Luís Cardoso (escritor)

Encontrados 6 pensamentos de Luís Cardoso (escritor)

Lembro-me de a memória me ter falhado em certas ocasiões da minha vida. Talvez seja este um dos casos. Acontece a qualquer um. Não é nenhuma tragédia. Há quem viva fazendo de conta que não tem memória. Certamente uma grande tragédia.

Luís Cardoso (escritor)
O plantador de abóboras. São Paulo: Todavia, 2022.
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Durante o dia partilhamos a memória de pessoas e de acontecimentos. Iluminados pela certeza de sabermos quem somos, donde viemos e para onde vamos. Quando chega a noite é a memória que nos separa e nos distingue. Cada um cobre-se com a memória que tem. Faça frio ou calor.

Luís Cardoso (escritor)
O plantador de abóboras. São Paulo: Todavia, 2022.
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Lavramos o solo com mãos e sujamo-las com pó da terra para que do chão cresçam plantas. Removemos com as nossas mãos as entranhas da terra e enterramos lá dentro os nossos sonhos quando morrem para que das cinzas despertem sombras.

Luís Cardoso (escritor)
O plantador de abóboras. São Paulo: Todavia, 2022.
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Nunca abdiquei de sonhar. Tenho a vida que tenho. Todos os dias tenho de fazer contas à vida, dado que não tenciono sair daqui com uma lata vazia, para depois regressar com ela igualmente vazia e, pior do que antes, esvaziada de esperanças.

Luís Cardoso (escritor)
O plantador de abóboras. São Paulo: Todavia, 2022.
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Não sei com que rosto ou com que máscara hei de sorrir se precisasse de o fazer. Não me lembro quando foi a última vez. Nunca precisei de sorrir fosse a quem fosse. Tenho o rosto que sempre quis. Não foram as circunstâncias que o moldaram. Moldei-o com as minhas próprias mãos.

Luís Cardoso (escritor)
O plantador de abóboras. São Paulo: Todavia, 2022.
Inserida por pensador

Numa guerra ninguém faz considerações morais: ou se mata ou se morre. Mata-se e pronto.

Luís Cardoso (escritor)
O plantador de abóboras. São Paulo: Todavia, 2022.
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