Estupidez
Classificação da mentira quanto a origem: MEDO, ESTUPIDEZ e AMOR. Medo: falta de coragem, covardia ... Estupidez: crueldade, irresponsabilidade... Amor: cuidado, medo de ferir... Talvez seja esta a única modalidade que contém um pouco de dignidade.
Neste mundão com mais negativo do que positivo, a falta de educação e a estupidez são a bola da vez,
e o carinho que é o alimento afetivo do coração, anda em escassez de produção.
A estupidez,
malandra, incorrigível,
se sentará na primeira fila
para ser notada...
Já a coerência,
confortavelmente,
se acomodará na última;
e discreta, recatada, tudo
observar!
A desigualdade hipocrisia injustiça escraviza contamina o avarento iludido, a estupidez cega condena.
A estupidez do ganancioso direciona ao caos e decomposição, o inteligente observa a veracidade para não cair no abismo assim os dias serão felizes e justos.
A pessoa que se faz de estúpida tem algo que ela teme. Ela pode fazer tanta estupidez, mas nunca vai trair a sua alma. (CASTIGO DA FEITIÇA 2018).
Fico muito feliz por saber que não estás triste por minha culpa, mas pela tua estupidez. Furucuto 2020
Às vezes os Sábios precisam fingir Estupidez para observar sem magoar os Estúpidos que se acham Sábios.
Quando a justiça faz valer normas a uniformizar o comportamento do povo, ela ultrapassa os limites da estupidez.
Tenho a náusea física da humanidade vulgar, que é, aliás, a única que há. E capricho, ás vezes, em aprofundar essa náusea, como se pode provocar um vomito para aliviar a vontade de vomitar.
Um dos meus passeios predilectos, nas manhãs em que temo a banalidade do dia que vai seguir como quem teme a cadeia, é o de seguir lentamente pelas ruas fora, antes da abertura das lojas e dos armazéns, e ouvir os farrapos de frases que os grupos de raparigas, de rapazes, e de uns com outras, deixam cair, como esmolas da ironia, na escola invisível da minha meditação aberta.
E é sempre a mesma sucessão das mesmas frases... «E então ela disse...» e o tom diz da intriga dela. «Se não foi ele, foste tu...» e a voz que responde ergue-se no protesto que já não oiço. «Disseste, sim senhor, disseste...» e a voz da costureira afirma estridentemente «minha mãe diz que não quer...» «Eu?» e o pasmo do rapaz que traz o lanche embrulhado em papel-manteiga não me convence, nem deve convencer a loura suja. «Se calhar era...» e o riso de três das quatro raparigas cerca do meu ouvido a obscenidade que (...) «E então pus-me mesmo dia nte do gajo, e ali mesmo na cara dele — na cara dele, hem, ó Zé...» e o pobre diabo mente, pois o chefe do escritório — sei pela voz que o outro contendor era chefe do escritório que desconheço — não lhe recebeu na arena entre as secretárias o gesto de gladiador de palhinhas [?] «... E então eu fui fumar para a retrete...» ri o pequeno de fundilhos escuros.
Outros, que passam sós ou juntos, não falam, ou falam e eu não oiço, mas as vozes todas são-me claras por uma transparência intuitiva e rota. Não ouso dizer — não ouso dizê-lo a mim mesmo em escrita, ainda que logo o cortasse — o que tenho visto nos olhares casuais, na sua direcção involuntária e baixa, nos seus atravessamentos sujos. Não ouso porque, quando se provoca o vómito, é preciso provocar um.
«O gajo estava tão grosso que nem via a escada.» Ergo a cabeça. Este rapazote, ao menos descreve. E esta gente quando descreve é melhor do que quando sente, porque por descrever esquece-se de si. Passa-me a náusea. Vejo o gajo. Vejo-o fotograficamente. Até o calão inocente me anima. Bendito ar que me dá na fronte — o gajo tão grosso que nem via que era de degraus a escada — talvez a escada onde a humanidade sobe aos tombos, apalpando-se e atropelando-se na falsidade regrada do declive aquém do saguão.
A intriga a maledicência, a prosápia falada do que se não ousou fazer, o contentamento de cada pobre bicho vestido com a consciência inconsciente da própria alma, a sexualidade sem lavagem, as piadas como cócegas de macaco, a horrorosa ignorância da inimportância do que são... Tudo isto me produz a impressão de um animal monstruoso e reles, feito no involuntário dos sonhos, das côdeas húmidas dos desenhos, dos restos trincados das sensações.
Não se confunda o imbecil com o boçal. Imbecilidade é inteligência em proporção mínima, enquanto se pode ter pessoas tão inteligentes quanto boçais na mesma proporção. Boçalidade é quando o indivíduo exibe tão arrogante, estúpida e grosseiramente valores típicos de um imbecil que não deixa dúvidas de que os entende como a melhor de suas qualidades.
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