Eternos Namorados
Eu já não acredito mais
Eu já não acredito mais,
Na promessa de eternos dias,
Nas palavras lançadas ao vento,
Nos sussurros que a noite desfia.
A esperança me deixou à deriva,
Às margens da profunda solidão,
Sorvendo a dor em um cálice amargo,
Onde antes brindava-se paixão.
Teu corpo é feixe de luz no crepúsculo,
Sedução que desfila sem pudor,
Um poema divino, irradiando esplendor,
Mas é miragem que o coração já não quer decor.
Teu sorriso, armadilha luminosa,
Prende, inebria e, cruel, entontece,
É a arte mais pura da sedução,
Mas é pintura que a alma já não conhece.
De fascinação se vestia o amor,
Em teus braços um falso abrigo,
Deixaste-me só, no limiar da dor,
Entre versos, me perco e comigo sigo.
Porque já não acredito mais,
Nas juras evaporadas ao amanhecer,
No amor que se faz de paz,
Mas é apenas poesia que não se pode viver.
Fomos criados para sermos eternos. Para desenvolvermos nossos potenciais como espírito e aprendermos a cooperar com a natureza e as forças da criação.
Existem amores eternos, passageiros, maternos e estrangeiro, amores de verão de outono e de invernos. Existem amores que te levam a porta do céu e te arremete ao inferno.
Quando se começa a estudar para o vestibular ou concursos públicos, aprendemos a ser eternos estudantes.
Toda verdade é uma crença Nenhuma teoria tem certificado de verdade absoluta
Somos eternos aprendizes de um mundo que se apresenta
Vivemos da experiência, filtrados pela inteligência.
Os momentos felizes que tivemos o privilégio de vivenciar com pessoas especiais . Serão eternos em nossas memórias.
CHUVA (soneto)
Chove lá fora. O meu peito também chora
São suspiros de velhos e eternos pesares
Da alma que desapegando quer ir embora
Uma tristura que diviso, repleta de azares
Chove... Que agonia se percebe de outrora
Ah! Quem falou pro agrado voar pelos ares
Em preces de ira, com o chicote e a espora
Deixando as venturas laçadas pelos alares...
Chove lá fora. Minh’alma também aflora
E eu sinto o que o cerrado também sente
O pingo quente, e abafada a aflição afora
E esta tal melancolia que no temporal uiva
Tão impiedoso e ruidosa, que vorazmente
Tem a sensação: - choro! E chove chuva!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Lembra de mim nem que seja para esquecer-me
lembra por um momento, pois momentos são eternos
e que seja eterno e terno nem que dure apenas um momento!
Não são Eternos
Não é eterna a rosa do jardim;
Não é eterna a beleza do jasmim;
Não é eterno o vôo simples do pardal;
Não é eterno o canto suave do cardial;
Não são eternos os olhos que me cercam;
Não são eternos os braços que me apertam;
Não são eternas as vozes que encantam;
Não são eternas as melodias que me inspiram.
Não são eternos, pois tudo que nasce se finda;
Não são eternos, pois tudo que começa, termina;
Não são eternos, mas não são esquecidos;
Não são eternos, mas com um pensamento, são sentidos.
Não podemos permitir que nosso passado influencie nos princípios eternos estabelecidos por Deus para nossas vidas, Conhecer o propósito de Deus faz com que nossa existência tenha sentido.
Na vida não somos eternos mas, a medida que envelhecemos, vamos aprendendo com o tempo a ganhar sabedoria para aceitar a evolução da mente e do coração, diante da perda do poder físico da juventude com o passar dos anos.