Espanto
O quê és me encanta!
O quê trazes me alegra!
O quê hoje vejo enche os olhos...
Pensar no quê podes te tornar me espanta!
Com o quê podes me trazer, estremeço!
Com o quê podes colocar diante dos meus olhos, embaraço...
Minhas incertezas
Meus medos
Meus laços
Meu mundo de encanto e espanto.
Diante da grandiosa abóbada do céu estrelado, até mesmo o mais sábio se sente um pouco abobado perante a vastidão do universo. Afinal, aqui o espetáculo e o espanto confunde-se numa dança cósmica e infinita de harmonia indescritível.
ENCONTRO
Sejá lá aquilo que aprontas
Respeito às ideias do contra
É uma versão que desmonta
E que ninguém fique de ponta
Impondo sentença à outra
Cada um em seu faz-de-conta
Desprendido que não se espanta
Diverge do que não lhe encanta
Dialoga mas não afronta
Visão onde o outro se encontra!
O fulgor do teu olhar incendeia minha alma, e rendido a ti, desvencilho-me do tempo, tornando-me criança outra vez, entregue ao espanto da descoberta.
