas.
Fogueiras... Faziam-se tantas... Hoje vi só uma, duas, três,
talvez sete no máximo perdidas nas imediações. Teve uma que eu achei bonito após acender o cidadão que fez a fogueira disse de si pra si, “Gloria a Deus, e a Jesus cristo, mais um ano acendendo a fogueira”, outro, da fogueira maior, essa da foto, disse que para o ano vai fazer uma maior ainda que é pra não perder a tradição. Pessoas simples, mas, de bom coração. Coisa assim, e não tinha esses fricotes de incomodar, fazer mal a vista a fumaça, era um ardor gostoso que só, todo mundo com os olhos ardendo, vermelhos. chorando mas de felicidade.
Quadrilhas, hoje totalmente diferentes das de antigamente. Hoje parece escola de samba, maior doidice. Cada um faz sua coriografeia, digo, coreografia,
como se houvesse algum Carlinhos de Jesus, um entendido nelas. Quadrilhas só de piratas, dançadas ao som de musicas bregas. Acabou as de casamento matuto, dos Alavantu (do Frances, avancar) e Anarriê (voltar), brinque! Quadrilhas internacioná!
A noite se acendiam as fogueiras. Acender fogueiras era uma coisa perigosa, era risco de vida na época, não propriamente pelo fogo, mas, tinhas umas historias que se ela não pegasse fogo, nem a pau, no próximo São João o "caba" não estava vivo! Minha nossa! Que perigo! Se chovesse então, era um terror, tinha quer acender nem que jogasse uma dinamite em cima, por vias das por vias das duvidas, é claro.
Meus tios Zezinho e Wilson soltavam os balões, coisa mais linda no céu, balões competindo com as estrelas. A mesa da terceira sala, próxima a janela do terraço, cheia de guloseimas da época, canjica, aqui é de milho mesmo, não é munguzá, feito ai no sul se diz, pamonha, bolo de milho, pé de moleque... Era só pegar na janela, enquanto soltávamos fogos, uns de nomes feios, que não dá pra dizer aqui, só sei que estouravam na terra e no céu. Festa junina quando eu era menino era bom, hoje ta acabando a tradição, essas coisas puras, autenticas, ingênuas, de então.
Fábio Murilo
O casal/amigo todo dia vai pro ponto de ônibus, eles e o cachorro, o homem leva a mulher, por pouco ele não vai junto. É muita conversa, muito assunto, não bastou a noite que passaram juntos, o dia anterior. É um entrosamento explícito, sem reservas, espontâneo como a chuva caindo. Não precisam de fotos forçadas, risos políticos para registrar o ocorrido, mais nada, pra provar em datas comemorativas, ficar exibindo, prestar contas, justificar, provar que... Nem percebem o que está existindo, não se percebem, só tem olhos um por outro, não pararam pra pensar ainda, pensar é parar de sentir. São uma extensão do outro, uma simbiose, um vínculo, explícito, são um escândalo ainda namorando.
Seu Clodoaldo era um velho sábio, morava só, e toda vez que passava em frente a casa dele via-o lendo um livro. Uma vez, aconteceu um episodio interessante enquanto esperava a minha vez de cortar os cabelos, num barbeiro amigo dele e vizinho, ele enquanto conversava comigo recitou, inteirinho, o famoso soneto de Augusto dos Anjos, Versos Íntimos, sabia de cor, deveria saber de mais, homem culto, fazia gosto ouvi-lo. Uma vez soube de um acontecido, de uma vez uma jovem que se dirigiu a ele por diminutivos, chamando-o carinhosamente de vovó, coisa e tal, "o veio" arretou-se e repentinamente, pegando nas partes, fez-lhe um gesto obsceno e lhe disse um desaforo. A moça indignada, assustada com a inesperada reação e danou-se a chamá-lo de velho safado, só não chamá-lo de arroz doce, coisa e tal, já pensou? E ela que tinha sido tão amável... Enquanto ele dizia: - Isso!!! Chama mais! Me trate assim feito os outros. Desde esse dia, tenho determinados cuidados ao me dirigir a alguém de uma certa idade, nada de diminutivos, de peninha. Nossos idosos são tão produtivo e lúcido feito idosos ilustres presidente Temer, o Papa, Caetano Veloso, Faustão... Merecem toda nossa consideração e respeito, nada de infantilizá-los.
Lembro uma vez, a alguns anos, mas precisamente quando era jovenzinho, já começava a escrever uma coisinhas, no SESC daqui, aonde nos reuníamos todas as quartas a tarde, fazia parte de um grupo de poesias, presidido pelo colega e professor de português José Antônio, tínhamos combinado de realizar de um recital de poesia, com auto falante e tudo, para a plateia, digo, grupo de associados, da tradicional instituição. Prudentemente, ou logicamente, aconselhei o Zé Antonio a testar a Caixa Acústica Amplificada, mais conhecida , popularmente, como Amplisom: “Alonso, Alonso... aquela coisa chata, mas, necessária durante a semana. Mas e a "boa vontade" e a autoconfiança excessiva, deixava, rs. Ele disse - Ta boa, ninguém usa, tá encostada lá, muito bem guardada: - Justamente, mais uma razão, ainda insisti. Não me deu ouvidos. Na quarta-feira a noite, destinada pras reuniões, reservada nesse dia para o grande recital no pátio do SESC lotado, não pra ouvir-nos necessariamente, já fazem isso todo dia, jogaar dominó, conversa fora, etc... Fomos chegando. pendurando o Amplisom num prego, tudo muito bom. Nos posicionamos num lugar estratégico, bem visível, ninguém notando, na realidade, prestando atenção, igual cantor de barzinho, faz parte, o presidente fez as devidas anunciações, nome do grupo. coisa e tal, e começamos. Tudo ia bem, o primeiro começou a recitar, o caixa reproduziu sua voz em alto e bom som, o professor olhou pra mim e disse: - Ai!!! Daqui a pouco, o segundo, terceiro, quarto, sucessivamente... De repente... cadê o som? FICOU MUDO! Que aconteceu? Que será? Tava tão bom. Bate daqui, bate dali, coisa e tal... O caixa apanhando que nem mulher de malandro. E nada... Se não tavam prestando atenção, absorvidos em seu dominós, fofocas, comentários de novelas, bebedeira, agora então que dizer, ainda bem por outro lado, que não tavam notando. Fizemos o óbvio, o mais digno pra atenuar o mico, partimos em retirada silenciosa e discreta, como dizia o leão da montanha: “Saída pela direita”, clássico desenho animado da Hanna Barbera de outrora. á na rua de volta pra casa ainda ouvi do professor, meio contrariado, me censurar: - Que boquinha, hein!.
Sem querer conhece-la , conheci.
Sem querer me aproximar de ti , aproximei.
Sem querer ama-la , amei.
Sem querer sofrer , sofri.
Quero te esquecer , mas não é do meu querer.
Preconceito... Tempo desses num jogo envolvendo Brasil e Argentina, não sei se da seleção ou times , um jogador argentino no meio da partida chamou Grafiti de macaco, segundo o Galvão Bueno, que viu tudo, pôs zoo no rosto do rapaz, câmera lenta, congelou, pediu ajuda a um especialista em leitura labial, tanto fez que no meio do segundo tempo um delegado acampando de policiais, entraram em campo e conduziram o jogador preconceituoso pra cadeia algemado e tudo num camburão da policia. É, não pode agir com preconceito, além do mais na casa dos outros, foi estúpido e deselegante. Acontece que num jogo seguinte, entre duas equipes aqui mesmo, no Brasil, pelo campeonato brasileiro, o mesmo Gratiti em campo, um torcedor brasileiro jogou uma banana no jogador, com uma frase escrita de caneta Bic, insultando-o com o mesmo termo pejorativo e depreciativo usado pelo argentino. No Brasil o preconceito é mais cruel e perigoso, porque é velado e covarde.
Cantar o hino nacional era um saco! Achava bonito o da bandeira, o do marinheiro, o resto era maçante. Levavam tão a sério que se cantava errado e ninguem corrigia: "Japonês" da pátria filhos.. ", "Se o "Senhor" dessa igualdade, conseguimos conquistar com "braço" forte, em "terceiro", oh liberdade... ", "A paz queremos com fervor, a guerra "somos causador"... ". Nada imposto presta. Quando as coisas começarem a melhorar cantarão naturalmente sem se aperceberem, hinos cívicos, atirei o pau no gato, etc... Como quem canta embaixo do chuveiro. Rirão a toa, consequentemente, se orgulharão disso aqui. O povo quer ver resultados, o resto virá por acréscimo.
Que mania, coisa mais antiga, anos 70. Vendo agora um programa sobre e-commerce (comprar pela internet) dizendo que poucos lares ainda tem Desktop. Quer Isso? Já ouvi essa palavra, mas não sei o que é. Procuro na internet Desktop=Computador de mesa. Mania desse estrangeirismos. Vou fazer uma selfie, sabe o que é selfie em português? Foto. Foto simplesmente, se a criatura dizer vou tirar uma foto três por quatro vai tirar uma selfie, digo, foto. E bike? Bicicleta em português. Fitness=ginástica. Vou fazer ginástica da no mesmo se disser vou fazer fitness. Ok. Tankyou. Gold Nigth. By. - (01.03.2020)
Ontem antes de comprar uns óculos novos de grau que estava precisado a anos, confesso que não tenho o habito de visitar o oculista todo ano, e meus óculos tavam pra lá de Bagdá. E já vai uns quatro mas, nunca me acostumei a usá-los o tempo todo, pra longe, só uso só pra leitura mesmo. Tem gente que até entra no chuveiro com ele na cara, vai dormir. Acho que já deviam serem abolidos, coisa ultrapassada, é uma prótese, como dentaduras, perucas, pernas mecânicas, e como toda prótese, não deveriam ficarem a mostra, deveriam serem substitutivos de vez por lentes de contato. E você parece que está dentro de um aquario, até pra atravessar a rua, se esqueço ele na cara, tiro, com medo de ser atropelado, rs. Pois bem como ia dizendo... Antes de entrar na ótica, recorri a uns rapazes, autônomos, em frente das mesmas, que fazem uns pequenos reparos, que desse um grau no meu óculos veinho, para guarda-lo, para uma possível emergência, eventualidade, esquecer em casa na hora de trabalhar, mantê-lo no armário na repartição pra uma eventualidade dessas, costumo guardar os antigos. Me dirigi a um que estava sem ninguém pois os outros estavam, estranho que não estivesse atendendo ninguém, deveria ser novo no ramo, estar começando agora. Dei os óculos pra ele reparar um fio de nylon que segura a lente que havia arrebentado. Quanto é? - 5,00 reais, baratinho. O cara começou... Engraçado, o fio que eles usam é nylon de pesca, depois queimam as extremidade pra fixar, coisa super artesanal, pois bem... Já se passavam uns 15 minutos e o cara mexendo... Sentei pra esperar... Depois, fiz uma coisa boa pra nós dois, disse a ele que ia adiantar, pesquisar os preços, depois voltaria, fui. Voltando, após uns 30, 40 minutos, nada, ainda tava na guerra, quando me viu se aproximando, disse que tinha desistindo, que a culpa era minha tinha posto um pouco de cola, e a lente estava toda carcomida, devido a baques. É... Pena. Fui embora, sem antes, ir, discretamente a outro mais na frente com cara de abusado e sabe tudo, ele nem pegou, foi logo condenando: Tem jeito não, a lente tá toda assim. É.. Vou embora, fiz o balão, sem antes arriscar ir em outro. Ah, um que ainda não tinha indo! Que estava fechado na hora que cheguei, que já tinha feito reparos outra vez. Mostrei a ele, com cuidado pra que os outros não percebessem e ficassem magoados. Entreguei-lhe aos cuidados. Quanto é? - 5 reais! E comentei, se desse pra chegar até quinta... Oxi, não deu cinco minutos, o cara me entregou os óculos perfeitos, além de ter consertado, poliu as pernas, limpou as lentes, apertou os parafusos folgados pra que fixassem perfeitamente no rosto, e ainda esnobou: - Olha ai, vê se dá pra chegar até quinta-feira! Ao que eu devolvi a gentileza, obviamente brincando: - Se eu soubesse, não tinha comprado outro! Deve ser dom, ou como diz o ditado cruel: "Quem não tem competência não se estabelece". (04.03.2018)
A vida é uma constante volta ao passado. A diferença está entre seguir em frente ou ficar preso pra sempre.
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