Estava um Pouquinho Ocupado Desculpe me
Em um minuto, ela estava aqui e, no outro, havia esse enorme vazio na nossa família que, sendo sincera, nunca foi preenchido.
Você despertou em mim um sentimento que há anos estava empoeirado, a luz que outrora apagada no meu silencioso quarto escuro. Na minha consciência uma voz bem alto gritava e tão empolgada dizia "é ela que você tanto esperava por anos e anos e finalmente ela chegou
Se eu soubesse o que meu coração estava me dizendo
Não sei o que estou sentindo, isso é só um sonho?
Se eu pudesse ler os sinais na minha frente
Eu poderia encontrar o caminho para quem eu deveria ser
Uma vez eu caí enquanto caminhava pela rua. Eu levantei e comecei a rir e um cara que estava do outro lado da rua me vendo fez o mesmo.
Te vi na pele de um personagem
Mas naquela plateia meu lugar estava vazio
E mesmo assim sua luz me inspirou curiosidade
Tentando interpretar a sua atuação
Para um dia dar continuação a sua deixa
E dizer q o mundo gira em torno da sua arte
E a sua arte gira em torno de você
Continue sempre brilhando mesmo se nao tiver luz
Pq vc sera sempre o centro desse pequeno universo
POEMA À MORTE
Estava nascendo
Podia sentir a sua respiração!
Não sabia ainda se seria um poema alegre
Ou triste,
Mas já percebia que seria intenso
Faltava pouco, muito pouco
Apenas algumas palavras
Encontrar a rima ou o ritmo final
E dar alguns retoques
Ah desgraça sem graça!
Musas implicantes,
Senhoras da pirraça!
Quase nascendo,
O poema não encontrou a rima
Quebrou o pé de maneira infame
Antes de dar o primeiro passo
Olhou-me, triste,
Entre envergonhado,
E lamentoso
E foi puxado para o inferno
Das obras não realizadas
Enterrei-o de maneira singela,
Com honra
mas sem grandes funerais ...
E chorei pela sua alma
Durante toda uma semana
Às vezes, mesmo hoje,
Tão longe no espaço-tempo,
Posso ainda vê-lo à morte
Com a respiração ofegante
Diminuindo pouco a pouco
Coberto com o manto negro
Das palavras que apenas mancham papéis
Sem frequentar a boca das pessoas,
Ali está ele - entre as frias paredes da memória
soltando seu último suspiro
[publicado na Revista da Academia Lagartense de Letras, vol.1, nº7, 2021]
Eu perguntei à um evangélico o que ele estava fazendo em uma igreja, e ele me respondeu com a palavra mais hipócrita que vi em minha vida, ele me respondeu com um ignorar - A minha vida foi feita de tristezas e desfazeres, o que fiz apenas foi pensar, e se eu um dia morrer e me encontrar com ele num paraíso, minha emoção seria a de um ignorar?
Hoje eu acordei de um pesadelo em que voce nao estava ao meu lado... e a verdade fez doer!
Recolho do chao os pedacos espatifados de amor quebrado e o orgulho de nao te procurar!
A felicidade quimerica esta estampada em meus olhos que ofuscam o brilho arcaico da lembrança!!
Estou buscando sentido onde nao deveria ter e a saudade transborda no vale da tristeza..
Sinto sua falta... mas sinto mais falta de voce sentindo falta de mim!
Está acentuado!
Coloquei, mesmo sabendo que estava errado. Sem prévio aviso nem um breve consentimento.
No lugar incorreto deu um tom a mais, sem esforço para ferir a gramática que no final, feriu todos.
Um acento, sem lembranças, torna-se um ponto de aposento; o futuro que de longe não é obscuro, aguardava um nome escondido atrás do dicionário, que insistem em chamá-lo de "pai dos burros"...
-Acento agudo? Assenti com a cabeça uma pronúncia que parecia minha sentença.
-Tem certeza que é assim? Perguntou-me o pobre rapaz que é um bom ourives, mas não escreve muito bem!
Sim, e não, respondi-lhe com deboche. Afinal, quem nunca assentou para pensar se o acento estava de fato, no lugar certo?
Não rasura a epígrafe pois é um selo de morte, se em vida ainda com ela tiver, nada vai mudar minha pequena sorte...
Senta e espera com paciência. O acento é agudo, mas a pronuncia é demorada! (...)
Eu estava na fila do Bradesco quando um senhor me perguntou "O que preciso fazer para ser prime?" Respondi prontamente: Se transformar num Camaro.
MALDITA SEJA!
Depois de um dia cansativo, eu já estava deitada.
Senti a presença dela, meus olhos estatelados.
Ela, não sei como, conseguiu as chaves das minhas portas.
Eu já não aguentava mais trocar os cadeados e os segredos.
Andou visguenta e ardilosa até a beira da minha cama…
Eu não podia acreditar naquela visita, já madrugada.
Sentou-se na beirada, esticou sua mão e tocou meu corpo.
Estremeci, sentindo o seu toque aveludado e perturbador.
Ela fazia a minha cabeça girar, abarrotada de pensamentos.
Virei para o outro lado tentando ignorá-la.
Ela, não se dando por vencida, aproximou-se ainda mais.
Deitou-se ao meu lado e abraçou-me com toda força.
Quase sufocou-me com os seus longos braços e pernas.
Imobilizada, mal conseguia raciocinar; sentia o hálito quente.
Rememorei os remédios que tomei para livrar-me dela.
Com todo o esforço, consegui me mexer: tudo doía.
De um lado, para outro, e ela ali, feito parasita.
Alcancei o controle e liguei o televisor.
Ela queria atenção e começou a pular na frente da tela.
Levantei-me atordoada e circulei pelos espaços.
Ela ao meu lado, matreira, imitava os meus passos…
Abri a geladeira, peguei algo branco para beber.
E ela ali, sorrisinho sarcástico, não queria ir embora.
Decidi fazer funcionar o chuveiro na água morna.
Despi a minha roupa e senti aquela líquida carícia..
Ela avizinhou-se na porta de vidro e espreitou-me.
Então, trajei uma roupa bem mais confortável…
Toquei os lençóis do leito para ver se ela postulava.
Acendi um incenso forte para ver se ela enjoava.
Peguei o celular e ela, egoísta, o derrubou no chão.
O meu corpo pequeno e moído, eu não consegui mais lutar.
Asfixiada, abri todas as janelas para entrar o ar…
Mas ela sacudia as cortinas, sem parar, sem parar…
Abri um livro grosso, história fastienta, letras bem miúdas.
E ela se acomodou pegajosa no meu colo para ler junto.
Já era tão tarde, e eu tão cansada, madrugada adentro…
Eu não poderia ceder aos seus desencantos.
Tentei concentrar-me nos sons das ruas… Ela sibilava.
Liguei uma música baixinho, e ela tamborilou forte os dedos.
Eu quis morrer só um pouquinho naquele momento…
Juntei as forças que eu tinha e a joguei contra a parede!
Mas ela se levantou imperiosa como se nada tivesse acontecido.
Olhei para a janela e o sol, mansinho, já dizia “bom dia”.
E ela foi-se arrastando, de volta às profundezas das trevas…
Chorei, debatendo-me, abraçada aos travesseiros.
Gritei com todos os meus pulmões: MALDITA SEJA!
– Vá embora da minha vida, maldita INSÔNIA!
Esta noite eu a vi, ela estava com um vestido vermelho sangue, mostrou-me o seu rosto, o seu corpo e um revolver, ela não é feia como muitos dizem, eu acho que a morte está tentando me seduzir.
Há exatos 2 meses atrás eu estava ali, sentada na mesa de um bar dando risadas altas enquanto você contava suas histórias. Por um lado respirava aliviada por ter encontrado alguém que em meio a todo aquele caos via o mundo de uma forma diferente, por outro resmungava com Deus por ter procrastinado tanto em me mostrar esse alguém.
Eu tentei de todas as formas evitar a composição desse texto, mas você me seguia em todos os lugares. As séries, as músicas, as ligações de 5h, seu trabalho, parece que o universo conspirava para que de algum modo as pessoas tocassem em algum assunto que lembrasse você e eu nem posso acusar de plágio, pois mais uma vez você está em vantagem, 17 anos na minha frente.
Por isso estou aqui, pra dizer que estou vestindo minha armadura e fugindo, que serei covarde e não ficarei. Que morro de medo de me apegar e sofrer. Que eu me achava madura demais até lhe conhecer. Que você me tira o controle da situação, me faz quebrar padrões, gostar de Pink Floyd, admitir que estou errada, me dá vontade de correr e ao mesmo tempo ficar e tentar decifrar no seu olhar de lado o que nem a sua mãe conseguiu.
Vai ser melhor assim, para mim que não criarei expectativas e para você que economiza a paciência que perdia ao me entender. Entre as tantas lições que aprendi com as conversas no seu carro, uma delas é a que a gente só fica onde nos cabe. E nem foi preciso ler meu Filósofo favorito- Que por acaso tem o mesmo nome que o seu- pra entender isso, com você eu entendi que nem tudo está nos livros.
Adeus.
Quem era ela?
Lá estava eu, sentado no ponto esperando minha condução, e um pouco mais à frente, tinha mais um ponto, e antes eu não tinha reparado que havia uma menina tão linda no meio de tantas pessoas. Sem que ela percebe-se, a cada dois minutos eu olhava para ela. Ela estava com fones de ouvido e viajando no mundo da lua ou no mundo dela. Embora eu não sabia como chegar perto dela e dizer sobre sua beleza e conhecê-la, eu fiquei na minha, até que minha condução chegou e eu fiz um sinal para que o ônibus parasse, e pode não ser real, mas ela subiu no mesmo ônibus que eu e eu deixei que ela passasse na minha frente. Dentro do ônibus, ela já não estava mais de fone, e a cada um segundo ela me olhava e eu, timído como sou, fiquei desviando os olhares até que ela fixou e me chamou para que eu sentasse ao lado dela. Quando ela abriu a boca e começou a falar, eu me perdi no tom suave, nos olhos verdes e no sorriso dela, que além de ir canto a canto, era perfeito. Nos conhecemos e eu troquei telefone com ela, e ela desceu antes de mim. Mas isso tudo era uma visão. Quem era ela?
O escracham como louco
Acharam que estava inconsciente
Pois este foi um dos poucos
Que tirou as grades da mente
Holofotes o cercavam
Mas uma coisa o intrigava
O homem que tinha tudo
E ao mesmo tempo não tinha nada
Decidiu por vez
Experimentar a liberdade
Holofotes não o cercam mais
Porém hoje é feliz de verdade.
Ontem eu encontrei um papel dobrado (o início de uma carta sem final) kkkkk, e lá estava escrito "eu nem sei como começar uma carta pra ele” ele no caso, é você . . Dei risada e lembrei que em todo esse tempo, mesmo eu nunca tendo escrito nenhum texto sobre você, por diversas vezes procurei definir o que significava pra mim (digamos, como namorado) . . pq você é meu melhor companheiro, mesmo sendo egoísta e sarcástico.
Eu não sei pq exatamente você não mereceu um texto meu, quando me esperou por horas num domingo qualquer . . Ou quando fez uma playlist baseada no meu ótimo gosto musical . . "ai mds"
Tbm não sei pq eu não escrevi um texto quando você elaborou a xícara tema do meu livro favorito.
Talvez eu devesse ter escrito um texto pra você naquela semana em que terminamos por meras bobagens, e no fim eu percebi que a vida é tão sem graça quando não tenho você.. No fundo nos precisávamos. E eu podia ter escrito um texto para você, pq claro que eu senti uma falta absurda . . Mas ainda assim, eu deixei passar em branco nenhuma linha sequer sobre isso! Dps eu tbm podia ter escrito sobre aquele dia que me fez surpresa na estação, um par de adesivos com figuras nossas, eu não conseguia parar de rir pelo susto, ou de agradecer por tamanha dedicação. . Eu nunca pensei em dizer isso mas . . hoje eu vejo que meus pensamentos, meu jeito de falar, até meu jeito zuar, tudo é você, quando eu faço uma amiga feliz com alguma ironia barata (inspirada em você, é claro), tudo é você, quando eu fico em casa, sem vontade de sair pra conhecer novas pessoas . . Eu sou mais você do que fui qualquer homem que passou pela minha vida, eu sempre amei mais a sua companhia do que qualquer outra e ainda assim, nunca, nunquinha, eu escrevi sequer uma palavra sobre você . . Até hoje, até essa madrugada em que pude perceber o quanto eu o amo, foi a primeira vez que eu pude me enxergar de branco dizendo: eu aceito.
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