Eu sou tudo e nada
Não acredito muito mais nos antigos moldes, modelos e percursos para nada.Tudo e todos que por teimosia permaneceram vivos se reinventaram dentro de si mesmo. A renovação e a reafirmação existencial da vida, das sociedades e do individuo gerou uma mutação involuntária dos valores, das cores, dos sabores e dos sentimentos. A sexualidade fica ambígua homens femininos e mulheres masculinas quase na unidade limítrofe da androginia. O Deus da morte reassume seu papel diante da ancestral equivocada manipulação das igrejas como o Senhor da vida em nome da abundancia. O amor fica amargo, covarde, salgado de endorfina, egoísta exclusivista , viciante, torpe e dolorido. Precisa de cada vez mais coragem e loucura para verdadeiramente, simplesmente, se soltar sem direção certa e garantia de sobrevivência no infinito mar, amar. Tudo não passa de uma moeda de troca disfarçadas para interesse de poucos nas modernas sociedades.O Holos aproxima se do inteiro mas bloqueia e marginaliza todas as impurezas das docilidades, palavras com rima, poesias e fragilidades da alma em busca dos sonhos pouco práticos, perdidos, sem matemáticos objetivos, mágicos da alma e artísticos sem sentido.O concretismo, o geométrico e o abstracionismo vence pela perda da capacidade do conhecimento das anatomias dos vivos e a imperícia do desenho. A aglomeração das cores vencem as formas dentro de uma visão cada vez mais plana e bipolar observada amplamente por quantificações de megapixels por olhos digitais quadrados. A invenção da roda, a esfera, a rotação, a lei do retorno do colher do que plantou, foi abandonado e ultrapassado pelo que se quer, agora e o que é neste exato momento de existência e preferencia, sem depois.
Quando não se tem nada pra fazer poetizamos, e ao poetizar descobrimos que o nada é tudo em cada verso. Então, não é passa tempo, é um demonstrar da existência, uma construção da realidade, é o seu eu que se expande e transcende ao que queres ser
Fazer de tudo para se destacar em determinados quesitos não é nada mais do que uma pessoa, que se sente excluída e/ou diferente, tentando se enquadrar numa sociedade tida como comum/padrão.
Meu fado
É o de não saber
quase tudo
Sobre o nada
Tenho profundidades.
Não tenho conexões
Com arealidade
Poderoso para mim
Não é aquele que descobre ouro
E tudo voltou a ser como era. A tempestade cessou, o rio se acalmou. E o que sobrou? Nada sobrou. Nada antes havia. Nada depois ficou.
2014 (o tempo não cura tudo)
nada irá curar a dor da saudade de você
o buraco que ficou desde que você partiu
a dor da sua ausência ...
o saber de nunca mais poder ouvir a sua voz
ou sentir o seu toque
minha lágrima não caiu quando você partiu mas por dentro eu desmoronei
mesmo quebrada em mil pedaços eu permaneço aqui
mas eu nunca mais serei a mesma
Saber tudo não é sabedoria, é ilusão. Não querer saber nada é ignorância. Reconhecer que não sabemos e estar sempre disposto a aprender é a atitude do sábio.
Se para tudo existe um tempo, a dor que parece implacável e constante também terá o seu fim. Nada fica incólume ao tempo
Desigualdade
Quem sempre teve tudo...
Acha que quem nunca teve nada...
Pode se esforçar e conquistar o mundo
Mas não pode, por ser a classe explorada.
Quem vive nos altos salões dourados,
Nos risos, fartura, opulência.
Não sabe dos becos, sonhos quebrados,
Da dor, fome, e anais da sobrevivência.
Quem tem, o ouro reluz,
Dono do mundo é.
Sorri pois não tem, a cruz,
No peito, a esperança nem vive da fé.
Quem tem dinheiro tem amor
Quem tem amor, tem sorte,
Quem tem dinheiro compra o que for...
Só não escapa da morte!
Paredes de luxo se erguem,
Com o suor de muitos sem voz.
Fortunas, em cifrões, seguem,
Enquanto a miséria é algoz.
No contraste, o mundo divide,
Ricos exploram pobres, vidas apartadas.
Mas no coração que ainda vive,
Lateja um futuro, em batalhas travadas
O rico lucra por sobre a miséria e tudo pode.
Os trabalhadores no subsolo carregam o rico.
O rico ainda critica o pobre e sua fome
E derrama o seu desperdício...
Obs:
A riqueza excessiva de alguns é muitas vezes construída e sustentada pela exploração e marginalização dos mais pobres... Eles viajam mundo, aplicam, multiplicam e esbanjam seu patrimônio, ostentam e lucram desenfreadamente... e vivem plenamente, enquanto que o trabalhador pobre só sonha tentando ostentar bobagens nas redes sociais. Se o pobre atingir a plenitude a quem vai explorar?
Cleide Regina Scarmelotto
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Categoricamente tudo tem a premissa entre o existir e a existência, e nessa improba vivência, nada se processa à exceção da aquiescência do criador.
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