Eu Sonho o que eu quero Pedro Bandeira
Você pode até me derrubar, mas jamais vão me ver prostrada no chão. Com a mesma rapidez que caio eu me levanto.
Hoje, eu senti um lampejo de saudade.
Uma saudade indescritível e imensurável de você.
Não do seu corpo, sua boca, seus olhos, ou até mesmo suas manias.
Senti saudade da sua alma.
Das conversas inacabáveis.
Da sua voz ao proclamar que me ama.
Sinto saudade de ser amada.
Se bem que não mereço o amor.
Não sou merecedora de nada.
Vivo embasada em desejos súbitos e insaciáveis.
Te desejo.
Te desejo na mesma intensidade que te amo.
E esse sentimento é incapaz de ser descrito no papel.
Sinto muito, – por mim.
Sinto muito pelo meu caos.
Cada vez ele consegue se superar, cada vez mais lindo, cada vez eu amo ele mais. Uma tristeza quando meus olhos não alcançam os dele, quando eu não sinto a presença dele, amo o fato de estar perto dele e de ver ele, já falei o quanto amo ele e eu realmente amo, é tão bom estar perto dele, sinto meu coração acelerar. Quando não está comigo eu imagino que esta, sempre na minha cabeça, do meu acordar, até o meu dormir. Quando não vejo ele sinto que vou enlouquecer, mas, quando eu o vejo, a quando eu o o vejo, eu nem sei descrever oque eu sinto, mas me dá uma felicidade, um conforto e só peço a Deus para que um dia ele seja meu, meu amor, meu. Cada dia ele fica mais lindo e eu amo ver ele cada dia mais lindo, cada dia conquistando meu coração, mais e mais, nunca imaginei que meus sentimentos por ele chegariam a esse ponto, só que chegaram. Aí Deus como eu o amo.
Sonatina
É mau que eu viva areado, e sem prumo
Posto numa solidão daquele que não crê
Que já está acostumado, ao léu, à mercê
Prosando lembranças, poesia sem rumo
Mas, lá no fundo, a esperança, presumo
Tenha a compaixão deste pobre crupiê
Do amor, sem sorte, e cheio de porque
Pois, a boa sonatina a paixão é insumo
E, se insistir com a poética nesta saga
Deixando a poesia com a emoção vaga
Não serão somente versos de soledade
Será também a alma cheia de lamento
Porque no vazio há sempre sofrimento
E a dor o verso imerso numa saudade!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29 agosto, 2023, 15’56” – Araguari, MG
Menina
Eu me perdi nos brilhos dos olhos de uma menina
E me encontrei apaixonado nas curvas do seu corpo
Hipnotizado por seus lábios, meus olhos fixaram em sua boca
E buscando conhecê-la, acabei surpreso com esta linda mulher
No encontro de diferenças, encontramos semelhanças no jeito de pensar
Nas conversas rodeadas de destilados, encontramos doses de desejos e segredos
Querer estar com ela é como um pôr do sol na praia, inesquecível.
E desejá-la é inevitável
Eu vim da dor, sonhei no escuro, caminhei em silêncio… e hoje carrego uma luz que acende vidas. Isso é ser verdadeiramente rico.
O café esfriou
Eu estava em um dia de inverno
Tomando café e comendo pipoca
Enquanto via Netflix e acabei lembrando de nós dois
Deixei o café de lado e comecei a pensar
Comecei a lembrar de todos os momentos que passamos
Lembrei que no início era fácil ouvir eu te amo saindo do coração
E com o tempo não consegui mais ouvir
Essa frase vindo de você
Pensei tanto que ficou feliz por que aconteceu uma chama de amor se apagou e meu café esfriou
você é fogo ele diz
eu respondo
eu sou vulcão
sou sua dona e você é meu cão
sou sua escrava e você é meu não
você é o poeta eu sou o poema
esse amor meu alimento
meu suspiro é seu lamento
sem você eu não vivo
sem teus olhos eu não penso
se não sou eu pois
ninguém te leu mais que eu
Nós conhecemos
Eu era uma árvore linda
Cheia de flores e frutos
Linda
Cheia de energia sonhos
Só que você não soube me cuidar
Me largou de lado
Deixou de me regar
Eu fui murchando
Morrendo
Virando cascalhos
E agora quer me deixar ?
Você vai pegar o que resta de mim
Fazer molduras
Guardar as melhores lembranças
Vai cuidar delas todos os dias
Tirar o pó
Conversar
Fazer carinho
E nunca mais me deixará sozinha
Vai cuidar de mim para sempre
Você prometeu e tem que cumprir
Eu desejo que todas as vezes que a vida te der motivos para desistir, Deus te dê o dobro de força pra dizer: Hoje não.
Enquanto muitos lutam para sobreviver, eu desperto para liderar uma nova era — onde ideias valem trilhões e mentes mudam civilizações.
Sou um vira-latas,
me reviro em latas de lixo para tentar encontrar quem eu sou,
ou onde fica minha casa.
Sou um rato,
me procuro em bueiros por toda a cidade.
Sou uma borboleta,
estou sempre pousando em corpos mortos do passado.
Cigarros já não podem ofuscar mais seus sentimentos, velho vira-latas.
Vivo libertino,
em meio a multidões regradas.
Porém, eu sou o perdido entre aqueles.
Vira-latas sujo,
que chora na chuva para esconder as lágrimas de fome.
Eu realmente sou só esse vira-latas?
Te Vi, Mas Não Te Vi
Hoje eu te vi...
mas desviei os olhos, fingi que não.
O coração tropeçou no peito,
mas meus passos seguiram em vão.
Senti algo — talvez lembrança,
talvez um eco, talvez saudade.
Mas disfarcei com tanta pressa
que quase acreditei na falsidade.
Fingi que era nada, que não mexeu,
que teu perfume não me envolveu.
Mas havia um nó preso na garganta,
um silêncio gritando que ainda me encanta.
Te vi com o mundo, e fiquei comigo,
vesti o orgulho como abrigo.
Mas por dentro...
era só o caos calado de quem ainda sente.
