Eu Errei me Perdoa Poesia
Queria eu ser uma
Coruja-Orelhuda
para ter o poder
de escutar se o seu
peito está pelo meu
poeticamente a palpitar.
Piranambu no fundo
do leito escuro do rio,
Sou eu submersa
nesta interminável
poética enquanto vejo
o mundo se arrastando,
Às vezes finjo que nada
sinto mesmo sentindo
tudo e a dor me desafiando.
Eu sei a diferença entre
a Traíra e o Trairão,
O Trairão tem a língua
lisa e tem um tamanhão
e a Traíra tem a língua
áspera e o corpo leve,
Peixes são muito melhores
e diferentes dos humanos:
(Nunca serão capazes de traição).
QUANDO EU ME PERDI?
Eu me perdi quando te encontrei, quando meus olhos enxergaram os teus, quando os meus dedos tocaram seu corpo, quando meu coração conectado com o seu batia tão forte feito uma bala atravessando nossas cabeças.
Eu me perdi quando inocente me entreguei para você, quando mesmo depois de ter me machucado eu me permiti te amar, quando mesmo sabendo que o nós não seria pra sempre, me deitei em teus ombros e falei de amor contigo mesmo sabendo que essa palavra você desconhece.
Quando eu me perdi? Acho que foi quando te dediquei aquela música, ou quando todos os meus poemas eram sobre você, acho que foi aí que eu me perdi. Uma pena mesmo foi eu só ter percebido que havia me perdido quando já não tinha mais tempo de me encontrar.
Em que acreditar? Existem vários deuses, várias religiões e tantas culturas diferentes. Será que eu tenho mesmo que acreditar em algo? Ou será que tenho que viver sem limites, sem regras e sem ninguém me dizendo o que fazer? Não quero me prostar a deuses, não quero seguir culturas que não conheço e não quero ter que fingir que estou bem em lugares que não me deixam a vontade para ser quem sou.
Por outro lado, acho que as pessoas precisam de algo para acreditar, em algo que elas possam pedir ajuda quando não veem ninguém ao seu redor, em algo que possa o proteger das energias negativas dos seres humanos e de demônios, algo que quando a vida não fizer mais sentido aquilo possa ser a força que ela precisa para prosseguir, pois se não há nada que te dê esperança para continuar, por que continuar?
O lado bom é que você pode ser a sua esperança. Se entenda, se ajude, se proteja você é capaz! Tenha sonhos e acredite em você, quando você é o seu motivo, nada pode tirar a sua realização.
Amarei então o amor que tiver
Amarei com todo meu coração
Porque eu sou eu, você é você
E por isso nosso amor é nosso
Mulambo, confio, jejuo e choro
De quando em quando eu me olho, me ouço, me toco
Medido, desisto, insisto e faço
Beija-flor-topetinho-vermelho
só você sabe do meu segredo,
que para o amor eu guardo
um saboroso e doce beijo.
Beija-flor-de-rabo-branco
sobrevoando os jardins do destino,
Assim sou eu poeticamente
em busca de amoroso abrigo
desde que seja somente contigo.
Em meio ao verdejante
Médio Vale do Itajaí,
sou eu a Laelia Purpurata
regada pelo Rio Itajaí-Açu
dos meus idílicos poemas,
E nessas correntezas
tenho escrito a coragem
de manter-me inspirada
aconteça o quê aconteça
para que com toda a poesia
ninguém mais desapareça.
Algumas mulheres
O deiam outras mulheres.
Sim. Eu sei o porquê.
Para completar: as piores
são as que subestimam
a percepção daquela a quem odeiam.
Mulheres fortes
não são falsas
com outras mulheres;
as fracas, sim.
Se não for para casar
com o cortejo
dançando Moçambique
eu não caso,
Quero com direito
a Capitão Chefe e Substituto,
dois guias, dois tambores
e com direito a tudo,
quatro pajens levando
o nosso guarda sol,
nossos trajes de Rei e de Rainha,
e você me declamando poesias.
Quero dois capitães bem enfeitados,
espadas reluzentes,
um Coronel bem apanhado,
por ambição mais
de um Alferes da Bandeira
um na frente e outro na retaguarda
para garantir a bênção
para sermos um só coração.
Quero esteiras de bastões
e os dançarinos com gungas
de sacudir os corações,
Quero você bem ajeitado,
todo perfumado dando a impressão
de flores desabrochando ao léu
e banho tomado de puro mel.
Se não for para casar
assim eu não caso,
passo o restante da minha vida
sem ter alguém ao meu lado.
Às vezes eu me pergunto
o que seria da minha vida
se eu nunca tivesse descoberto a magia do álcool e da poesia
Meu Negrinho do Pastoreio,
eu só posso contar contigo
para acreditar que
ninguém pode comigo;
Sempre que eu perder
a minha fé me ajude
a encontrar em Nossa Senhora
como você acredita,
Independentemente da hora
não me deixe só nesta vida.
Rodeio e o Beijo
O Outono beija a minha
linda cidade de Rodeio,
O amanhecer cinzento
eu pinto colorido com
todas as cores da poesia.
O beijo frio do Outono
no Médio Vale do Itajaí
não desencoraja por aqui
quem tem poesia e coração
quente para prosseguir.
O Outono que com um
único beijo me faz a deixar
para trás tudo aquilo
que rouba a minha paz.
O beijo que me traz coragem
de continuar escrevendo
poemas para que daqui
de Rodeio espalhem amor
e paz para o Brasil inteiro.
Morro Grande
Morro Grande adorada,
eu te reverencio
pelos teus morros,
terras férteis,
pelas tuas águas
e pelo teu povo virtuoso.
Morro Grande amada,
que das tuas raízes
originárias ainda
preservam carinhosamente
os seus vestígios,
nas intrigantes paleotocas
podem ser encontrados
poemas escondidos
e indescritíveis de tão lindos.
Vou saudosa pela antiga
Trilha dos Tropeiros
tocando na viola
envelhecida a esquecida
cantiga melosa da Serra do Pilão
que ainda fascina o coração.
Rumo ao lendário
Morro do Realengo,
porque meu amor
por ele é tremendo
para quem sabe se minhas
pernas e meu fôlego alcançam
os Campos de Cima da Serra
e dar aquele abraço nos amigos
de São José dos Ausentes
no Rio Grande do Sul.
Quem sabe se ainda der
tempo ainda não perco
a festa no Santuário
de Santa Gertrudes,
e saboreio os quitutes
da memória da infância.
Quem sabe irei na Missa do dia
seguinte na Igreja Santa Cruz
para pedir bênçãos, luz
prosperidade e inspiração
para continuar vivendo
toda a poesia Santa e Bela Catarina
e por esta nossa Morro Grande,
tesouro incalculável do Extremo Sul.
Enquanto a música tocava,
eu dançava a Chula Marajoara
com as moças da cidade,
o meu coração você encantava
com a sua flauta mágica,
o amor sublime nos guiava,
o seu olhar tonto e fixo
no rodopiar da minha saia
escrevia o destino que nenhum
dos dois imaginava que
a intuição com o teu primeiro
sopro doce me antecipou.
Mais veloz do que
a Dança do Tambor
é a Súcia que eu vou
dançar com o meu amor.
Com meu suçador
serei boa suçadeira
dançarei a noite inteira,
e não estou de brincadeira.
Quando chegar a Jiquitaia
sem despedida do meu amor,
de mãos dadas iremos
para onde só nós sabemos.
TATUAGEM
Deixarei sobre a tua pele
Um bocado de amor
Pele essa que me rege
Onde quer que eu for
Desatino enquanto grito
Para o mundo inteiro o nosso amor
Falo alto e reafirmo
A tua alma me encontrou
Nesse emaranhado de sentimentos
Verso essa recordação
E te questiono diante todos
Podes me marcar no teu coração?
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