Eu sou uma Mulher Super Perigosa
Sou feito Pássaro
que já voou por entre tempestades
já foi aprisionado
e hoje só anseia por liberdade !
Amanheci vendo os desertos de mim
serem desaguados no tempo
Precisei vencer cada medo e tristeza
fazendo da força meu acalento.
Hoje ...
Visto a força que há em mim e
vivo assim :
No pouso da paz
do silêncio
Inda que na contramão do vento .
Secando meus lamentos e
curando meus tormentos .
Pousando somente em ninhos
onde minha alma encontre
abrigo
calmaria e
laços de sinceros
sentimentos .
Sou do tempo em que se olhava mais nos olhos e
os gestos mais bonitos eram bem mais reais... Vivos !
Hoje parece que a aparência deu lugar ao amor !
As pessoas priorizam o externo e não alimentam
mais sua alma com o etéreo.
Tem horas penso:
Ando meio atrasada !
Será que estacionei no tempo?
Mas se assim for ...
Se o mundo lá fora só pensa no perene momento
Quero continuar mesmo sendo antiquada
e no meu mundo retrô de paz interior !
Por dias e noites
penso em nada .
Sempre me pego assim ...
Extasiada !
Ave-me sou numa ave-maria silente .
Tem dias que me vejo um beija-flor
Em outros me enfeito de flor
Só para ver aqui dentro
a vida brotar mais contente .
Felicidade é estar em paz em um lugar, onde não vê às horas passar.
Solto o riso, dou um grito sem disfarçar. Sou de Belém, este é o meu lugar. E quem nasce em Belém é BELÍSSIMA, maninha!
Dos gases às águas
Dos ares às algas
Da areia à praia
Da flor à mata
Dos peixes aos primatas
Da fome à caça
Do fogo à prata
Da fala à arte
Da roda à máquina
Do amor ao ódio
Da dor ao ópio
Sou
Transbordo a expressão do ser no tempo
Sou essa interação, esse senso
Sou essa liberdade, esse contato integrado
Escrevo aquilo que penso sobre aquilo em que acredito. Mas o que escrevo não corresponde com exatidão a quem sou. É uma cópia melhorada, a projeção de quem desejo ser.
Tudo que sou, tudo que não sou...
Devo a mim mesmo...
Assim, não devo lamentar o tempo que passou...
Nem andar por aí a esmo...
Achando que minha vida paralisou...
Devo assumir meu amadorismo...
E deixar de culpar a quem me ultrapassou!
Pedro Marcos
Quanto de estupidez contido nos seres humanos diante de algo trágico anunciado.
Se quer, sabem porque vive e afligem-se com o preludio e medo da morte,
Sou do tempo
em que a doçura era fissura.
Ah!.. Sempre que fecho os olhos vejo um mundo menino com candura.
Ainda sou aquele vendaval
que por aqui passou
deixando marcas profundas
e incontáveis lamentos .
Ainda sou aquela asa
que no tempo se quebrou
Aquele pássaro
que na dor da vida se desalinhou
Aquela ventania
que na saudade ardente
in meu peito ainda não acordou.
Ainda sou aquele mar
de lágrimas que nunca partiu
Aquele brio de amor
que de brisa não me vestiu
Aquele lamento
que acendeu dentro de mim
um imenso vazio .
Ainda sou aquele coração
que ancorou sua vela no mesmo lugar
O mesmo cais estreito
que só pensa naquele olhar repousar
O mesmo barco
que não quis mais n'outro mar
de amor velejar .
Mas inda bem
que há tempo ...Acordei !
Remei contra a ferida
pus me a encontrar a saída .
Agora ando fazendo como
o vai e vem do mar
Deixando apenas o vento me levar .
E se vier tempestade ...
Ah! .... Eu espero !
Porque que sei que logo mais a
calmaria há de chegar.
Hoje apenas Vivo
E o que tiver de ser ...
Sei que Será .
