Estar em dois Lugares ao Mesmo Tempo
Valsa sem fim.
Imagino nós dois, dançando acordados,
Ao som de Djavan, com taças de vinho em nossas mãos.
Você vem até mim e me beija —
Seus lábios cor-de-rosa tocam os meus,
Nossas línguas bailam em uma valsa sem fim.
Eu não me canso de olhar-te.
Olhar no fundo dos teus olhos castanhos como cobre
É como olhar o paraíso — se é que isso existe.
Nos seus cabelos, a noite se manifesta:
Uma cortina de escuridão
Que abraça minha alma e me conduz
Por um universo de emoções.
E enquanto dançamos,
Me pergunto:
Será amor, ou só o desejo de não estar só?
Talvez seja ambos.
Talvez nem um, nem outro.
Mas ali, nos seus braços,
Eu existo.
Existem dois de mim: existe o “eu novo”: vida louca, rock and roll na veia e que vive de maneira intensa e até mesmo inconsequente, já que o meu “eu velho” deve, no futuro, consertar as merdas que eu faço hoje.
Pois é, existe sim o “eu velho”, que não se excede, que guarda dinheiro, que não sabe o que é vida louca, que jamais viaja, que não acorda de ressaca e que espera, ansioso, para aproveitar as coisas inerentes ao “eu novo”. Isso quando ele tiver tranquilidade.
Mas afinal de contas, o que é tranquilidade?
E se não der tempo do “eu velho” acudir o “eu novo”?
E se o “eu novo” morrer antes que o “eu velho” possa materializar-se em um ser humano intenso?
E se o “eu velho” simplesmente estiver entediado e não quiser sair na defesa do “eu novo”, relegando-o ao ledo esquecimento?
Afinal de contas, quem explora quem na minha cabeça?
Penso que o ideal é que os dois um dia se conheçam, e que tomem uma cerveja juntos, em algum boteco leviano, em pleno centro da cidade.
Você só tem dois caminhos para escolher: o que te leva aonde quer ir e o que te leva para onde todos vão!
Eu te desejo uma sessão de cinema no Buriti Shopping, com dois glutões roedores de pipoca e chupadores de refrigerante acabado, e você no meio, sem pipoca e louco pra ver o filme!
Foi um dos meus últimos plantões desse ano.
Dois veículos, ambos com dois ocupantes cada um, foram abordados pela Policia Rodoviária Federal em um bloqueio de rotina. O da frente não obedeceu à ordem de parada do policial, e investiu sobre o mesmo. Logo em seguida, empreenderam fuga pela BR 153.
Foram perseguidos por forças policiais, e sem alternativa, os dois veículos foram abandonados em um matagal nas proximidades da rodovia. Três indivíduos conseguiram evadir-se do local, e apenas uma moça foi encontrada ainda dentro de um Toyota Corolla, local no qual os policiais também localizaram munições e entorpecentes (em grande quantidade).
A moça foi encaminhada à Delegacia de Polícia, e em interrogatório, chorou, se fragilizou, tentou comoção afirmando categoricamente que não conhecia nenhum dos indivíduos que haviam logrado êxito na fuga, e que apenas lhes pedira carona na BR 153. Que não tinha conhecimento do que transportavam.
Algum tempo depois, o COD foi acionado para a perseguição dos três indivíduos mata adentro. À princípio localizaram um deles, que reagiu à abordagem policial, e foi alvejado. Foi socorrido, mas veio a óbito.
Como de praxe, foram à Delegacia de Polícia para requisição de Laudo para Exame Cadavérico, momento que foi aproveitado para confrontar a referida moça autuada. Ela, sem um esboço sequer de qualquer emoção, continuou a afirmar que não conhecia o “de cujus”, e que nunca o vira antes.
Mais algum tempo depois, outro comparsa foi conduzido à Delegacia de Polícia pela PRF, os quais lhe deram ordem de prisão em flagrante assim que o avistaram.
Já na Delegacia de Polícia, este último indivíduo, ao cruzar com a moça acima mencionada, gritou:
- Caramba, a namorada de fulano (morto) caiu (foi presa)!
Então, é isso.
A moça foi novamente confrontada e dessa vez confessou que realmente o “de cujus” apresentado a ela era seu namorado, e que tinha conhecimento de todos os fatos.
Dessa vez ela chorou mais ainda, enquanto meu estômago revirava pelo fato de estar frente a frente com uma “pessoa” que se utiliza da “emoção” apenas para proveito próprio.
Mas meu estômago se revirou ainda mais quando o fato dela querer me enganar, me trapacear, me golpeou muito mais que um corpo inerte, em um caburão de polícia. Não que eu devesse me descabelar em razão de um traficante que morrera em confronto com a polícia, mas sinceramente, naquele momento, orgulho e morte travaram uma luta interna em mim, e o primeiro venceu.
E foi exatamente quando meu orgulho levantou a taça de campeão, que eu decidi parar com o que eu tanto amo, pelo menos por alguns meses.
Esse é o meu método de defesa.
Sempre que eu não consigo me orgulhar do que sou, diante de alguém, diante de alguma situação, em uma cidade, em um País, eu vou-me embora.
Foi isso que eu fiz, e é isso que eu quero para 2018.
Não, eu não sou “boazinha”, nunca fui e talvez jamais serei! (nem quero e não me confundam, por favor!).
Mas eu quero ter orgulho dos meus sentimentos, do que eu realmente sou, ainda que mesmo pequenina, eu não caiba nesse conceito de “inha” aí.
É isso.
Só isso.
Você decidiu sozinho por nós dois.
E não há sequer obscuridade em sua decisão, logo não recorrerei.
Considere-se trânsito em julgado.
Registre-se.
Publique-se.
E foda-se
Alguém que se orgulha em ser manipulador tem dois tipos de pessoa atrás: quem está lá para bajular até conseguir o que quer, e quem só permanece na amizade até perceber essa falta de caráter do(a) outro(a). Geralmente os dois tipos são mais inteligentes que o manipulador.
SUPERLUA ROSA
Manto negro
Alguns pontos luminosos
Não fala, nem se manifesta
Oito de abril de dois mil e vinte
Lua está cheia e em seu perigeu
Se falasse e se manifestasse
Apreciaria cerejeira em flor
E acalmaria qualquer coração
Que está em aflição ou cheio de amor
A flor espreita o pirilampo
E a superlua aprecia flores novas no campo
Eu no meu quarto sinto mais, ou menos angústia
Nesta fase de quarentena mundial
(Em respeito aqueles que trabalham por mim, para mim e para o outro
Estou em casa em trabalho remoto
Lavo as mãos com água e sabão
Álcool gel 70% para nenhum vestígio de impureza)
Porque tudo está escrito...
Eu aceito, eu respeito
Conversa a distância ou da janela
A superlua rosa mais bela
"Lembro daquela tarde de verão, nós dois juntos na areia da praia, caminhando de mãos dadas, vendo o sol a admirar, com um sorriso estampado no rosto, um amor que nos dava gosto, com a felicidade escrita nos olhos, onde palavras não podiam explicar".
Quem sabe ouvir bem é mais amado do que quem sabe falar bem. Há uma clara razão para termos dois ouvidos e uma boca. A língua tem poder de bênção ou maldição; seu domínio é virtude preciosa. Estamos perdendo, coisas e pessoas, por falar na hora de calar. Cuidado com as pessoas que falam demais; são vento puro. Quem fala mal de alguém com você, fala mal de você com alguém. Conselho de amigo: Quando você estiver nervoso, não fale, respire e cale. O amor precisa banhar nossa fala. Vamos nos aquietar aos pés do Senhor! Que nossas palavras sejam sábias e temperadas. O que há de vir virá e não tardará.
O A DOIS E O ADEUS
Demétrio Sena, Magé – RJ.
O desenlace matrimonial significa a imediata ou gradual divisão de bens, afetos e opiniões. Raras vezes, nem há divisão de bens, mas de afetos e opiniões é tão certo quanto o nascer e o pôr do sol. A cada um, cabe uma parcela de amigos; um pedaço do filho – ou de cada filho –; alguns parentes de lá e de cá e determinadas opiniões contrárias e favoráveis.
Pagamos pelo enlace, um preço que se apresenta em formas de problemas inéditos, contas, aborrecimentos, surpresas em relação ao caráter do outro e desgastes que só o amor justifica em seus desempenhos e na própria existência, pela qual tudo vale a pena. Quando vem a separação, o preço é muito maior. Não há como escapar dessa espécie de multa por quebra contratual, devolução ou não cumprimento daquelas juras de amor eterno.
De ferida em ferida vamos nos curando em novos ‘negócios afetivos’, de natureza romântica/matrimonial ou não. Algumas vezes retomamos os afetos rompidos, com novas juras e perspectivas mais realistas a nosso ver. Há que se ter muita coragem para começar, interromper, tomar novos rumos, retomar os rumos interrompidos ou assumir definitivamente a solidão. Sabemos de antemão que a promissória virá, seja qual for o caso.
Tudo é vida e viver acumula consequências. Temos que arcar com todas elas e não adianta nem pensarmos em fugir. Também não adianta nos fazermos de mortos, pois pagaremos os preços, mesmo dos atos não praticados e daquelas escolhas não feitas. Pecaremos eternamente por comissão, omissão, até por suposta inocência ou neutralidade.
DOIS MOMENTOS BEM MEUS
PARTIDO INJUSTO
Demétrio Sena, Magé – RJ.
Cada um que se arranje
ou se desarranje
com as causas, efeitos
de seus desamores...
Suas mágoas, rancores,
os acertos, os erros,
nem os ferros, as farpas
e suas feridas...
Ninguém tem que optar
por um lado,
se de ambos os lados
há pessoas queridas...
D. S.
SOLITARIEDADE
Demétrio Sena, Magé – RJ.
Se meu afeto
tem placa de aviso,
tenho bom senso;
evoco a ética
e o juízo.
Não tenho carinho,
não me preocupo
nem tenho lembranças;
nostalgia;
nenhuma empatia;
solidariedade.
Respeito as cinzas
da rabugice;
da solidão;
da privacidade.
CONVERSÊ BÍBRICO
Demétrio Sena - Magé
Na longa fila do banco, a conversa entre dois idosos evangélicos, aparentemente conhecidos um do outro, estava bem animada:
- Paz do sinhô, irmão! Faz tempo que nóis não se vê!
- A paz, irmã! Sube que a sinhora tá com netinho novo! É home, né?
- isso, irmão! É um varão abençoado!
- Qual é o nome dele, irmã?
- É bíbrico, irmão; quero vê se o sinhô adivinha!
- Hum... é Jusé? Sadraque? Abidinego?
- Não. Vô dá só uma dica. É o nome da pessoa que botô os animá na arca de Noé!
- Aí a sinhora já disse! O nome dele é Noé!
- Noé? Não, irmão! O nome dele é Abraão! Foi Abraão quem botô os animá na arca!
- Não, irmã; foi o Noé mermo; ajudado pela famía!
- Nada disso! Eu sô professora da escola dominicá! Sei o que tô dizeno!
- Irmã, me adescurpe; mas acho que a sinhora tá inganada...
Foi, não foi; não foi, foi; parecia o poema OS SAPOS, de Manuel Bandeira. O diálogo foi esquentando, com ambos querendo saber mais que o outro, até que um senhorzinho franzino, enfiado em um terno laranja e com cara de veterano em assuntos "bíbrico" resolveu entrar na questão.
- Os sinhores me adescurpe; mas os dois tão errado. Não foi Abraão nem Noé quem botô os bicho na arca.
- Uai; mas entonce quem foi, se não foi nenhum deles? - Perguntou a mulher, com ares de muita indignação.
- É, eu tomém quero sabê; proque agora fiquei na dúvida. - Desafiou o outro.
- Foi Pilatos, meus irmão na fé... ocês tomém são invangélico, num são?
- Somo sim. Somo - Respondeu a mulher -; mas fala, irmão. Eu nunca sube dessa; que foi Pilatos quem botô os bicho lá.
- Eu tomém não; mas o senhô tem arguma prova? Prova mermo? Bíbrica?
- Os dois pense comigo: quem a Bíbria disse que lavô as mão? Num foi Pilatos?
- É; isso foi, mas... - A mulher tentou questionar.
- Pois entonce, meus irmão! Se Pilatos lavô as mão, foi proque as mão ficô tudo suja, de tanto animá que pegô!
- Agora o sinhô pegô nóis.
... ... ...
Respeite autorias. É lei
AMIZADES E "AMIZADES"
Demétrio Sena - Magé
Entre dois amigos, os conceitos de amizade costumam ser diferentes. Algumas vezes, conflitantes. Mas quando as diferenças ou conflitos não desaguam em amizade unilateral, nada fere o sentimento nem desata o laço. Amizade unilateral é quando só um se importa com o outro. Só um procura, chama, inclui, dentro de suas possibilidades reais, e sabe que um sentimento sincero sempre tem possibilidades reais. Esse saber é fundamental na manutenção de uma amizade... sem ele, o relacionamento unilateral definha, com o tempo, porque o próprio tempo conspira contra tal critério de envolvimento.
Nas amizades bilaterais, as diferenças de pensamentos não envolvem graus diferentes de amizade. Não sustentam uma amizade maior de um lado, menor do outro. Nenhum dos lados é egoísta, personalista, sonso e traidor. Um lado pode ser esturrão, explosivo, difícil de dar o braço a torcer em questões cotidianas e, até injusto por algum tempo, nessas questões... mas o consenso final é sempre certo. Sempre existem ajustes, considerações e os apelos afetivos capazes de aparar as arestas, sem deixar cicatrizes. O que não ocorre, de modo algum, é a condição de uma amizade ser mantida depois de uma traição; uma "rasteira"; uma sucessão de mentiras graves, atos antiéticos, silêncios e distanciamentos desnecessários de um lado, até que o outro se cansa e silencia, de uma vez. Afasta-se definitivamente.
Em um todo, é a falta de sinceridade, transparência e franqueza que resulta o esfriamento gradual ou imediato do lado sincero, transparente e ativo da amizade. O mais espantoso é que, depois do fim desse relacionamento, aquele ou aquela que gradualmente gerou o desgaste, o cansaço e a desistência no outro, é quem há de gritar aos quatro ventos que, a amizade acabou porque o outro lado foi incompreensivo. Não foi longânimo. Pior que foi. Só não foi de aço, de gelo ou mármore. O que sempre correu em suas veias foi sangue de verdade. Sangue humano.
Mas, ó: estou separando amizades unilaterais de amizades bilaterais, aquelas em que ambos os lados, com suas diferenças, até gritantes, são iguais em nível, relevância e profundidade.
... ... ...
Respeite autorias. É lei
Eles eram dois universos distintos,
planetas que giravam em órbitas diferentes,
mas ainda assim, encontraram um caminho entre as estrelas.
Um amor que floresceu entre sombras e silêncios,
feito de encontros e despedidas,
de mentiras sussurradas e perdões silenciosos.
Não era perfeito, nem eterno
mas era real, pulsante, bonito na sua imperfeição.
Eles lutaram contra as tempestades internas,
abraçaram o caos e o medo,
deixando que o coração falasse mais alto que o orgulho.
Mas chegou o momento de cada um seguir seu destino,
porque amar também é deixar ir.
É entender o tempo um do outro e respeitar.
Agora eles estão longe, dividindo o mesmo céu,
só que em lugares diferentes,
onde o silêncio fala mais alto que as palavras não ditas.
O fotógrafo e o escritor são dois protagonistas ocultos da história do mundo... Um registra através de imagens e o outro descreve os detalhes da história.
Há saudades que nos cicatrizam
Existem dois tipos de saudade: aquela que cresce em tamanho, mas que a vida nos permite enfrentar, trilhando o caminho e superando todos os esforços. Fazemos isso com todo o fervor, sabendo que, ao final, saciaremos aquela saudade.
Entretanto, há também a saudade que não cresce; ela se aprofunda, abrindo uma cratera entre os amores e as memórias. É aquela saudade cuja profundidade já não conseguimos enxergar, mas que ainda permanece, garantindo apenas a impossibilidade de qualquer encontro iminente.
Há saudades que nos cicatrizam; há outras que são cicatrizes. Você se tornou as duas em mim.
Seja compreensível e um bom ouvinte, e o seu casamento não irá a ruína, se os dois lados fizessem isso, o par prefeito existiria...
AMOR :quando olho pra ti percebo uma recaída e noto que o universo é bem maior que a nós dois e não há o que possamos fazer quanto ao destino ; meu amor.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp- Relacionados
- 37 poemas sobre o tempo para pensar na passagem dos dias
- 36 frases bíblicas para casal que transformarão sua vida a dois
- 63 frases sobre o tempo para aproveitar cada momento
- Frases sobre saúde que promovem o bem-estar
- Frases de Mim Mesmo
- Frases sobre processo para compreender o tempo certo das coisas
- Frases sobre Efemeridade do Tempo