Escrevo
Eu não escrevo para você, escrevo para mim. Para me libertar, para deixar registrado o que sinto. Se te deixo ler, é porque compartilho. Compartilho minha dor, meu sentir, meu querer. Mas saiba, escrevo para mim, e não exclusivamente para você.
Já Eu, bem, escrevo com meu fígado,
Estômago, pâncreas e todo líquido biliar,
Ácido gástrico e pancreático,
Que seja humanamente possível secretar.
Ultimamente eu escrevo só na madrugada
Onde os sussurros do silêncio vêm me auxiliar
Os barulhos de tiro não deixam eu dormir
Me lembram que eu não posso errar
Talvez o que escrevo, seja uma lembrança de um passado que fez-se inconsciente ou mesmo que eu tenha trazido de maneira latente em mim. Talvez o que escrevo, tenha o mesmo significado, a mesma luz, num outro olhar. Talvez o que escrevo, seja somente a tradução do que tua alma ensina-me.
Flávia Abib
Silêncios
Inspiro
Expiro
Não há nada aqui
Falta me ar!
A angustia, teima em dominar
Escrevo, para não enlouquecer
Como um animal, com sua presa
Meu Deus, o vazio
Está a me sufocar
Meu coração aperta
com todo esse sentir
Não consigo!
Não posso, não mais!
Alguém, poderia ajudar?
A carregar
Um pouco sequer, deste fardo?
Adverso
Em cada verso
Em cada verso
Que escrevo
Você existe
Em cada página
Que viro
Você permanece
Em cada lágrima
Que corre
Você escorre
Em cada sopro
Do vento
Que bate em
Meu rosto
Você se reinventa e
Reescreve
Em cada vírgula
Que para, pausa
Você resiste
Em cada dia
Que apaga
Você afaga em
Lembranças
Em cada soluço
Que tropeço
Você navega
Nas lágrimas
Em cada palavra
Que escrevo
Você finge e corre
Em cada rima
Que descrevo
Você é o fim
Em cada final
Que você existe
Eu fico
Feliz
Escorre
Delicadamente
Em cada dia que amanhece
Assim
Eu adereço
O seu jeito de ser
Em cada tempero
Que eu verso
Você compõe
Em cada perfume
Em que fico
Você se banha
E o passado
Permanece
Inalterável
Como presença
Peço ao tempo imperar
Transmutação
Até virar
Dia pó
Areia
Pós dia
Poeira
Sujeira
De um verso
Do avesso
Exausto
De ser
Execrável
Cafajeste
De rimar
Ordinário
Em cada tormento
Que me afronta
Eu escrevo
Rimo
Componho
Crucificação com
Libertação
Alforriado
Em paz
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury
Um pouco de mim
Seriam poesias, tudo aquilo que escrevo?
Alguns poucos textos eu diria que sim.
Já outros tantos, eu afirmo que não!
A maioria são amontoados de letras soltas em frases desconexas de ideias vagas…
São delírios,
exercícios de imaginação...
As vezes contos, confissões, desabafos,
ou pura ficção...
Uns são muito extensos,
Há aqueles de duas linhas...
Guardo tudo aqui dentro...
Essa coleção que é só minha.
Um dia, quem sabe,
publico tudo num livro
onde revelarei tudo sobre eles
e, talvez,
um pouco de mim.
Contra tempo
Paro penso em correr escrevo só para passar o tempo mas na real mais que um contra tempo me faz melhorar com tempo.
Parado no tempo analisando mas sem parar sigo caminhando até mesmo porque o tempo não se para.
Se eu pudesse comparar seu amor ao meu melhor deixar pra lá pois somos todos iguais superficiais.
Mas se eu pudesse parar, iria tentar parar meu jeito de ser, quem sabe melhora mas quem sabe só me enganar, quem sabe por um tempo, mas é tanto contra tempo.
Mas seu eu pudesse seguir iria seguir meu sonho que já a certo tempo só o alimento.
Se eu pudesse ser tão leve como vento, quem sabe eu te leve ao melhor dos meus momentos.
Nao escrevo poemas eu faço rabiscos da vida em forma de arte.
O que é arte? Expressão de sentimentos e pensamentos.
A vida é um livro, você é o autor da sua própria história , escreve e apaga quantas vezes sentir vontade, terà a liberdade de se mostrar.
Ninguém pode escrever em seu lugar.
A vida é o livro suas histórias , suas memórias.
Dispersão -
Vivo num dissolver-me constante
dos Versos que escrevo ...
Pássaro cansado de voar,
parado a meio do tempo
sem vontade de ficar!
Cai a tarde ...
A noite não dempra ...
Vem a madrugada ...
Chega outro dia ...
A vida é mentira!
Uma roda cruel sem
desejos de infinito ...
E a jeito de nos ultrapassar,
tudo chega ao fim,
pois vivemos cada dia
de mão dada com a morte.
Quero dormir ...
Não quero pensar ...
Quero escrever ...
Não quero chorar ...
Só quero morrer ...
Não escrevo como antes
E permaneço distante da caneta
E de mim mesmo
Um tanto longe
Não penso como antes
Os pensamentos deixaram
De ser constantes
E vagam no horizonte
E é difícil fazer o que se quer
Quando todos dizem o seu querer
E eu só queria ser
Aquele cara introvertido
É chato ter que se preocupar
Com isso e aquilo
E lamento por não ser
O que gostariam que eu fosse
E também não sou
O que gostaria de ser
Pois o que vejo aqui dentro
E na frente do espelho
É o meu pior reflexo
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