Eu e Voce de Luiz Antonio Gasparetto
Orquídea – fantasma
Na luz tênue, eu floresço em segredo.
Símbolo de pureza, meu silêncio é enredo.
Entre sombras, a lenda se desenha.
E no vazio, meu espírito se empenha.
Orquídea – fantasma, translúcida e fria,
Celebro a essência em minha própria vigia.
Reflexo de um ser que se esconde do olhar.
Memória que o vento leva, mas não deixa de estar.
Entre raízes aéreas, a vida se prenda.
No íntimo, guardo a alma que se defende.
Introspectiva, celebro o que fui,
Ecoando no silêncio, a verdade flui.
Em cada pétala, um mistério profundo.
A fragilidade da vida em um instante fecundo.
E assim, na penumbra, eu me reconheço.
Sou orquídea – fantasma um verso em recomeço.
Sob a luz do Sol
Em um amanhecer silencioso, eu me deito.
A luz do sol derrama calor sobre meu peito.
Toque suave que a alma anseia.
Um abraço do dia, onde a noite passeia.
Cura as feridas que o tempo não apagou.
Aquece os recantos onde a dor se aninhou.
Como um rio que flui, leva à tristeza,
Na sua presença, reencontro a leveza.
As sombras recuam, a luz abre caminho.
Despertam esperanças, renascem os sinos.
Em cada raio que toca minha pele,
Sinto o renascer de um ser que se revele.
Carrego o peso de sonhos esquecidos.
Mas sob o sol, descubro o que é querido.
A energia flui como um manancial,
Recarregando a vida, fazendo-me integral.
Ao me render a esse calor divino,
Deixo para trás o passado, o opaco destino.
No brilho do sol, encontro a verdade.
Um convite à vida, à eterna liberdade.
Eu queria apagar por um minuto, como se eu nem tivesse existido, não sentir o meu corpo, som, ou poder fazer algum ruído. Eu só queria um minuto de silêncio absoluto, onde eu nem consiga ouvir meus próprios pensamentos. Era só isso que eu precisava, de um minuto, daqueles que parecem muito tempo, mesmo sendo apenas um minuto.
O amor só foi possível de acontecer porque ele me via não como quem eu era, mas como a pessoa que eu me tornaria.
Sei que gostaria que as coisas fossem diferentes, que eu dissesse palavras que lhe dessem segurança, mas não posso, e, de qualquer forma, nunca soube usar as palavras.
Eu poderia me arrepender se tivesse tido escolha. Mas eu não tive uma.
Eu não sou seu segredo. Sou sua verdade.
Tanto lutei, busquei, sonhei..., mas nada adiantou
Só me perdi no caminho que eu mesmo escolhi trilhar
Tudo é tão mutável, que nos perdemos
E o coração não é capaz de aceitar um sentimento pela metade
E o que sentimos? E o que acreditamos? Morre!
Nesse momento nos agarramos em algo para não desistir do caminho escolhido em outrora
Mas de repente, o que nos fez ficar..., já não é o bastante para continuarmos a tentar
Buscamos o amor, a sinceridade, a lealdade...
Tudo isso se tornou tão antiquado e não importam mais
O tempo já passou e tudo mudou depressa demais
É nesse momento que queremos voltar ao início e recomeçar por outro caminho
Mas existe o medo, as incertezas: Você não é mais o mesmo, o caminho não é mais o mesmo.
Como trilhar um novo caminho? Como acreditar ser o que você deve seguir?
Não importa, o seu coração já perdeu tempo demais, e você já nem mesmo sabe quem você é!
Amor caduco
Quando eu amo alguém, eu amo de verdade
Eu não minto, eu digo que está tudo bem
Que essa pessoa é para toda eternidade
Que eu sou dela e ela é minha também
Eu não amo sem amar, se soubesses
As voltas que já dei ao quarteirão
Sem sair do mesmo lugar, não me conheces
E se me conhecesses saberias como anda o meu coração
Umas vezes bem, outras vez mal
Muda conforme o dia, muda conforme a estação
Hoje está caduco careca, com o outono, mesmo a combinar
Oxalá as folhas deixem de cair
E o meu coração volte ao seu lugar
O teu, onde sempre foi feliz
Eu tenho saudades, saudades de coisas vividas, de pessoas que passaram pela minha vida...mais eu tenho muita saudade de mim, do que já fui um dia, do meu sorriso fácil, da empolgação com vida de acreditar nas pessoas, nós sentimentos. Que saudade..hoje definitivamente eu defino a saudade como um Fazio ...e a pergunta é há sentido em uma vida vazia?...e se a morte chegar e eu não estiver mais viva!
Eu deixares-te ir
Já que nada lhe darei
Senão a dor de minha ausência
É o sofrimento de minha angustia...
2019
Algo está substituindo o sentimento
Sinto a paixão pela última vez
Então eu adormeço
Na manhã seguinte
Me levanto, vazio.
Em meus devaneios poéticos, sempre ouço meu eu lírico dizer: _Toma mais esta dose de versos, que passa!
Se eu partir
sairei cedinho
antes mesmo
do amanhecer
irei devagarinho
as estrelas
me seguirão
pelos caminhos
vendo-as
não me sentirei
tão sozinho
toda decisão
faz caminhos.
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