Eu Sonho o que eu quero Pedro Bandeira
Se você não é capaz de ser santo não julgue os pecadores. Eu ganhei o direito de estar errado e digo: Erre sempre, mas cada vez um novo erro e faça dos velhos tuas novas lições, porque a sua felicidade está onde você quiser que ela esteja.
Talvez eu seja mesmo uma
sonhadora
Trazendo na mala e nas andanças
dessa vida ...
Sonhos vestidos de esperança !
Feito criança
que não desiste de sorrir
e seguir enxergando
Mesmo entre tantas dores e
feridas ...
Paraísos !
Dizer que um homem é feliz, é atribuir à ele uma qualidade abstrata que eu desclassifico pela subjetividade. Não é o mesmo que qualificá-lo como inteligente ou bondoso, pois estes são facilmente comprovados.
Eu não nasci pra ficar na posição de derrotado ou fracassado. Não vou ! Irei dar mei jeito, mudar a estratégia, mas parado não vou !
As marcas da infância refulgem
No meu eu posterior,
Estes sinais otimizados me guiam
Por caminhos desconhecidos.
Cicatrizes de uma criança
Descansam na minha massa cinzenta,
Os pensamento atrozes julgam-me
Por minha versão anterior.
Sou uma criança atualizada,
Sem máculas do passado,
Com as cicatrizes curadas
Sou criança mesmo que adultizado.
Tudo o que eu queria era seu abraço;
Você me ignorou veementemente;
Eu fiz de tudo por nós;
Você briga comigo pelo meu ciúme;
Mas sem ciúme não há amor;
Eu assumo meus erros, você me destrói;
Você fala o que não deveria;
Eu fico triste, eu choro, não tenho vergonha;
Só precisava de seu abraço;
Você me satiriza grotescamente;
Parece que não entende a minha dor (OU NÃO SE IMPORTA COM ELA?);
Você me faz tão bem;
Mas foi você que me deixou assim;
Eu te deixo triste;
Você me deixa triste;
Eu não sei o que eu quero;
Esta tudo tão confuso;
Não vejo muito através das lágrimas;
Não vejo muito através das lágrimas que você colocou em meus olhos...
Ao observar a mesmice do cotidiano, o que dizer? senão; Olha o que eu tenho sofrido na minha vida que não é pouco.
Eu sinto o brilho de um corpo morto em meu coração;
Eu vejo meus sonhos escorrer como sangue em suas mãos;
Não consigo mais enxergar a felicidade;
Não vejo nada além de cinzas sobre corpos decapitados;
Não vejo a luz da lua e do sol;
Tudo esta tão sem vida;
Nas minhas lembranças teu sorriso escureceu;
Por de baixo de disfarces eu camuflo a minha dor;
A dor e o frio da solidão já assombram meu peito;
Nos meus olhos já é possível ver a minha alma destruída;
Sozinho não tenho com o que me preocupar;
Mas sozinho eu não quero ficar;
Você me faz tão feliz;
Mas acho que a felicidade não é pra sempre;
Com a solidão vem a dor;
E com a dor vem a morte;
Os elementos que me formam estão aqui bem antes de mim, quando eu não estiver aqui ainda estarão. A água e o carbono que também formam meu corpo formaram outros corpos abrigando, assim, outras almas. Tudo volta para um ciclo eterno. Alguém já dizia: "Nada se cria, tudo se transforma", somos essa transformação constante.
"As pessoas e o mundo não são tal qual EU ou VOCÊ gostaríamos que fossem, mas Sim como devem ser..."
Breuer: Eu o farei gratuitamente.
Nietzsche: Isso nada tem a ver com a motivação humana. Quais são suas motivações, doutor?
Tão certo quanto o ar que eu respiro, é a certeza da caminhada por bons e iluminados caminhos. Deus, por sua Graça e Bondade, nos permite receber e aceitar, gratamente, seus desígnios para nós. Ele é bom o tempo todo e neste carinho me apego, estendo as mãos, abro o coração e colho os frutos que me permitem saber que cada dia que começa, cada mês que inicia é tempo de colher o que tenho plantado e cultivado e por meio da fé e esperança, continuo escapando feliz de cada dificuldade que me prova, aprendendo com cada lição que me renova e amando mais ainda as pessoas, eu mesmo e meu Deus.
DESPREZO (soneto)
Quão dor eu sinto, pelo desprezo
onde espera palavras num abraço
olhar no olhar enleado por um laço
e por vezes se tem o pesar aceso
Procuro então respirar, assim faço
nesta incisão, sair dali sendo ileso
do que cortês nele eu me ver adeso
ferindo o ser dum conforto escasso
Se leve ou reles, nos faz indefeso
é crueldade que só traz embaraço
Será que sabes deste agravo teso?
É complicado todo este compasso
do afeto em luta e ao bem coeso
quando o amor no amor é fracasso
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Aos prantos o meu silêncio te esperava, mas gritando eu preciso confessar.
Nunca coube em mim somente o meu eu, ainda faltava você, a inteira metade pra me fazer transbordar.
Sinto que encontrei e, a beira do caminho fico a espera de você me encontrar. Só não demore muito, pois na minha estrada não é sempre que deixo de me amar pra esperar.
