Escritor
Seu apelido era uma piada, sua cor era parda,
Mas Branca de Neve já estava acostumada,
Pois desde jovenzinha tinha sido discriminada.
A sorte azarada estava lançada,
A Branca de Neve caiu num sono profundo,
À facção foi incorporada,
Regada a crack num antro imundo.
A pobre menina carente,
Viveria infeliz para sempre,
Se não fosse por um nobre alfaiate,
Que achara um sapato de cristal.
E o velho retirante se coloca a caminhar,
Na busca por um fio do passado a restaurar,
Passado em que sentiu orgulho de viver,
Viveu e assumiu paixões no entardecer,
Sem medo do escuro dominar sua clareza,
Usou toda a artimanha era o rei da esperteza,
Não detinha um centavo, mas foi o mestre da nobreza.
Um dia eu ouvi meu Pai dizer:
Só morre de verdade quem não viver,
Porque quem vive e faz por merecer,
Jamais verá o eterno anoitecer.
Imprevisível, imperecível, imperfectível na voz calada aguda de curta e grossa. De cada suspiro, respiro e me falta, a falta de ar que te sufoca.
Contos Perdidos do Vale Encontrado
Ao final das contas,
Em todos os lugares,
Encontraremos motivos
Para ficar e motivos para partir.
O que define nosso lar
É a percepção que temos dele,
E a determinação,
Nos impulsiona a prosseguir.
Nos Contos Perdidos
Do Vale Encontrado,
Nós somos palpites
Lançados ao vento.
Nos Contos Perdidos
Do Vale Encontrado,
Suspeitas prováveis
São pressentimentos.
Como tem passado ?
Como vão as coisas ?
Como tem estado ?
Teu bem estar me encanta.
O convite a partir
É sempre atraente,
Somos vivências
Em movimento iminente.
Nos Contos Perdidos
Do Vale Encontrado,
Nós fomos palpites
Lançados ao vento.
Nos Contos Perdidos
Do Vale Encontrado,
Suspeitas provadas
São bons sentimentos.
