Eu Deixo a Vida como Deixo o Tedio
Um dia
Descobri
Pois mesmo
Sem buscar
Eu te busco
Buscando
Entender
O que
Busco saber
Que é buscar
Entender
Porque EU
Busco amar
Você..
Anoitecer
Quando olho
Para o céu
Eu fico
Imaginando
Por que
A Lua precisa
Das Estrelas
As estrelas
Precisam da Lua
A Lua precisa
Da Noite
A Noite precisa
Da escuridão
Mais a Lua
Precisa brilhar
Assim como
As estrelas
Precisam do Céu
Eu preciso
De um amor
Para viver
Pois sozinhos
Somos incompletos
Mais eu
Tenho certeza
Que aonde
Você estiver
Estarei pensando
Em você
Pois a importância
Da vida é
O amor que
Que se completa
Com um
Outro amor..
Quantos não
Caíram em
Precipícios do amor
Eu cai tão fundo
Da última vez
Que meu coração
Não batera por
Alguns segundos
Foram segundos
Que viraram dias
Foram dias
Que viraram
Meses foram
Meses
Que viraram
Anos
Quando dei
Por mim
Não estava
Mais ali
Sobrando
Apenas o vazio
De lembranças
Boas de
Momentos eternos
Sorrisos e
Abraços sinceros
De um tempo
Que já
Se foi
E que
Não irá
Mais
Eu sei ser de várias formas
sei modificar mundos, rever meus planos
sei criar outras imagens, fazer viagens
sem estar lá.
Onde há erros, traço um novo destino
sou tão mutável, sou homem
sou viajante, sou menino.
Perco as esperanças quando não vejo
os teus pensamentos.
Vibro com o teu sorriso
sei ver além do teu olhar.
Choro por dentro sem saber
quando não tenho a tua atenção.
Sinto medo sem querer
por não senti-la perto.
E como num primeiro amor verdadeiro
sei que este é tão certo quanto a paixão.
Já chorei até perder a razão
Percorri aqueles caminhos
Da Solidão
Mais o caminho do céu
Eu encontrei
Mostrando o destino
Me endireitei
Aqueles espinhos
Não mais senti
Pois agora ao carinho
Me entreguei
No entrelaçar de um brilho
Me envolvi
Cintilante luz que ilumina
Com o calor do fogo
De um coração
Que aquece com fé
O meu coração
Iluminando a escuridão
Me dando forças
Para enfrentar
Aquela mesma solidão
Sem mais perder a razão..
Eu sei
Corações se partem
Lágrimas machucam
Mágoas explodem
Decepções são constantes
Barreiras são levantadas
Solidão é um silênciar da alma
Paixão é temporária
A vida é curta
Momentos são eternos
Carinho não tem preço
Abraço fala mais que palavras
Beijo desperta sentidos
Ódio se auto-destrói
Deus existe
Amigos são para vida toda
A escuridão existe
A luz também
Tempestade são temporárias
E que o sol sempre vai voltar amanhã..
O que busco em alguém
Eu desejo um amor
Que me entenda,
Que faça me sentir especial
Que me passe uma segurança extraordinária.
Um amor que me compreenda
Que aceite o meu jeito de ser.
Um amor que não julgue as minhas atitudes, e sim que defenda as minhas escolhas.
Um amor que traga a tranquilidade
pro meu estresse,
E autoestima pra minha alma.
Um amor com quem eu possa construir uma
Historia de verdade,
Não um
relacionamento
de status.
Um amor que
Demonstre
Todos os dias
Importância,
Preocupação e carinho.
Quero voltar a ter a
Sensação de paixão,
De desejo e de ansiedade.
Ter alguém que me provoque,
Mas que me acalme
Na mesma intensidade.
Alguém que esteja
Ao meu lado,
Que eu possa Conversar
24 horas por dia
Sem se quer enjoar,
Que faça meu coração
Disparar e que além de tudo
Seja minha amiga.
Alguém que saiba
Os meus gostos,
E se identifique com
Os meus defeitos.
Que tenha palavras
Acolhedoras, e atitudes surpreendentes.
Alguém com quem
Eu possa dividir
As minhas dores,
E que preencha o vazio
Que as decepções
Anteriores deixaram .
Não busco por perfeição
Só quero encontrar alguém
Que dessa vez,
Não me abandone facilmente.
E que me ame de verdade
Eu morri pro mundo
Eu morri pra dor
Eu morri pra tudo que ele deixou..
Ao príncipe do mundo me rejeitei..
Pois ao povo escolhido me entreguei..
Aqueles lamentos não mais encarei..
Pois entrego os anseios de um alguém..
Alimento o desejo de um amar
Sem o mesmo sentimento de um buscar..
Pois sinto esta fé me aquecer ao menos um caminho irei encontrar..
Pois sinto a certeza em uma cor..
A certeza do brilho de um calor..
O calor da chama de um viver..
Um fogo envolvente que me faz crer..
A incerteza da vida sem mesmo ver..
Pois crendo no invisível consigo ter..
Antigamente eu pensava em buscar um amor
Hoje penso diferente
Procurou alguém para somar
Somar uma vida juntos
Unir planos e projetos
Construir uma vida
Fazer amor por fazer
É insignificante
Se compararmos
Com o verdadeiro amor
Que existe em cada um de nós
Que é amar incondicionalmente
Inconscientemente
Demonstrando
Com gestos
E atitudes
Provando todos os dias
Se reinventando
A cada manhã..
Poderia ter sido diferente. Acabou e eu não pude lhe dar o meu amor...Não conseguimos realizar nosso sonho de nos entregarmos um ao outro e assim vivermos nem que fosse apenas uma vez, ou alguns momentos...Uma linda história de amor!
Tarefa do dia: Diga eu amo você, beije e abrace... amanhã pode ser tarde. Tarefa de amanhã: Reclame e repreenda... se houver amanhã, você certamente já terá esquecido de executar essas tarefas!
RIVAL
O papai sempre gostava de dizer que “doido não tem juízo.” Eu, já digo que tem sim: apenas, em muitos momentos, “lhes faltam alguns parafusos.”
Há muitas histórias envolvendo esses personagens, com sofrimento mental; nas cidades grandes e pequenas, nesse mundão sem fim. Muitas delas, tristes; outras, engraçadas... Outras, nem tanto.
Em Campos Belos, conheci Rival; forte, de estatura mediana, usava cabelos longos, que nunca viam água. Ainda não totalmente brancos, afinal de contas ele só tinha cinqüenta anos; com uma pequena margem de erro, para mais ou para menos. E, uma imensa barba fechada.
Andava calmamente pelas ruas da cidade, sempre mastigando alguma coisa que a gente não sabia o que era. Andava e parava, ao longo de qualquer percurso que viesse a fazer.
Nessas paradas que fazia, geralmente eram para observar algo que lhes chamava à atenção; e sempre tinha uma coisa ou outra. Olhava os mínimos detalhes de tudo, com muito critério. - Como se tivesse mesmo fazendo uma vistoria minuciosa. E, em muitos casos, parecia discordar de algumas irregularidades que via: ao coçar, e balançar a cabeça negativamente, quando o objeto da observação não atendesse suas expectativas.
Morava num quartinho isolado na residência de um parente de primeiro grau, na Rua Sete de Setembro, próximo do açougue do Juá.
No final dos anos setenta e início dos anos oitenta, houve uma exploração de Aroeira muito intensa na região. Tempos depois, eu soube que a aroeira fora extinta no Nordeste goiano.
Paulo (in memoriam), o genro do Seu Farina (o italiano do Restaurante), trabalhava no transporte e comercialização dessa nobre madeira; e geralmente o fazia no Sul do Estado de Goiás; Minas Gerais e São Paulo. Em forma de mourões e laxas, muito usados em currais e cercas; pela sua potencial resistência em se decompor, na natureza.
Um belo dia...
Como de costume, Rival, subiu a Rua BH Foreman, atravessou a Av. Desembargador Rivadávia, e chegou ao calçadão em frente à Prefeitura Municipal.
Parou, e colocou a mão direita atrás da orelha, em forma de concha, para ouvir melhor o sino repicando a sua frente, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição.
Era o sacristão chamando os fiéis, para a “encomendação de um corpo.”
O curioso é que, naquele dia, ele não atendeu o apelo religioso, apesar de nunca ter perdido um enterro na cidade (tinha essa boa fama); mas, aproximou-se da Paróquia, e tomou a benção ao Seu Vigário, que estava posicionado à frente do Templo, recebendo o povo, para a cerimônia fúnebre.
Riscou o dedo polegar direito na testa, três vezes, e inclinou-se levemente para frente, em sinal de respeito ao Pároco, ao Santuário e ao falecido. Beijou um enorme crucifixo metálico, preso num cordão feito de argolas, de lacres de latinhas de alumínio; confeccionados artesanalmente, pelos presos da cadeia púbica local;
Olhava ao longe, o esquife num ataúde com a Bandeira do Brasil sobre ele, próximo ao altar; era um filho ilustre que havia “partido antes do combinado.”
Rogou a Deus por ele em silêncio, estendendo as mãos unidas,uma a outra, e levantadas verticalmente, rumo ao céus.
Deu as costas ao Reverendo, sem se despedir, e desceu a Rua do Comércio, enxugando com a manga da camisa, algumas lágrimas que insistiam em descer, lentamente dos seus olhos castanhos, se escondendo no emaranhado de sua barba; resultante do impacto da perda irreparável. – O Pároco lhe dissera o nome do falecido anteriormente.
Teve fome...
Já era meio dia e ele ainda não havia forrado o estomago.
Entrou na padaria de Zé Padeiro. Pediu um lanche, sem dinheiro. – “Não preciso de dinheiro: tudo o que vocês vêem, são meus...” deixava isso bem claro nas poucas conversas que tinha com as pessoas,digamos,normais.
A atendente lhe deu um pão dormido, sem manteiga mesmo - como sempre o fazia, e um café num copo descartável.
- “Capricha senhora!... É para dois tomar.” A moça colocou mais um pouquinho.
E ficou sem entender: pois não o viu acompanhado de mais ninguém!...
Ao retornar a sua casa, pelas mesmas pisadas, parou diante do caminhão em que Paulo trabalhava; que estava encostado junto ao meio fio, logo à frente; e conversava seriamente com ele. Sim! Com o caminhão.
Que estava cheio de laxas de Aroeira. Com uma ponta de eixo quebrado. Na porta do Armazém de Seu Natã.
O proprietário do caminhão, já havia pedido ao papai que desse uma olhada no mesmo; pois, teria que se deslocar até a Capital Federal, para comprar a referida peça. Pois não a encontrava na região, para repô-la.
Ainda que as faculdades mentais de Rival não funcionasse cem por cento; ele tinha um coração piedoso. Com certeza, aquilo era um Reflexo da criação que recebera de seus pais. Que por sua vez, eram pessoas muito religiosas e bondosas.
O sol estava a pino e não havia uma nuvem sequer, nos céus, para atenuar a sua intensidade.
Rival, por sua vez, continuava parado em frente ao caminhão, dando andamento na prosa...
Depois de ter observado por muito tempo aquela situação; de todos os ângulos possíveis. Continuava olhando, olhando,olhando... E, balançava a cabeça de um lado para o outro. Como quem não concordando com aquela situação.
E conversava baixinho, de maneira que só o caminhão ouvia:
- “Isso que estão fazendo com você é um absurdo, é uma desumanidade muito grande! Como é que pode tanto descaso, com um ser tão indefeso!”...
Falava com sigo mesmo:
- “Coitadinho!... quanta judiação!... Quanto tempo sem comer e sem beber; já cheirando mal, e cheio de poeira, com esse calor tremendo que está fazendo, não pôde até agora, tomar um banho para refrescar; como tem sofrido!”...
“Não tenho mais tempo a perder: tenho mesmo de fazer alguma coisa.” Pensava ele.
E, lhe sobreveio uma iluminura, procedente do seu coração grandioso: então, deu o seu lanche para o caminhão comer.
Antes de despedir-se, balbuciou quase imperceptivelmente, algumas palavras:
- “Tenha um bom apetite! Voltarei amanhã para ti ver.” E, foi-se embora balançando a cabeça, desaprovando aquele estado de coisas.
Repetiu o gesto de alimentá-lo, durante mais de quinze dias.
Todos os dias, sempre nos mesmos horários, ele deixava próximo à placa, um pão e um cafezinho, para o aquele pobre e faminto caminhão, alimentar-se; porque a “fome é negra”.
- 13.04.16
Ela vivia me dizendo: Se um dia eu descobrir que todo o carinho, mimo, atenção que você me dá é uma forma de você passar o tempo, que tudo não passa de uma brincadeira vou me zangar completamente, e deixarei de falar contigo
Cuidado não brinca com o meu coração...
Mas,foi ela quem acabou fazendo tudo isso comigo.
E eu vou trilhando o caminho que desenhei, passo por onde não queria passar para chegar onde quero estar. ✌
E enquanto a lua reluz e o brilho dos seus olhos serenam
eu desaguo de paixão...
Enquanto ventanas e ventanias me levam...
Eu vou rumo ao coração...
Sussurrando baixinho...seguindo meu caminho...
Nesse forte trovão...
E nada faz sentido...ou tudo tem sentido...nas rimas da nossa canção...
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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