Eu Gosto do Risco dos que Arriscam

Se, o que parece que te move, é o que te move, vá além!

Ao invés de humanizarmos os animais não humanos, poderíamos pensar em domesticar o ser humano. Talvez, assim, diminuísse a selvageria que nos faz algozes, às vezes de nós próprios...

O tempo - que poderia trazer a aquietação das coisas para enfim, poder repousar a alma no ir e vir vagaroso das horas - não passa...

Estamos sujeitos a recaídas constantes. Assim seguimos, redirecionamos nossos passos involuntariamente. Assim são nossas ações como em um jogo de trilhas. Avançando casas e retrocedendo, embora, nem sempre na mesma proporção. Ora um passo avante, ora muito lá atrás quase a zerar tudo. Somos feitos assim, de inconstância e fragilidade...

Precisamos observar e abaixar sempre o nosso facho. Nosso ego não deve jamais ser maior que o perímetro que ocupamos...

Que dom tem o poeta de transformar!

Em seu grau maior eleva o amor...

Empodera as pedras, o vento

que empodera as nuvens e as árvores

e, embeleza - mais ainda - a flor...

Minimiza, de todas as formas de morte,

a dor...

Que poder tem o poeta,

em seu dom transformador...!

E o povo, cansado
das notas,
das rotas,
das botas,
caminha sem rumo...

Nós nos vemos através do outro. Os pormenores aos quais nele não apreciamos, pior se nos apresentam. É como o efeito dolorido de uma bofetada, que vem nos acordar para o uso da razão.

Se não queremos ver fumaça, não devemos alimentar a fogueira. Devemos apagar nossos tições...

Seja quem é, sem tirar nem por...
Assim, não terá que pagar tributos dos quais não é devedor...

Para alguém com muitos iguais, difícil será compreender meus infinitos diferentes...

Somos livres para fazer o que quisermos... Contanto que haja discernimento e moderação. Fanatismo torna a alma cega.

Não exalte a beleza física. Ela passa uma chuva de verão em ti. Exalte a capacidade de pensar, esta sim, te mantém vivo neste vale de provações.

Aquele que procura - com determinação - sempre encontra. Se a sua busca ainda não chegou ao fim é porque não desprendeu de ti a energia necessária...

Somos estranhos... Cultuamos a lua em seu fenômeno - natural e previsível - que está 'tão tão distante', e destruímos tudo o que está ao nosso redor...

Ao somar, vi que obtive muito com o pouco que tinha; caminhei longe, com as cordas que a vida me deu.

Sou filha de Vênus, por isso estou assim; sempre sangrando...

Precisamos de tão pouco...
Por que pedimos muito, então?!

Impossível confundir essência com ego quase estourando. A essência é sutil; o ego grita!

Tudo o que nos toca o coração nos eleva a um passo do céu...