Eu e Voce de Luiz Antonio Gasparetto
Nos chamados países do terceiro-mundo, onde há a chamada democracia, os políticos são eleitos pelos pobres e recebem dinheiro dos ricos para os protegerem dos pobres.
Uma das jóias mais raras é encontrar alguém capaz de fazer um julgamento justo sobre as qualidades dos outros.
Na Política a democracia parece ser o método mais justo, contudo como o voto de um honesto vale tanto como o voto de um corrupto e como o voto de um idiota vale tanto como o voto de um inteligente, pode ser perigosa, porque a maioria vence sempre.
O que nos faz ser ainda mais parecidos com os macacos é o facto de nos imitarmos constantemente uns aos outros.
Nacib da Silva Tião Barra Daço
tem nome de turco de antigas novelas,
com mais de quarenta, tem ar de vivaço
e outras tantas moças que são gabrielas.
Bate as festas todas de calças rasgadas,
camisas com estilo, surradas do espelho,
sapatos da moda, num conto de fadas
tirado à medida do bolso do velho.
Enrola por dia dois ou três cigarros,
daqueles pra rir, sem ninguém saber,
e assim vai a vida, montado em bons carros,
dizendo que os outros não sabem viver.
Estudou na cidade, é quase formado
num curso daqueles com ar superior,
faltam-lhe as cadeiras para estar sentado
aonde se sentam todos os doutores.
Nacib viaja, respira outros ares,
vai a Monte Gordo, Peniche e Melgaço,
aventa-se à estrada e em todos os bares
há sempre a garrafa que diz Barra Daço.
E há sempre histórias também pra contar,
esses tais enredos que o fazem feliz...,
Diz sempre que os outros devem trabalhar
pra darem sustento e riqueza ao país.
Muitos adultos tentam brincar como as crianças, mas as brincadeiras puras são um privilégio que só as crianças sabem ter.
Quando os meus pensamentos se escondem no silêncio das trincheiras durante o dia, à noite a almofada grita comigo e aperta-me sempre o pescoço.
Lá vão os mascarados, podem vê-los,
de tantas formas, no seu modo subumano;
levam caraças e disfarces nos cabelos,
mais os embuços que escondem todo o ano...
Vão prá folia, vão alegres, satisfeitos,
como histriões dos nossos tempos mais modernos;
esquecem normas, estatutos e conceitos,
em prol dos cultos aos assuntos subalternos...
Lá vão os mascarados prá rambóia,
pulam e troçam nesses grupos a granel;
é Carnaval, deixai-os ir, que vão com a nóia,
como as estrelas contrafeitas de papel...
Tanta alegria, tanta farra no Entrudo,
tanta folgança que não é o que parece;
riem-se plantas, animais e quase tudo,
sem que a memória leve a mal, mas que não esquece.
As pessoas que apregoam constantemente muita felicidade e muito amor dão-me sempre a impressão de que lhes falta alguma coisa.
Se as pessoas sorrissem tanto para a vida como sorriem para as fotos, o nosso mundo seria um verdadeiro sorriso.
Quase sempre as pessoas têm a memória mais aguçada para os nossos erros do que para as nossas virtudes.
Salvaguardando as boas excepções, neste carnaval de tudo um pouco, as pessoas só tiram a máscara quando têm dinheiro ou algum poder.
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