Escritor
" O que adianta um poeta sem amor, um pintor sem inspiração, um escritor sem caneta ou Cupido sem flecha?... "
Menino, Homem, Escritor
Assombrado pelo meu passado, lado a lado,
Lágrimas caem dos olhos, um coração aberto revelado.
Um menino dentro de um homem, simples assim,
A pressão do mundo, a maturidade precoce em mim.
Erros ecoam a cada dia, lembranças do que já se foi,
Cada momento perdido, cada escolha que não foi.
Esperam tanto de mim, uma responsabilidade pesada,
A criança querendo sair, a rebeldia calada.
Maturidade precoce, um pilar para todos ao redor,
Desmanchado, quebrado, cansado, um fardo de dor.
Mas quem liga, se não posso prover o suporte esperado?
A busca pela perfeição, um preço alto cobrado.
Neste poema ao vento, ao diário, me expresso,
Palavras sinceras, emoções que confesso.
A dor que sinto, tento transformar em arte,
Ser o maior escritor, com a alma a repartir em parte.
Meu orgulho pessoal, um trabalho profundo,
Real Pedro Henrique, no papel do mundo.
Peço desculpas a quem pude decepcionar,
Cada momento, palavra, foto a ecoar.
Ao futuro olho com esperança, um pilar melhor a ser,
Mesmo que a jornada seja difícil de entender.
Se um dia eu fraquejar, se não aguentar,
Muitos desmoronarão, um peso a carregar.
A poesia, minha voz, meu refúgio e clamor,
Expressão da alma, buscando o amor.
Assim, nesta jornada de dor e aprendizado,
Persistirei, autêntico, o caminho traçado.
Contradições
Sou contraditório.
Às vezes acho que sou um escritor “bom”.
Quando releio o que escrevi e sinto algo real.
Como se as palavras fossem minhas cicatrizes com nome.
Outrora, vejo que sou apenas um iniciante.
Perdido entre ideias soltas,
com medo de nunca ter algo original pra dizer.
Me sinto vazio por dentro.
Como se tivessem me secado aos poucos,
sem que eu percebesse.
Mas transbordo nos meus textos quando ninguém tá olhando.
Textos de puro sentimento.
Intensos demais.
Quase vergonhosos.
Quase como se alguém estivesse me lendo por dentro.
É um excesso disfarçado de ausência,
uma sobrecarga emocional
camuflada de silêncio.
Duvido do meu valor.
Todos os dias.
Nos detalhes, nos silêncios, nas comparações que faço com os outros.
Mas luto pra tentar demonstrar.
Escrevo, continuo, me exponho.
Mesmo com medo de não ser suficiente.
Mesmo tremendo.
Porque cada palavra é
a prova viva de que eu ainda sinto algo.
E enquanto escrevo,
ainda resiste em mim uma parte que sobrevive.
Acredito que ninguém virá me ajudar.
Porque aprendi a não esperar.
Aprendi que ajuda demais decepciona.
Mas escrevo como quem espera ser encontrado.
Como quem joga garrafas no mar.
Esperando, secretamente, que alguém leia as entrelinhas.
Mesmo negando, ainda há em mim um farol aceso.
Me recuso a sonhar.
Como se sonhar fosse um luxo que não me pertence mais.
Como se já tivesse sonhado o suficiente por uma vida inteira.
Mas sonho todos os dias.
Com vidas que não vivi.
Com amores que só existem no papel.
Com finais felizes que nascem só na minha cabeça.
É a forma que encontrei de viver sem me iludir...
mas também de não desistir por completo.
Temo eu não ser mais eu.
Como se, aos poucos, partes de mim tivessem sido arrancadas.
Trocadas.
Desgastadas.
Como o navio de Teseu —
onde já não sei mais quais partes ainda me pertencem.
Mas tento me reconstruir todos os dias.
Com pedaços de ontem.
Com fragmentos de silêncio.
Com a coragem frágil de continuar escrevendo.
Porque escrever ainda é a única maneira que conheço
de tentar voltar pra casa.
Me enxergo em tudo que faço.
Mesmo que não percebam.
Mesmo que ninguém veja.
Mas precisei de uma segunda opinião
pra me ver nas contradições.
Doeu escrever tudo isso.
Mas sinto que essa dor faz parte
da “cura” que nunca virá.
Quem seria poeta sem inspiração?
Quem seria escritor sem a caneta?
O que acontece com o peixe sem a água?
Quem seria o homem sem a mulher!?
Quem és tu sem Deus!?
-Nada és tu sem Deus!
Deus é um habilidoso Escritor que consegue escrever,
com uma só palavra, o quanto a nossa vida é valorosa.
Você sabe qual é o meu escritor ou escritora predileto? Todos são, a arte de escrever é para todos, entretanto poucos exercem com majestade tal ofício muitas vezes não reconhecido pelos outros e sociedade.
Um bom escritor sai da realidade do mundo e cria a sua própria realidade. Fantasiando um mundo que é só dele e que se transforma num grande mundo quando os leitores descobrem um pedacinho do seu mundo, transformando em sua realidade fantasiada.
MANIAS DOS ESCRITORES
O escritor Wolfgang Von Goethe escrevia em pé. Ele mantinha em sua casa uma escrivaninha alta.
O escritor Pedro Nava parafusava os móveis de sua casa a fim que ninguém o tirasse do lugar.
Gilberto Freyre nunca manuseou aparelhos eletrônicos. Não sabia ligar sequer uma televisão. Todas as obras foram escritas a bico-de-pena, como o mais extenso de seus livros, Ordem e Progresso, de 703 páginas.
Euclides da Cunha, Superintendente de Obras Públicas de São Paulo, foi engenheiro responsável pela construção de uma ponte em São José do Rio Pardo (SP). A obra demorou três anos para ficar pronta e, alguns meses depois de inaugurada, a ponte simplesmente ruiu. Ele não se deu por vencido e a reconstruiu. Mas, por via das dúvidas, abandonou a carreira de engenheiro.
Machado de Assis, nosso grande escritor, ultrapassou tanto as barreiras sociais bem como físicas. Machado teve uma infância sofrida pela pobreza e ainda era míope, gago e sofria de epilepsia. Enquanto escrevia Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado foi acometido por uma de suas piores crises intestinais, com complicações para sua frágil visão. Os médicos recomendaram três meses de descanso em Petrópolis. Sem poder ler nem redigir, ditou grande parte do romance
para a esposa, Carolina.
Graciliano Ramos era ateu convicto, mas tinha uma Bíblia na cabeceira só para apreciar os ensinamentos e os elementos de retórica. Por insistência da sogra, casou na igreja com Maria Augusta, católica fervorosa, mas exigiu que a cerimônia ficasse restrita aos pais do casal. No segundo casamento, com Heloísa, evitou transtornos: casou logo no religioso.
Aluísio de Azevedo tinha o hábito de, antes de escrever seus romances, desenhar e pintar, sobre papelão, as personagens principais mantendo-as em sua mesa de trabalho, enquanto escrevia.
José Lins do Rego era fanático por futebol. Foi diretor do Flamengo, do Rio, e chegou a chefiar a delegação brasileira no Campeonato Sul-Americano, em 1953.
Aos dezessete anos, Carlos Drummond de Andrade foi expulso do Colégio Anchieta, em Nova Friburgo (RJ), depois de um desentendimento com o professor de português. Imitava com perfeição a assinatura dos outros. Falsificou a do chefe durante anos para lhe poupar trabalho. Ninguém notou. Tinha a mania de picotar papel e tecidos. "Se não fizer isso, saio matando gente pela rua". Estraçalhou uma camisa nova em folha do neto. "Experimentei, ficou apertada, achei que tinha comprado o número errado. Mas não se impressione, amanhã lhe dou outra igualzinha."
Numa das viagens a Portugal, Cecília Meireles marcou um encontro com o poeta Fernando Pessoa no café A Brasileira, em Lisboa. Sentou-se ao meio-dia e esperou em vão até as duas horas da tarde. Decepcionada, voltou para o hotel, onde recebeu um livro autografado pelo autor lusitano. Junto com o exemplar, a explicação para o "furo": Fernando Pessoa tinha lido seu horóscopo pela manhã e concluído que não era um bom dia para o encontro.
Érico Veríssimo era quase tão taciturno quanto o filho Luís Fernando, também escritor. Numa viagem de trem a Cruz Alta, Érico fez uma pergunta que o filho respondeu quatro horas depois, quando chegavam à estação final.
Clarice Lispector era solitária e tinha crises de insônia. Ligava para os amigos e dizia coisas perturbadoras. Imprevisível, era comum ser convidada para jantar e ir embora antes de a comida ser servida.
Monteiro Lobato adorava café com farinha de milho, rapadura e içá torrado (a bolinha traseira da formiga tanajura), além de Biotônico Fontoura. "Para ele, era licor", diverte-se Joyce, a neta do escritor. Também tinha mania de consertar tudo. "Mas para arrumar uma coisa, sempre quebrava outra."
Manuel Bandeira sempre se gabou de um encontro com Machado de Assis, aos dez anos, numa viagem de trem. Puxou conversa: "O senhor gosta de Camões?" Bandeira recitou uma oitava de Os Lusíadas que o mestre não lembrava. Na velhice, confessou: era mentira. Tinha inventado a história para impressionar os amigos. Foi escoteiro dos nove aos treze anos. Nadador do Minas Tênis Clube, ganhou o título de campeão mineiro em 1939, no estilo costas.
Guimarães Rosa, médico recém-formado, trabalhou em lugarejos que não constavam no mapa. Cavalgava a noite inteira para atender a pacientes que viviam em longínquas fazendas. As consultas eram pagas com bolo, pudim, galinha e ovos. Sentia-se culpado quando os pacientes morriam. Acabou abandonando a profissão. "Não tinha vocação. Quase desmaiava ao ver sangue", conta Agnes, a filha mais nova.
Mário de Andrade provocava ciúmes no antropólogo Lévi-Strauss porque era muito amigo da mulher dele, Dina. Só depois da morte de Mário, o francês descobriu que se preocupava em vão. O escritor era homossexual.
Vinicius de Moraes, casado com Lila Bosco, no início dos anos 50, morava num minúsculo apartamento em Copacabana. Não tinha geladeira. Para agüentar o calor, chupava uma bala de hortelã e, em seguida, bebia um copo de água para ter sensação refrescante na boca.
José Lins do Rego foi o primeiro a quebrar as regras na ABL, em 1955. Em vez de elogiar o antecessor, como de costume, disse que Ataulfo de Paiva não poderia ter ocupado a cadeira por faltar-lhe vocação.
Jorge Amado para autorizar a adaptação de Gabriela para a tevê, impôs que o papel principal fosse dado a Sônia Braga. "Por quê?", perguntavam os jornalistas, Jorge respondeu: "O motivo é simples: nós somos amantes." Ficou todo mundo de boca aberta. O clima ficou mais pesado quando Sônia apareceu. Mas ele se levantou e, muito formal disse: "Muito prazer, encantado." Era piada. Os dois nem se conheciam até então.
O poeta Pablo Neruda colecionava de quase tudo: conchas, navios em miniatura, garrafas e bebidas, máscaras, cachimbos, insetos, quase tudo que lhe dava na cabeça.
Vladimir Maiakóvski tinha o que atualmente chamamos de Transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC). O poeta russo tinha mania de limpeza e costumava lavar as mãos diversas vezes ao dia, numa espécie de ritual repetitivo e obsessivo.
A preocupação excessiva com doenças fazia com que o escritor de origem tcheca Franz Kafka usasse roupas leves e só dormisse de janelas abertas – para que o ar circulasse -, mesmo no rigoroso inverno de Praga.
O escritor norte-americano Ernest Hemingway passou boa parte de sua vida tratando de problemas de depressão. Apesar da ajuda especializada, o escritor foi vencido pela tristeza e amargura crônicas. Hemingway deu fim à própria vida com um tiro na cabeça.
O poeta português Fernando Pessoa tinha o hábito de escrever sob diversos pseudonimos, cada um com um estilo e uma biografia próprios. Ente os pseudonimos adotado estão Ricardo Reis, Alberto Caieiro e Álvaro de Campos.
A vida é daqui para frente. O passado já foi e o presente está acabando. (Nelson Locatelli, escritor)
Não sou poeta , taumpouco filósofo , nem sábio ,nem leigo , nem néscio nem escritor , sou apenas um pensador que expressa sua visão mental e viaja literalmente em seus pensamentos até a você
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