Eu e Voce de Luiz Antonio Gasparetto
As pessoas nunca vão dizer "Eu não me importo" quando realmente não importa. Quando algo não importa, ninguém diz nada. Nem sequer se lembra.
E antes que me perguntem eu falo: não quero palavras, não agora. Quero ler pouco, não porque não goste de ler, mas porque ler pede tempo e tempo eu não tenho. Quero tudo agora, tudo nesse instante. Sabe a eternidade em um segundo? Pois é mais ou menos isso que quero. Quero não. Preciso. Preciso de cor, de cheiro, de luz, de memória, tudo de uma vez. Quero que meus olhos se encham de água, de um pouco de mágoa e de um bocado de sabor. Quero ver o amor e sua dor, quero respirar arte, quero gritar tudo em imagens. Quero me inspirar para gritar e continuar andando. Eu quero. Quero agora. E agora será.
Porque eu gosto de gente. Eu me alimento de arte. E eu vivo de amor...
Eu só preciso de um tempo, para conseguir reunir os pedaços do meu coração novamente. Não é a primeira vez que ele fica em pedaços, já estou acostumado. Na maioria das vezes eu não tenho razão nas coisas que digo, mas sempre tenho completa razão nas coisas que sinto.
Alguma coisa onde tu parada
fosses depois das lágrimas uma ilha,
e eu chegasse para dizer-te adeus
de repente na curva duma estrada
alguma coisa onde a tua mão
escrevesse cartas para chover
e eu partisse a fumar
e o fumo fosse para se ler
alguma coisa onde tu ao norte
beijasses nos olhos os navios
e eu rasgasse o teu retrato
para vê-Io passar na direcção dos rios
alguma coisa onde tu corresses
numa rua com portas para o mar
e eu morresse
para ouvir-te sonhar
MARCAS DE AMIGOS
Fiz marcas na terra,
No céu e no mar;
As mais importantes
Eu vou lhe falar.
Não foram nas dunas,
Pro vento levar...
Nem foram na areia,
Pro arrasto do mar.
As marcas deixadas
No meu caminhar;
São marcas na pedra,
Pra sempre durar!
E foram talhadas
Com muita atenção
No lado direito,
No meu coração!
São marcas eternas,
Pra nunca acabar.
São marcas de amigos
Que fiz ao passar!
O DIA MAIS FELIZ DE MINHA VIDA
Eu queria, entre muitos, nesta hora,
Ter o dom da palavra, ser poeta,
Para dizer-te, filha, que agora
A vida de teu pai está completa!
Queria me valer da voz do esteta,
Ter o verso e a rima mais sonora,
Contar-te que atingi a minha meta...
Que já posso, filhinha, ir embora.
Pois os passos que dei rumo ao altar,
Sorrindo e com vontade de chorar,
Levando-te aos braços d’outro alguém,
Foram os mais felizes de minha vida!
Entregando-te às mãos, filha querida,
Ao jovem que te ama e te quer bem!
AS PALAVRAS
As palavras estavam soltas
Aleatórias
Desgovernadas...
Eu só fiz juntá-las.
As palavras-peixes
Nadavam livres
Em águas claras,
Em rios perenes...
Eu só fiz pescá-las.
Na feira das palavras
Quanta matéria prima!
Comprei metros,
Comprei rimas
E fiz poemas.
Agora te ofereço
O meu pacote
De palavras juntas
Chamado livro.
São palavras presas
Em páginas brancas,
São palavras pássaros
Que ainda cantam.
Dizer “eu te amo” é muito pouco comparado ao que eu realmente sinto. Te procurei por anos e anos, e agora eu te encontrei. Não me arrependi do tempo que perdi te procurando. Porque todo o tempo que perdi, valeu a pena, valeu cada minuto, cada segundo.
Eu acredito que o melhor seja perdoar e seguir em frente. Por mais que nos doa olhar para trás, por amor próprio não devemos cair outra vez. Infelizmente as feridas ficam para a vida toda, mas a dor só permanece se permitirmos.
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