Estrada
No chicote das lembranças, a gente avança para o fim da estrada, impulsionado pela dor dos erros que não podemos mais corrigir.
Se a estrada for indubitavelmente fácil, desconfie do destino. O que o espírito busca exige a fricção de um caminho que prova o seu valor.
Ao tentar fugir não se lembrou das sandálias, pisou em estrada rochoso em solo áspero, levou consigo feridas abertas nós pés, mas quem se importa com feridas nos pés enquanto se carrega feridas na alma.
O que parece fim é apenas curva da estrada.
Siga com firmeza e dignidade, e verá que cada obstáculo carrega uma nova possibilidade.
MUITO ALÉM DE UM JARDIM.
Todos os dias um jardineiro passava por uma estrada cheia de flores, parecendo um jardim. No entanto o jardineiro não se importava muito com aquelas flores à beira da estrada.
Muitas delas murcharam e morreram.
Mas quando ele chegava ao trabalho pelo qual era pago para fazer, ele as tratava com muito amor e carinho.
Acontece que certo dia o dono do jardim foi buscá-lo em sua casa, no caminho ele olhou para aquelas flores ressecadas e murchas.
Curioso perguntou ao jardineiro. Porque você deixaste morrer as flores que fazem parte do seu caminho?. O jardineiro ficou assustado sem saber o que responder ao patrão.
Com a voz trêmula disse patrão elas não fazem parte do meu trabalho, não tenho obrigação cuidar delas
O patrão respondeu: "Como você pode dizer isso? Essas flores não fazem parte do seu trabalho, mas fazem parte do seu caminho.
Todos os dias você passa por essa estrada então por que não cuidou delas?", Disse o patrão ao jardineiro. "
Você está demitido, você só faz aquilo que te pagam para fazer, é quem só faz aquilo está sendo pago para fazer, não está preparado para cuidar das coisas que que está ao seu redor, principalmente das minhas flores.
"Você cuida do meu jardim, sabe que as flores merecem muito cuidado, é você deixou essas flores morrerem só porque não encontrou alguém que te pagar para cuidar delas." O jardineiro ficou calado baixou a cabeça, não teve palavras para responder o questionamento do patrão.
Moral da história.
Será que estamos preparado para cuidar das flores que surgem todos os dias em nosso caminho?
Será que estamos cuidando delas sem esperar ganhar nada em troca? Cuidar do nosso trabalho é muito importante, mas também é muito importante cuidar do caminho que nos leva até ele.
Muitas vezes fazemos como jardineiro, não se importamos com quem não se importa conosco, é acabamos deixando morrer as flores que todos os dias cruzamos em nosso caminho.
Devemos seguir o exemplo do patrão. Visitar sempre a morada dos outros, é observar o caminho que ele faz todos os dias para chegar aos seus objetivos.
Muitas flores murcharam pelas estradas que passei por que não reguei como deveria reguar.
É importante fazer a diferença por onde passamos ate por que nunca saberemos quando o patrão virá até a nossa morada, e se um dia ele vier não corremos risco de ser pego de surpresa.
Regue as flores que estão a beira do seu caminho, não importa de quem seja o jardim.
Eraldo silva.
A ESTRADA.
A vida é como uma estrada com duas vias, uma em que nós seguimos em frente e outra em que o tempo avança em nossa direção. Chegará um momento em que teremos que parar e apenas o tempo continuará a avançar.
O sucesso.
Ser-se de sucesso, é sentir-se uma tsunami numa pocinha de água na estrada da vida.
Contido,sem alarde e com a respectiva humildade no bolso.
Para quem for bocejado pelo sucesso,e não importa que sucesso seja,não se deve tornar numa especie de Concorde.
Porque até o Concorde caiu e o Titanic afundou.
São raros os casamentos, tão leves e memoráveis, quanto aos das estradas descobertas com o café recém-passado noutra cidade.
Que o Senhor da Vida liberte os que trilham as Estradas da Saudade calçados com as Sandálias do Remorso!
Amém!
Que o Senhor da Vida liberte os que trilham as Estradas da Saudade calçados com as Sandálias do Remorso!
Amém!
Liberta, Senhor!
Arrebentai as Sandálias do Remorso de todos que revisitam as lembranças dos que partiram antes de nós!
Saudades, sim — Tristeza, não!
Amém!?!
Porque a Saudade, por si só, já é estrada longa o bastante — feita de Memórias, Silêncios e Ausências que aprendem a conversar conosco.
Mas há quem caminhe por ela ferindo os próprios pés, calçado com as sandálias do arrependimento.
São passos, às vezes, demasiadamente pesados, que machucam o coração a cada lembrança do que não foi dito, do abraço adiado, da reconciliação interrompida...
No entanto, a verdadeira cura começa quando entendemos que o amor não termina com a partida — apenas muda de endereço.
E quem parte não deseja nos ver presos ao que faltou, mas gratos pelo que foi vivido.
Descalçar o remorso é um gesto sagrado: é permitir que a saudade volte a ser caminho de amor e não de castigo.
Que possamos, então, revisitar nossas lembranças com a graça de quem sabe que o perdão é o único calçado capaz de levar a alma em paz, sobretudo pelas estradas pavimentadas pela Saudade.
Amém!
Estrada da Vida
Na estrada da vida, começamos a viagem carregando beleza, pureza e sonhos.
Os primeiros quilômetros surgem cheios de costelas de burro, sacudindo a alma e testando a coragem.
Seguimos assim, ano após ano, atravessando curvas inesperadas, subidas cansativas e retas que parecem nunca terminar.
E então, um dia, percebemos que talvez estejamos nos aproximando do trecho final.
Mas, em vez de acelerar, a sabedoria nos convida a reduzir a marcha.
Afinal, é quando desaceleramos que a paisagem revela sua verdadeira beleza —
e a vida, enfim, mostra o valor de cada detalhe que antes passava despercebido.
Cléber Novais.
TANKA 006
Oh suave olhar!
Na estrada do impossível,
Esse meu desejo:
Sentir os teus lindos lábios,
Nesse poético enredo.
Dois homens caminham por uma estrada em sentido contrário, cada um trazendo consigo um pão. Em determinado ponto, os dois se encontram, trocam os pães e cada um segue adiante levando um pão. Em outra estrada, dois homens também caminham em sentido contrário e cada um deles traz consigo uma ideia. Em determinado ponto, eles se encontram, trocam as ideias e cada um segue seu caminho, levando agora duas ideias.
A diferença entre carros e motos em auto-estrada está no fato de que os carros têm origem, também destino. Surgem sempre de algum lugar e aqueles que os dirigem sabem para onde vão. Já as motos, não. Não existe um ponto de onde saem. Elas são aparições repentinas em qualquer estrada. Motos, pra dizer a verdade, são fantasmas. Surgem do nada, em alta velocidade, vão para o nada, e dispostas a tudo. Inclusive a nos transportar também para o nada, na companhia de seus pilotos que parecem não ter nada a perder...
Uma estrada só deixa saudades para aquele que sabe apreciar as paisagens e sonhar além do horizonte.
