Escritor
O que pode enganar uma pessoa? O que ela vê? Ou o que ela aceita?
A consciência é a proposição excepcional nos processos e atitudes.
A mente, assim como na natureza física que nos cerca, nada acontece por acaso.
Pois! Algumas palavras, é que irá tornar uma pessoa escrava de sua fala ou não.
Sentimentos “pobres”, geram sintomas desprezíveis e imundos!
O que tira uma pessoa de seu imundo sintoma desprezável, não é ela nega-lo, é ela ir ao coração!
VALORIZE-SE
Essa sinceridade demasiada, esse tom sempre peremptório e agudo, essa crítica sem nenhuma ponderação; sem nunca encontrar tempo para fazer um elogio ou vibrar com a conquista do outro, revela uma alma doentia e muito invejosa.
A permanência no ambiente e, a insistência em instruir quem geralmente não aceita a necessidade de cura ou sempre tem uma justificativa vitimista, custa muito caro; custa sua felicidade, sua paz, sua vida.
A dor de partir não é nada se comparada com a dor de ficar.
Sergio Junior
O processo de maturidade para se dizer “ser” feliz, não depende do que está fora e sim, de sua concepção de fuga de sua própria realidade.
Não há um meio de dizer para si mesmo que é "feliz" se, ao retornar para casa, deixa a sua medíocre felicidade para fora.
Ser livre e feliz, é uma questão de virtudes e não de um comportamento generalizado devido a uma concepção ilógica e a substituição do verdadeiro, por um assustador motivo do comportamento e uma explicação razoável feita por sentimentos próprios indesejáveis e atribuídos a outras pessoas.
Nenhum processo de maturidade de ser feliz é possível, se não existir uma disposição de sua alma, o pensar e agir.
A Causa material, a causa eficiente e o motivo formal, são apenas coadjuvantes quando uma pessoa não entende que a "verdadeira felicidade" esta dentro de si — caso contrário, independentemente de seu destino com suas belezas, a "infelicidade" sempre estará de braços abertos para saudá-la.
MARIA DE CADA UM:
Nesta vida e nesta terra, a gente nunca desvia,
Do tributo, nem da morte, nem de uma tal MARIA.
É MARIA minha mãe, é MARIA nossa tia; é MARIA mãe do Zé, batizado de Zé MARIA.
Some a MARIA prefeita, a MARIA calada, a MARIA imperfeita, a suspeita e a desbocada.
E neste ambiente latino, em cada canto pari um menino, filho de dona MARIA, cujo pai nem imagino.
É tanta MARIA no mundo, que é impossível viver sem elas; cada qual com sua história, sua sina e sua glória.
E o nome se complementa: MARIA das Dores, MARIA dos Remédios, MARIA Benta; MARIA Bonita, MARIA do Socorro, MARIA do Bairro e MARIA do Morro.
Penso que na cabeça, trabalham várias MARIAS: uma que nos ensina, outra que nos consola, e mesmo a que nos fascina, ao tempo em que nos enrola.
Um caso de amor ligeiro, foi com MARIA do norte; despediu-se de Raimundo, em seu caminhão de transporte; foi se embora pra Guaianazes, e de lá não teve retorno, deixando a pobre MARIA, abandonada com a prole no forno.
Não dá pra entender os fatos, por vezes, não faz sentido; a matemática dos atos, não se apura como devido; o que é de ruim não se apaga, e que é bom não se soma; a mão que afaga é a mesma que toma.
A vida é feita de pouca lógica e muitas MARIAS, excesso de lutas, com escassas alegrias.
Palavras só ganham sentido e vida quando é levada a sua numinosidade — isto é, a sua relação com o autoconhecimento de cada indivíduo, caso contrário, quanto mais reprimido for a coragem de se presentear com a autoanálise, mais difícil será administrar a felicidade alheia.
Lembro-me de a memória me ter falhado em certas ocasiões da minha vida. Talvez seja este um dos casos. Acontece a qualquer um. Não é nenhuma tragédia. Há quem viva fazendo de conta que não tem memória. Certamente uma grande tragédia.
Durante o dia partilhamos a memória de pessoas e de acontecimentos. Iluminados pela certeza de sabermos quem somos, donde viemos e para onde vamos. Quando chega a noite é a memória que nos separa e nos distingue. Cada um cobre-se com a memória que tem. Faça frio ou calor.
Lavramos o solo com mãos e sujamo-las com pó da terra para que do chão cresçam plantas. Removemos com as nossas mãos as entranhas da terra e enterramos lá dentro os nossos sonhos quando morrem para que das cinzas despertem sombras.
Nunca abdiquei de sonhar. Tenho a vida que tenho. Todos os dias tenho de fazer contas à vida, dado que não tenciono sair daqui com uma lata vazia, para depois regressar com ela igualmente vazia e, pior do que antes, esvaziada de esperanças.
Não sei com que rosto ou com que máscara hei de sorrir se precisasse de o fazer. Não me lembro quando foi a última vez. Nunca precisei de sorrir fosse a quem fosse. Tenho o rosto que sempre quis. Não foram as circunstâncias que o moldaram. Moldei-o com as minhas próprias mãos.
Numa guerra ninguém faz considerações morais: ou se mata ou se morre. Mata-se e pronto.
Hoje é dia de esquecer o que não soma pra gente ser feliz, viver apenas a certeza de que Deus acredita em nós e tem planos pra tornar a nossa pessoa cada dia melhor (Nelson Locatelli, escritor)
