Escrita
Vez ou outra acordo com uma nova personalidade. Minha tranquilidade é saber que à noite todas elas dormem juntas.
Quando a mamãe escreve, às vezes as coisas na minha cabeça são tão vívidas que não sei mais a diferença entre a imaginação e a realidade.
Tolice invocar o futuro na mão de crianças contemporâneas. Com extremas falhas de caráter e personificação; culpa nenhuma destes e pelo devido fato primário da biologia: não pediram nascimento.
Aprenderiamos mais deixando folhas em galho, flores no vaso, passeando olhares nas aves fora das gaiolas. Aprenderiamos mais com a observação.
Jamais jogue o seu brilho no lixo, por achar o do outro mais reluzente... essa troca é ilusória e expira; fatal e irreversível (...).
Escrever
É permitir
Me desfazer
E me reconstruir
É romper com as linhas
E refletir
Ideias tão minhas
Deixando fluir
Todo o sentir
Que em mim existir
Princesa Diamante
Escrever é me entregar
É reviver
É deixar ecoar
É o florescer
É semear
É fortalecer
É regar
O ser
Princesa Diamante
Quem sou eu?
Sou poesia,
Legitimando o sentir
Expressa com ousadia
Em versos a fluir
Com um toque de fantasia
Para com palavras colorir
Toda essa monocromia
Que além de nos reprimir
Nos asfixia
Sou poesia que se cria
Só de existir
Sou rimas em sincronia
Sou apenas esse emitir
Do meu eu particular
Sou esse sentir
Esse amar,
Esse sorrir,
Esse transbordar,
Me permitindo transmitir
E rimar
O meu eu
Que aqui se descreveu
Princesa Diamante
Querido futuro namorado,
Não sei por onde você tem andado
Mas saiba que há muito, espero te encontrar
Te procurando em cada esquina e em cada olhar
Mas você ainda deve estar um pouco perdido
E é por isso que vim a te fazer um pedido
Não quero que você seja perfeito
Pois quero amá-lo do seu jeito
Mas, preciso te avisar
Que antes de você chegar…
Muitos sapos decepcionaram esse coração
Matando minha esperança, me deixando sem chão
Então, não se assuste se eu demorar a acreditar
Que alguém realmente é capaz de me amar
Sabe, perdi a fé no amor
E que o mundo realmente pode ter cor
E também aprendi que não devo confiar
A não ser que você venha a me provar
Que merece a minha confiança…
Sabe, não há nada pior que perder a esperança…
Mas espero que com a sua chegada
Eu posso finalmente descobrir como é ser amada
Um grande beijo…
Da garota que você…
Ainda não deve conhecer…
Princesa Diamante
O anjo literário - anjo caído, talvez luciferino, mas anjo, no fim de contas - não tem horários fixos, nem momentos planificados. Voa por cima de um infeliz qualquer quando lhe apetece e ponto. Às vezes, esse anjo é perceptível. Às vezes, disfarça-se. Às vezes, o seu voo é tão fugaz e silencioso que nunca ninguém ficou a saber que passou por ali, espargindo palavras mágicas sobre uma qualquer vítima e deixando legiões de futuros leitores na perplexidade absoluta, porém, felizes.
"Na era dos corretores ortográficos, dos 'apps' de edição de texto, dos 'cards' com frases prontas e dos discursos pré-fabricados. Emitir uma opinião expressa e elaborada é uma demonstração, não de conhecimento mas de vaidade, de volúpia até. Um luxo".
“Escrever um livro é expor uma parte de nossa alma para sermos julgados pelos que não arriscam nada.”
