Eu sou uma Mulher Super Perigosa
Sou eu, este rascunho de homem, que estou comendo, sentindo seus quadris se mexendo, os seus pés tocando as minhas costas, os seus dentes mordendo os meus lábios.
Querida, está ficando complicado,
E pelo visto, eu não sou o único culpado,
Já não consigo te sentir,
Sei que ainda consigo te fazer sorrir,
Mas tudo está tão vazio,
Que o sorriso chega a ser frio.
Sei que, talvez seja porquê,
Você finalmente percebeu,
Que esteve esse tempo todo com um trapaceiro,
Não tenho culpa de verdade,
Foi o menino puro,
Que com medo do escuro,
Deixou que eu tomasse conta das coisas por aqui.
Sério, eu não me importo,
Não existe um bom atalho,
Para as coisas ruins,
O trapaceiro já está trancado,
Você está falando com um espantalho,
Que não consegue mentir.
Eu realmente tenho medo,
Isso não é segredo,
Que você esteja indo longe demais,
Mas do que será que sou capaz,
Pra fazer voccê voltar atrás?
Sei que hoje não é momento certo,
Pra termos nossa própria DR,
Mas não ligo para o que é certo,
A verdade é incoveniente,
Meu coração, na verdade, nunca esteve aberto.
Talvez, em um outro mundo,
Um mundo perfeito,
As palavras perderiam seu sentido,
E nossos sentimentos,
Valessem mais que os pensamentos,
Que plantaram em sua mente,
Sobre meu jeito de ser diferente.
Talvez, só talvez,
Numa única vez,
Numa dimensão que não fosse essa,
Nós poderiamos dar certo,
Nós ficariamos juntos de qualquer jeito,
Porque nosso sentimento é perfeito,
Esse mundo que nos impede de ficar juntos.
E eu tenho medo, agora que estou sendo sincero,
Que você vá acabar sozinha...
Não, com certeza,
Você vai acabar sozinha.
Mas antes de você ir,
Quero dizer mais algumas coisas.
Eu, não sou eu,
Existem três de mim,
O garoto puro, que você amou,
O trapaceiro nojento, que você repudiou,
E agora, eu, um incoveniente sincero.
Lembre-se: eu ainda te quero,
Mas sei que não adianta querer,
Não vamos dar certo, isso é óbvio,
Mas, por favor, se você quiser,
Vamos mais uma vez pra baixo da chuva,
Um abraço apertado,
Beijos encharcados,
São nossa marca, eu sei que você lembra.
(...)
'Obrigado por tudo'
'Eu...'
'Você não precisa falar nada,
A gente se amou, mas nos amamos,
Na dimensão errada,
Então, por favor, não diga nenhuma palavra,
Só pela nossa última vez,
Vamos fingir que temos vergonha demais,
Como na nossa primeira vez'
'Eu te amo'
Foi a última vez que ouvi sua voz,
E preciso confessar,
Que não sinto saudade,
Sinto nostalgia,
Daquele último momento de alegria.
A sinceridade é incoveniente demais,
Mas agora é quem eu sou,
O espantalho sem cérebro,
Que não guarda o que pensou,
Só expressa eles,
Com a mais incoveniente das verdades.
Já me pergutaram várias vezes,
Quem sou eu, do que minha pessoa gosta,
Porque sou assim...
Eu sei a resposta,
Mas não sei responder.
Complicado não?
Eu me vejo simplesmente,
Igual a uma cerveja.
No começo sempre é ruim,
Ninguém gosta da cevada de primeira,
Mas depois você aprende a beber,
Ou simplesmente não consegue.
Se conseguir aprender a beber,
Pode ser que consiga se acostumar,
Com o gosto estranho,
E se você insistir,
Vai perceber que vai se torna gostoso.
Só presta quando está gelada,
Tem horas que ela se torna inapropriada,
Se tiver quente passa a ser intolerável,
Só quem já é conhecido de longa data,
Consegue beber quente...
Só quem aceita ela em qualquer momento,
É quem já conhece há muito tempo,
Em que ela já faz parte da sua rotina,
E gosta do sabor, independente da situação.
Eu sou assim, intragável,
Invariável, inaceitável,
Mas se você insistir,
Acaba se acostumando,
Acaba gostando.
Tem horas que ninguém gosta,
Em alguns momentos só quem encosta,
São os amigos de verdade,
Que sabem que por trás,
Desse momento de irritabilidade,
Existe um idiota legal.
Sei lá, eu sou assim,
Uma cerveja,
Principalmente porque pra você me conseguir,
Não precisa gastar muito.
Os professores dizem que eu sou distraída e a minha mãe fala que eu sou mandona e de fato, odeio quando as coisas não saem do meu jeito e não tenho mais escolhas a não ser chorar.
Ontem, hoje.
Ontem eu era um que estava feliz
Hoje já não sei quem sou
Ontem eu tinha alguém que diz...
Hoje não sei pra onde vou
Ontem eu tinha você comigo
Hoje já estou só
Ontem eu era seu grande amigo
Hoje de mim eu tenho dó.
Queria que hoje fosse ontem
Pra te ter aqui comigo
Pra tudo ser como antes
E voltaríamos a ser grandes amigos.
Quero Ser Feliz, Nem Que seja Só Um dia.
Quem é feliz?
Eu não sou.
Estou em pedaços.
Te amar foi o que eu sempre quis.
Porém a minha fortaleza você desmontou.
Hoje já não sei o que faço.
Sou um homem indefeso.
Vestígios do tempo e do sofrimento estão no meu rosto.
Coitado do meu coração, que vive em pranto.
Tudo é culpa minha, sou um homem menino confesso.
Escravo deste sentimento.
Aprisionado nos teus encantos.
Talvez, se eu não tivesse te conhecido.
Não estivesse a sofrer.
Porém, linda menina morena.
A plenitude da vida eu não teria vivido.
A definição do belo estaria imcompleta sem você.
Prefiro a vida plena.
Eu te amo.
Ninguém poderá tirar isso de mim.
Eu sonho com os teus olhos, com a tua boca.
Eu te amo.
Se fingisse um só dia que gosta de mim.
Faria um acordo com a mãe morte.
Quando eu era criança acreditava que um deus havia me criado; hoje cheguei à conclusão que sou fruto da imaginação de Shakespeare e Goethe.
O que se pode resumir em duas notas
Eu tenho tudo enquanto sou
Eu tenho tudo enquanto estou
Eu tenho tudo enquanto respirar você
La lá, la la lá, la lá, la la lá
La lá, la la la la laaaa
Eu tenho o mundo pra querer
Eu tenho tanto pra dizer
Eu tenho tudo, eu tenho o céu
Eu tenho o céu da sua boca
Todas as chances pra encontrar
Todas as cartas pra jogar
Eu quero é querer bastante
Eu quero é ser assim
Nunca de um jeito só
Nunca de um jeito só
Sentir o que tenho
E o que é distante, é tão bom
Colecionar amor
Colecionar instantes
Eu quero é paz
Enquanto a guerra corre aqui
Eu quero mais
Eu quero é saber
Só quero saber
De hoje
De você
Hoje eu só quero te querer
Do meu jeito, como eu sei bem
Sei bem tudo o que é preciso saber
Pra te cantar, nessa canção
De duas notas
Pra você notar
Pra você notar
Pra você
Pra nós
Pra sempre
Eu e vários eus
Eu sou solitário.
Tenho dentro de mim, vários eu. Tantos , que posso até dizer que somos NÓS.
Minhas cartas não pedem socorro;
Minhas palavras não dizem quem eu sou;
Minhas palavras não me escondem da realidade...
Minhas palavras ensaiam momentos de felicidade.
Hoje pela manhã, ensaiei palavras de felicidade, acabei perdendo a hora.
Como eu desejei que alguém pudesse ver.
Sendo eu quem eu sou nem sempre
Um dia um grito, um dia mudo
Exclamo e duvido, aos berros e sussurros
Debruçado sobre um travesseiro nu
Despindo meus sonhos sobre a velha fronha azul
Bordada em dias tristes pelas mãos zelosas
Da mãe que morreu abraçada ao tempo
Por tudo e teu calor, ora ausente
Transpiro loucas palavras que soam mal
Blasfêmias indigestas, indecorosas e tal
Outono insólito no inverno cinzento
E a bruma doce envolvendo meus pensamentos
Com o mesmo carinho e amor
Que eu sempre te dediquei
O que pensar de mim
Contido aqui, nem sei onde
Aparentemente, assim: imóvel
No lugar exato onde a tristeza se esconde
Aqui estou eu, roto e derrotado
Usando minhas mãos trêmulas
Para tecer as tranças de uma poesia pobre
Que se espalha despudoradamente
Nas páginas em branco da minha desilusão
Falta-me inspiração, eu sei
Mas não me tenhas como um ser dormente
Pois é versejando que eu me correspondo
Com os seres estranhos
Que habitam as minhas entranhas
É assim que o brado da minha alma ecoa
Pela silenciosa madrugada da solidão
O poeta é um solitário jardineiro
Que cultiva sonhos e palavras em seus canteiros
Ele detém o dom de conversar com as flores
Sobre as quais se debruça em cuidados
Sem gritos e sem espalhafatos
Sempre em silêncio, mas nem sempre sensato
Vale-se dos sinais e da linguagem do vento
E, aos poucos, tudo se vai esquecendo
Porque tudo se esquece com o tempo
Assim como tu te esqueceste de mim
