Excesso
Eu vejo esse "SER"
Esse meu excesso de sinceridade, nem sempre será interpretado de maneira correta, preciso aprender a ter o convívio correto, com essas pessoas, sem equilíbrio ou maturidade, aquelas no qual acreditam, na amizade construída em alicerces duvidosos, deficientes de amor, carentes de atenção, onde o seu show, jamais poderá ser interrompido, cedendo espaço para outra estrela brilhar, preciso ter cuidado, com essas que se preocupam com seu mundinho irreal, essas sempre roubarão a cena.
Maquiam seus olhares, mas vejo imagens de abandonos, sem saberem como contornarem tal situação, suplicando a todos por compaixão.
A essas minha total indiferença irá prevalecer, agirei de maneira diferente, sem paciência, pois vivem somente para a faculdade do seu “SER”. O meu radicalismo se manifestará, podendo transparecer sentimentos cruéis, existentes em mim, adiando mais ainda a vontade de perdoar, analisarei essas amizades como um grave problema, tornando-se impossível, qualquer forma de conviver com pessoas que carregam na bagagem características desse “SER”.
Como descrever o que estou sentindo?
Me faltam palavras e excesso de sorrisos.
Sei que tenho medo, medo de algo que me machuque ainda mais que outrora
Vivo acreditando em dias melhores
uns me surpreendem pelo excesso
outros pela negação
aos momentos vividos
entregues com amor
a vida acontece
como numa tarde de sol
Uns vão morrendo pelo excesso de prazeres, outros pela falta do mínimo destes. Lembro apenas, têm gente que sente prazeres no mal, ou até mesmo, por aquilo que chega a fazer a si muito mal, como também há quem tenha tudo de bom e sente-se como se nada tivesse. É na contradição entre bom e ruim, bem e mal, ou mesmo no entender os prazeres, que se vê as diferenças entre quem vive e quem se mata.
“” Você sabe que entre nós não pode haver excessos
Precisamos de equilíbrio
Nosso amor é uma musica perfeita, clara e linda.
Você sabe onde me encontrar, ainda que eu me sinta perdido
Pois é assim que sou sem você. Naufrago em meu próprio mar
Mas haverá de um dia sermos um,
Não conjunção de duas metades,
Mas num inteiro a se encontrar
E se não foi passado,
Nem presente...
Um dia será...””
Sou feito de sonhos. De vontades. De urgências. De excessos.
Quero muito. E quero pra ontem. Quero voar. Quero explorar.
Quero tentar. Quero arriscar. Quero ver. Quero vencer. Quero ultrapassar. Quero chegar. Quero fazer. Quero acontecer.
Não estou cabendo mais dentro de mim.
A desconfiança em um grau moderado é até benéfico e aceitável, já em excesso, é falta de informação ou ignorância mesmo!
Cuidado com os excessos, uma pulga solitária não mata um leão, mais milhares delas, sim, até o seu inocente cafezinho, se for exagerado, vai lhe deixar uma pilha de nervos, atente-se!
Uma das características predominante dos ignorantes, é o excesso de desconfiança por ter preguiça de buscar informações corretas sobre algo do seu próprio interesse!
IV. A lucidez que enlouquece
Nem toda loucura é fuga. Algumas são excesso de lucidez. Quando se vê demais, sente-se demais. Quando se compreende além do que é possível suportar, a mente busca rotas que a consciência não escolhe. Há dores que não cabem na razão, e há verdades tão nuas que dilaceram.
A lucidez, quando absoluta, é um risco. Porque ver tudo sem véus é também ver o absurdo, a finitude, o vão das promessas humanas. E nem sempre se está pronto para permanecer são dentro desse deserto.
A loucura, por sua vez, aparece como véu restaurador. Ela recobre o intolerável, inventa símbolos, reinventa a lógica. Cria sistemas próprios onde o indivíduo pode ainda ser deus, vítima, redentor, qualquer coisa que impeça o colapso. É nesse sentido que a loucura pode ser também criação, não destruição. A reconstrução de um universo interno, com regras próprias, para que o ser não se desintegre.
E no entanto, mesmo no delírio, há beleza. Porque onde há linguagem, ainda que dissonante, há desejo de expressão. Onde há construção, ainda que simbólica, há instinto de permanência. E onde há dor, há humanidade.
Compreender esse ponto é recusar a dicotomia. É não separar em rótulos estanques o que, na verdade, se entrelaça em ondas. Todos os que pensam profundamente já roçaram a margem da loucura. Todos os que criam com intensidade já sentiram a vertigem do descontrole. O equilíbrio é uma dança. E a lucidez verdadeira não exclui o delírio, apenas o traduz.
