Eu sei Dividir os Dons que Deus me Deu
TRECHO: NÃO ESTOU DISPOSTO
Não sei até onde as pessoas estão dispostas a chegar para fazer o mal aos próximo, difamar, calúniar... tudo que mais de podre existir. Mas não estou disposto a acompanhar. Por isso que mantenho distância. Minha verdade é valiosa demais para andar ao lado de mentiras, de gente fake, gente que fede à quilômetros de distância.
Dizem que sou linda. Sei que dizem apenas para me verem bem. Agradeço apenas por vocês desejarem o meu bem. Mas descarto as mentiras. Descarto também as tentativas. Não quero que tenham pena de mim. Não preciso disso. Apenas me esqueçam, como sempre fizeram enquanto eu estive aqui. Será ainda mais fácil me esquecer agora que não me verão mais. Não será difícil, não é? Esquecer uma estranha... Ah, me esqueci. Vocês nem irão se dar ao trabalho de me esquecer, pois eu já nem sou mais lembrada.
Me sinto feliz de saber que posso fazer alguém feliz também
e sei que quando o faço as marcas de meu amor permanece.
Inesquecível mamãe.
Nem sei como começar. Não tenho prática.
Nestes quarenta anos nunca te escrevi. A senhora sabe como é: correria, muito trabalho, compromissos diversos e afinal, ninguém é de ferro né mãe.
Mas hoje, parei de encontrar desculpas e resolvi te escrever. Talvez eu tenha algumas novidades pra te contar.
Saiba a senhora que já não sou mais aquele menino que tinha vergonha de te beijar, de te abraçar, que não sabia o quanto é maravilhoso dizer e ouvir um “eu te amo”. Cresci mãe, passei e passo meus momentos de dificuldades. Não só eu, os irmãos também.
Pena que não te abracei mais, que não te beijei mais, que não demonstrei mais o meu amor por você. Eu não sabia que você partiria tão rápido. Talvez se soubesse teria feito diferente ou morreria antes para não sofrer esta perda.
Mas estou sobrevivendo, lutando, buscando sempre acertar. Você sabe o quanto é difícil tocar em frente. Eu tento facilitar, pode acreditar, mas ás vezes desabo. Não vou negar que tenho minhas fraquezas e culpas, mas também vivo momentos ótimos, inesquecíveis e lindos.
Puxa!
Estou escrevendo e me dou conta que até meus cabelos estão parcialmente brancos.
Lembro como se fosse hoje o dia que você teve que ir. Nossa. Tanto tempo, mas a memória não se esquece de nada. Todos me deram uma especial atenção, tentaram me distrair. Eu era tão menino, tão inocente, mas sabia o que significava aquele momento.
Eu sabia que meu melhor pedaço de doce ficava ali. Por muitos anos não consegui falar em você sem chorar. Agora também estou em lágrimas. De saudades, de vontade de te ver, de saber que se você estivesse comigo poderia ser mais fácil. De saber que no caminho, por vezes, encontramos mais espinhos do que flores.
Naquele inicio de ano de setenta e dois, nos afastamos para nunca mais eu ver teu rosto. Não sei se, em algum momento, viste o meu.
Estou diferente agora. Perdi aquele sorriso, perdi parte do brilho dos olhos desde aquele dia e agora ainda mais.
Acho que pra aliviar um pouco comecei a escrever. Assim, despretensiosamente. Nos anos 80 fiz algumas crônicas para jornais. Depois fui escrevendo algumas poesias. Em 87 participei da primeira antologia. Hoje são várias participações.
Participo de um site literário, tenho recebido até elogios. Acredita mãe? Verdade. Pena que você não pode ver.
Este ano tenho um projeto mais ousado, conto com teu apoio materno para que dê tudo certo.
Confio no teu amor. Confio na tua intercessão.
A parte triste é que não poderei te enviar, sequer, esta cata.
Você promete me ajudar mesmo assim?
Saiba que eu escrevo com o coração, com a sensibilidade e a saudade de um filho que não te esquecerá jamais. Quem sabe você, com teus poderes de mãe consiga ler. Tomara. Tomara mesmo.
Se não for possível me deixa, ao menos, sonhar que lerá.
Por hoje era isso mãezinha. Beijos.
Ainda amo você muito mais do que a mim mesmo.
Feliz ano novo pra você.
Feliz ano novo para todos.
*Mamãe faleceu em 03/01/1972. Completaria 52 anos em 01/03/1972
Sei ser uma boa garota, mas aprendi a lhe dar com isso, não dá pra escolher essa como uma filosofia de vida, não quando o mundo a torna autodestrutiva. As vezes sou má... Com moderação.
Sei que não é fácil viver a vida e que para fazer esse veleiro atravessar o mar da existência pode ser um sufoco, mas vale a pena ser herói nessa história que só depende de nossas ações.
A um corredor escuro, não sei para onde ir, as estradas são frias e da medo, e algo me diz que aquelas estradas não é a estrada certa.
Estamos no fim, dizer que esta no fim não quer dizer que estamos chegando, nem sei o que quero ainda, nem sei se ainda eu quero o que queria, sou complicada, um conto de fada queria viver, fadas não existem, ou melhor, não queria existir.
Falando da alma...
Seja amoroso como sempre foi comigo... Sei que não posso me apaixonar por um sonho e não te importe com o que sinto, talvez não entenda e por não entender tenha medo...
Eu entendo o quanto teu jeito de ser me preenche e sei , os amores de amizade ficam para sempre...me deixa então ser tua amiga...” p’rá” sempre.
Tu me faz feliz com tudo o que tem em tua alma...e ela não é déspota porque se queres ser dono absoluto e senhor, já o é ,de meu coração ...todo o restante não passa de tua auto-proteção.
Não existem respostas... mas já não me chama de amor...
Existem emoções expostas e se tu fosse presente, seria o toque!
O olhar, o afago.
O sorriso e o silencio...
E assim sentimos a imensidão... E tudo isso seria nada se não fosse o teu encanto.
Não fosse o teu talento em aproximar-se de mim... E os toques...
O toque que te dou feito em versos de amor vem daquilo que acredito.
Vem das coisas que sonhamos e desejamos, mesmo que não existam, mas que gostaríamos de acreditar que sim.
Gostei sim... Gostei de teu toque. Gostei de tua busca. Gostei de teu encontro...nosso encontro...
Gostei de tua boca e foi tão pouco... E creio na tua promessa de mais...
Gostei! Sim, eu gostei. E fiquei ali pensando se recebesse tuas palavras, se fosse eu a fazer minha as tuas palavras... ditas e não ditas...O meu amor te faria insistir em viver o sonho...
Porque não entendo o silencio que pode significar escudo contra o amor.
As emoções são indescritíveis...
É!
O ser humano se fecha demais para a simplicidade do amor por medo do sofrimento, perda da liberdade...suposta liberdade... e condena-se a uma “solidão” na ilusão dos amores fugazes e sem raízes...
Ouviu meus sussurros, leu meu olhar? Às vezes perco-me... Mas perco-me na fascinação de ti...Tu provocas a minha fênix , revirando minhas cinzas...Dela renascendo eu... Tu provocas o encanto profano te deu corpo junto ao meu ... Que seja eu a saciar tua sede e tu, a minha...no oásis de nossas bocas profundas e quentes...
Grácia Monte
Esses sons
Muito longe
não sei onde
Se perderam
No entanto
Ouço vozes
Que velozes
Na distância
Feneceram
E eu fiquei
O silêncio
Cobre o tempo
Que vivi
Nas estradas
Percorridas
Pés cansados
Só feridas
Nem senti
Só o alento
Procurei
Continuo
O caminho
Sou forçada
Pois a hora
Não chegou
Aqui estou
E o vento
Na janela
Me lembrou
Que andei
Então penso
Que essas vozes
E as feridas
Que a saudade
Por maldade
Não me deixa
Esquecer
Fica assim
E mais nada
DA PALAVRA FINAL NADA SEI
Da palavra final
nada sei.
Nunca me foi concedida.
Embora escravo,
embora rei.
Embora levantasse o dedo na hora dos apartes.
Embora levantasse o dedo timidamente
Do último banco da classe contraditória de viver.
Embora sôfrego, trôpego,
embora sofrido levantasse o dedo,
meu Deus, que esquivo andar sem graça
quando atravesso a sala cheia de gente.
A sala dos correios secretos
que os olhos conhecem, reconhecem,
sempre burlesco arlequim
por fora
e massacrado por dentro
e triturado
no mais triste cavaleiro da figura da palavra.
Chegar sem preconceitos,
cotidianos simulacros:
sonho menino.
Não mero esboço de um desenho inacabado de homem,
inadequado, por certo, na forma de chegar e falar
das coisas do mundo e de mim.
Mas chegar, achegar,
e saber que entre o tempo
o ser aflora.
E amanhece.
Debaixo do sonho
aninhado.
Dentro de um cesto
desfiado.
Deixai-me participar da mesa da verdade.
E aceitai minhas dúvidas e minha fragilidade
como dádiva dos deuses.
não sei se realmente estou mudando ou me iludindo,mas me sinto melhor, menos angustiada, menos preocupada com o nosso futuro, quando eu parti, ainda tinha vontade de ficar, de estar com você, tínhamos a promessa de um dia nos encontramos e ter um dia só nosso, eu precisava desse dia, todos os dia quando acordava eu esperava e imaginava quando aconteceria, e lembrava que faltava menos um dia para que chegasse... mas depois de ser ignorada, me senti profundamente ferida, claro que já estive mais ferida antes, mas eu achava uma desculpa para perdoar e aceitar novamente todas as dislaceradas que sentiria novamente em meu pobre coração, mas ser ignorada e rejeita por quem se ama é muito doloroso, é como se você nao existisse, como nunca fosse importante e tudo vivido seria uma mentira, eu sei que nao era mentira, você esta amadurecendo e se tornando um homem de verdade, e nao estou usando isso como desculpa novamente,nem me enganando, pois sei que nos afastarmos mesmo era o correto a fazer, e talvez nao houvesse outro modo de você distanciar meu coração, de congela-lo novamente, hoje á prefiro nao ter esse nosso encontro prometido, nao por medo do que pode acontecer, mas simplesmente por acha-lo desnecessário, tudo que tinha para ser tido ja foi falado, nao afaz sentido nos encontrarmos para falar novamente do passado, devemos abandonar nossos fantasmas... já nao acordo mais pensando em quanto tempo ainda falta para ser feliz, estou sendo feliz com os pequenos acontecimentos do dia a dia, com o trabalho, com a rotina, com preguiça do domingo, com a solidão da tarde ensolarada sem ninguem para visitar, a solidao ainda me remete a você, mas nao como um estado de profunda necessidade, apenas com saudosa memória dos momentos que passamos juntos, bons ou ruins, sorrisos e lagrimas derramadas nos fizeram ser quem somos hoje, e depois de quase um ano sem se emocionar, sem chorar por ter sofrido um diluvio, hoje volto a viver, e tenho novamente vontade de viver e nao de apenas existir como no ultimo ano. as palavras que me descrevem hoje é alivio, e esperança.
Poesia da Vontade
Não sei se me carecerá assiduidade
Ao descrever a matéria desta poesia.
Ocorre que me falta a maestria
da vontade de ter vontade.
Neste ano não sei, ainda, quem chega primeiro. Se o Carnaval ou os fanáticos de sempre, que são contrários ao Carnaval. Continuo aguardando...
Horlando haleRgia | 00844 | 08/01/2014
