Espiritualidade e Dinheiro
X
Sou sonho de barro, disfarce,
a perder-se no traço sem forma.
Luz que não turva à sombra,
abismo, sem trono — aurora.
Lavei as mãos num rio sem nascente;
a cruz não pesa quando feita de névoa.
Não há dor na carne que aceita,
nem medo onde o fogo se entrega.
No coração do fogo não há queima,
tampouco centelha a aviltar.
Quem nada reteve, acendeu o ouro,
não fogo em palha a brasar.
Vejo a prata nascer da cinza imóvel,
fênix que arde num voo sem cruz,
sem dor, sem retorno nem em vão.
É fogo ou ouro ou luz?
Um ateu pode praticar boas ações tanto quanto um cristão. A bondade está mais ligada à espiritualidade do que à religião.
Cumprir dogmas em busca da salvação revela mais sobre contrapartidas do que compaixão.
Dentro de nós reside os maiores problemas: nossos demônios, as dores da alma, os sentimentos de impotência diante da imensidão da vida cósmica. Buscamos nos outros e fora de nós, nos fenômenos espirituais e nas mensagens dos equipamentos tecnológicos, por que temos medos de mergulhar na escuridão do silêncio interior , e nos compreender, nos aceitar e nos perdoar. Ignoramos feridas, falhas e muitas vezes não nos perdoamos por orgulho e rigidez. E o tempo cobra esta negligência que praticamos contra nos mesmo, de modo que depois não sabemos como reparar, e é aí que notamos não sermos autossuficiente, ao ponto de compreender que precisamos de outras pessoas.
II
E se da alma o sopro se adianta...
Se é dor, não sei; se é graça, não declaro:
verte-se o vinho em ânforas de ausência,
sem taça, sem altar, sem penitência,
qual pranto que precede o verbo calado.
Aquele que perdoa porque também deseja ser perdoado é justo. Mas o verdadeiro servo é grato; e perdoa porque primeiro recebeu o perdão de Deus, mesmo sem merecer.
Jesus nos fornece a imagem, a apresentação de Deus que deveria ser razoável a qualquer pessoa razoável. Não é apenas razoável, e sim a mais atraente apresentação de Deus já feita – ou que poderia ser feita – neste planeta.
Eu não acredito que a religião tenha se originado da mágica e da superstição. Ela assume, frequentemente, formas mágicas e supersticiosas, mas creio que a gênese da religião esteja numa ânsia de vida. Tagore diz que todas as coisas buscam a perfeição. Concluo que a ânsia religiosa é esta ânsia de vida tornada qualitativa.
Nós queremos viver não apenas mais plenamente, mas melhor; no momento em que dizemos "melhor", temos padrões; e no momento em que temos padrões, temos religião. Enquanto as pessoas quiserem viver plenamente e melhor, seremos religiosos. Na verdade, somos incuravelmente religiosos. Jesus é a Resposta Divina a isto. Ele finalmente respondeu a esta ânsia de vida. Ele disse: "Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância" (João 10.10).
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